As lágrimas ainda rolavam pelas bochechas de Helena quando ela adentrou o quarto. Seus gatinhos, cachorro, pelúcia e cobra a olharam. Ela fechou a porta e se ajoelhou, batendo de leve na perna para chamar a atenção deles.
- Vem cá.- ela pediu, a voz tremida. Doninha foi o primeiro a se mover e correu em sua direção, pulando em seu colo. Ela riu, caindo de costas. Os outros animais se juntaram aos dois, lambendo Helena, puxando seu cabelo com as garras, latindo, miando. Ela riu, passando o braço por eles e os abraçando como deu. A dor ainda inundava seu peito, a tentando desligar de novo, mas ela tentaria. Tentaria pelos seus familiares. Pelos seus amigos.
Separando-se de seus animais, pegou sua mochila ampliada magicamente e a jogou sobre a cama. Abriu o armário e juntou uniforme, roupas de baixo, dois pares de tênis, seu estoque inteiro de galeões - cerca de 600 mil que eram repostos regularmente -, o kit de construção de bombas de bosta, seus livros sobre viagem no tempo, três diários próprios, o diário de Charlotte, o vira-tempo, a pedra-temporium (ela descobriu o nome não tem muito tempo), o mapa de maroto de James, a Capa de Invisibilidade e receitas para poções e feitiços de encobrimento de rastros e de mudança de aparência.
Colocou tudo na mala, jogando roupas trouxas e alguns pijamas lá dentro. Juntou algumas fotos e seu materiais de pintura, junto com sua identidade. Ela a leu, segurando-a firme. Dizia Helena Lilian Granger, nascida em 1982, 31 de Outubro. Helena fechou os olhos. Sua identidade podia estar errada, faltando sobrenomes, com a data errada, mas ela era a Helena que seus amigos conheciam, com ou sem mil sobrenomes, não importa quem dissesse o contrário. Guardou a identidade na carteira, a jogando dentro da mala. A Nimbus 2001 teve o mesmo destino e depois disso, fechou a mochila. Colocou-a nas costas e se certificou de estar com a varinha e seu canivete. Assentiu para si mesma.
- Vou sentir a falta de vocês.- ela murmurou para os animais. Os abraçou uma última vez antes de deixar o quarto. Fechando a porta, se apressou a descer as escadas. Os alunos a encararam e Cho Chang foi a primeira agir.
- Assassina!- gritou, mas ninguém disse nada. Ela parou, olhando para os colegas. Olhou para Chang, mas não focou nela.
- Sei que não gostam de mim. Ou que não me suportam, ou que preferiam me ver longe daqui.- ela disse calmamente, as palavras entaladas deixando sua garganta. - Sei que também fui uma pessoa desagradável com vocês, mas... não me arrependo de nada. Vocês começaram a me menosprezar primeiro. Vocês foram na onda dela e de outras pessoas. Caraca, vocês julgaram minha capacidade em campo por que meu braço estava em pedacinhos!- ela passou a mão no cabelo ensebado e engrenhado. Helena estava um caco. Suas roupas cheiravam a xixi e sua pele estava cheia de bolhas.- Vocês contribuíram para esse ódio todo entre nós. Vocês também me jogaram para o lado. Não vou tirar minha culpa, mas vocês também não vão ficar sem um pedaço do bolo, né? - ela suspirou. - De qualquer forma, não vamos mais nos ver.
- Vai embora? Para sempre?- Questionou um aluno do quarto ano.
- Acho que mereço ser feliz um pouco. Recomeçar em outro lugar. - ela deu três passos para trás, chegando a porta.- Espero que vocês consigam mudar também.- ela olhou as chaves em sua mão e as apertou antes de lança-las a Luna, parada no meio do Salão. Ela a agarrou antes que caíssem no chão. - Cuide deles por mim, arranje famílias boas para eles. E não deixe Memphis morder Doing nem importunar Dougal. E não esqueça de Pullman. Ele gosta de entregar cartas algumas vezes.- ela sorriu tristemente. Se pudesse, levaria a todos. Ela levantou a mão e acenou, deixando uma grande parte de sua vida para trás.
O encontro foi no meio do jardim. Fred, Jorge, Draco, Hermione, Rony e Harry carregavam mochilas nas costas e os meninos, cada um uma vassoura. Ela sorriu para todos e Harry a abraçou fortemente, ela estava de volta. Ela riu enquanto deixava o abraço.
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Aꜱ Aᴠᴇɴᴛᴜʀᴀꜱ ᴅᴇ ᴜᴍᴀ ʀᴜɪᴠᴀ ~~> 2° ͏t͏e͏m͏p͏o͏r͏a͏d͏a
AventuraL| 𝑨𝑺 𝑨𝑽𝑬𝑵𝑻𝑼𝑹𝑨𝑺 𝑫𝑬 𝑼𝑴𝑨 𝑹𝑼𝑰𝑽𝑨 - 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨 𝟎𝟐| ❝ - Você matou tantas pessoas, destruiu tantas famílias, e seus irmãos e filha não estão atrás. Não fale de mim com propriedade, Klaus, minhas mãos estão tão sujas de sangue quant...