DE VOLTA PARA MIM. (CONCLUÍDO)

16.

No sábado, depois que chegamos do hotel, Ruan foi no apartamento dele pegar algumas coisas para que ele pudesse passar o final de semana no meu apê.

Fui trocar as roupas e acabei tomando mais um banho. O dia estava quente, então coloquei uma regata e um short curto. Prendi o cabelo em um coque desarrumado e passei um gloss nos lábios. O Ruan que se acostumasse a me ver assim mais relaxada. Eu não era mais nenhuma adolescente paranoica com a aparência.

Fui para a cozinha e fiquei pensando o que eu ia fazer. Eu não sabia cozinhar muito bem e preparava somente o básico para mim. Quando eu queria comer algo mais elaborado, ou eu fazia pedido ou eu ia no restaurante da minha mãe.

Coloquei alguns ingredientes na pia e fiquei encarando pensando sobre o que sairia dali. Eu estava com preguiça de sair para comer fora.

Na verdade, quando Ruan chegasse eu só queria ficar com ele em casa e fugir de toda a agitação da cidade. Mas, eu também queria saber preparar algo delicioso. Eu não era paranóica com aparência, mas eu sei que não há tática de conquista maior do que uma boa comida.

Eu já estava quase ligando para um restaurante para pedir comida quando a campainha tocou. Fui correndo ansiosa atender abrir a porta. Um Ruan arrumado e cheiroso com os cabelos ainda molhados passou por ela.

Puxei ele para um abraço e dei um beijo e ele me carregou pela cintura.

_Amo ser recebido assim_ ele disse com os lábios ainda perto dos meus._O que você tava fazendo?

_Eu estava tentando fazer o almoço._ Ruan fez uma careta. Ele sabe que na adolescência eu tentava cozinhar e era um desastre._ Mas, eu ia ligar para pedir comida quando você chegou.

_Não liga para lugar nenhum. Eu vou salvar nossos estômagos das criações de Luísa Lincoln._ ele falou sorrindo.

_Ah! Eu melhorei, tá? Tem que cozinhar quando se mora sozinha._ fingi está ofendida e Ruan mordeu o lábio para não rir de mim.

_Como assim você ainda está viva depois de comer o que cozinha?_ eu gargalhei fazendo Ruan rir junto comigo. A maioria das minhas refeições eram salada com frango e arroz ou alguma comida congelada. Minha mãe também sempre mandava comida feita para mim. Eu era um desastre na cozinha e já tinha desistido de tentar.

_Então vamos, Master Chef. Vou adorar ver você cozinhando para mim.

Fomos para a cozinha e Ruan mostrou toda a habilidade culinária dele usando o pouco que eu tinha na geladeira.
Fiquei admirando ele. O homem não tinha defeitos? Se tinha, era ofuscado por suas qualidades. Mesmo tendo sido criado sem a presença de um pai, ele sempre foi muito cuidadoso com a mãe e cuidava de todos aqueles que ele amava. Não foi diferente com a prima.

Eu me perguntava se eu merecia te-lo em minha vida. Eu sou bem complicada, admito. Deixei ele anos atrás por criancice. Espero que os anos tenham feito eu mudar um pouco porque o meu instinto sempre foi fugir das coisas. Quando um problema aparecesse entre nós eu não queria sair correndo e deixar Ruan lidar sozinho com ele. Eu precisava me lembrar sempre disso.

Aproveitamos a tarde para assistir filme e namoramos bastante. Acabei dormindo no colo dele antes do jantar. Acordei com ele passando os dedos no meu cabelo fazendo carinho no meu rosto.

Puxei ele para um beijo lento que logo foi ficando fogoso.

_Acho que vou querer a sobremesa antes do jantar._ sussurrei ofegante no seu ouvido e ele apertou minha bunda. Puxei a camisa dele e lambi seu peitoral.

_Porra, Luísa. Delícia._ levantei do sofá para ir na cozinha e ele me deu um olhar questionador me puxando de volta para ele._Onde você pensa que vai agora?

_Fica quietinho aí. Eu tive uma ideia.

Corri para o quarto e peguei um lenço para fazer de venda. Fui para a cozinha e peguei o pote sorvete de baunilha que ainda estava na geladeira com uma colher.

Sentei no colo de Ruan e abri o pote de sorvete. Peguei um pouco e comi. Ele ficou me encarando tentando organizar os pensamentos.

_Eu pensava que era a sobremesa seria outra._ eu mordi o lábio para não rir da sua aparente decepção.

_Pensou o quê? Eu vou comer sorvete. Aliás, você também._ peguei o lenço e vendei seus olhos._ O recipiente que vamos colocar esse sorvete é que é o diferencial.

Passei um pouco do creme derretido no abdomem dele e chupei.

_E porque eu não posso ver?_ ele perguntou.

_Porque nós vamos jogar um jogo._ falei bem baixinho._ eu vou colocar o sorvete em uma parte do meu corpo e vou dar para você lamber. Se acertar onde foi eu tiro uma peça de roupa.

_Isso está ficando interessante.

Passei o sorvete no meu pescoço sentindo um arrepio pelo toque gelado e levei até a sua boca. Ele lambeu e mordeu o local.

_Pescoço.

_Muito bem. Pode me ajudar a tirar a blusa?_ coloquei suas mãos no tecido e ele puxou para cima. Ele já estava excitado. Suas mãos fizeram carícias nos meus seios e na minha cintura me deixando queimando por ele.

Passei um pouco do sorvete um pouco acima do umbigo e levei até a sua boca. Ele chupou o sorvete enquanto apertava minha bunda por cima do short.

_Barriguinha deliciosa._ retirei o short e fiquei só de calcinha. _ o que você tirou?

_O short, amor._ sentei no seu colo rebolando em cima da ereção que forçava o tecido jeans.

_Dane-se o jogo, baby._ ele tirou o lenço do rosto e me encarou sedento. Seus olhos cor de mel estavam queimando assim como o meu corpo. Ele arrancou meu sutiã de uma maneira brutal e chupou meus mamilos enquanto seus dedos invadiram minha boceta que já estava pingando.

_Ruaaan... Ah, amor._ gemido descaradamente enquanto eu rebolava nos seus dedos que me penetrava sem piedade.

_Geme, minha gostosa. Adoro ouvir você chamando meu nome enquanto eu te dou prazer._eu precisava senti-lo dentro de mim o mais rápido possível, mas Ruan estava determinado a me dar um orgasmo daquela maneira.

_Oh, baby. Eu vou...go..zaaaarr._ anunciei quando o orgasmo rasgou meu corpo impulsionado pelos toques ávidos dos dedos de Ruan._Porra, Ruan! Que delícia.

_Isso, amor._ ele tomou meus lábios num beijo calmo para que eu me recuperasse do clímax._Vamos para o quarto.

Ele me levou em seus braços enquanto me beijava com toques gentis e carinhosos. Eu amava isso e vi que nunca me cansaria de me entregar para ele.

Nem preciso dizer que a noite foi quente. Muito quente! Dormimos agarrados depois de jantar e tomar um bom banho. Eu que já estava acostumada com a vida solitária, experimentei isso e não queria deixar nunca mais. O calor do corpo dele é o meu lugar no mundo.