06.

5.6K 383 35
                                    

Ontem, depois de colocar para fora em lágrimas tudo aquilo que eu tinha guardado, eu voltei para casa e dormi na esperança de um novo dia.

No final, fiquei feliz que tudo tenha sido esclarecido entre Ruan e eu, mesmo que tenha sido doloroso.

Levantei, fui para o banheiro tomar um banho, vesti uma calça preta, blusa branca e saltos pretos, coloquei pequenos brincos e enrolei as pontas dos cabelos ondulados. Passei uma maquiagem leve, coloquei o tablet na bolsa e fui para a cozinha tomar café da manhã.

Eu odiava tomar café da manhã, mas vi que era necessário depois de começar a passar mal anos atrás. Cortei algumas frutas e misturei com iogurte em um pote para levar.

Desci para a portaria e peguei um táxi. Preferia chegar cedo na empresa do que pegar um trânsito horrível. Comi meu café da manhã durante o percurso e atualizei minhas redes sociais que fazia um tempo que eu não olhava, pois estava totalmente concentrada na campanha da inauguração da empresa.

Cheguei na empresa e fui para o escritório do meu irmão conversar sobre os meu próximos trabalhos aqui na empresa. Passei pela secretária e perguntei se o meu irmão já estava e ela confirmou que sim. Esperei ela comunicar e autorizar minha entrada.

Quando eu ia abrir a porta, ela se abriu antes. Ruan passou por mim, depois de me olhar de forma fria. Ignorei e entrei para falar com meu irmão. O ambiente em tons pastel era aconchegante, mas passava uma imagem séria.

_Bom dia. É um bom momento para conversarmos?_ perguntei.

_Claro. Sente-se._ ele apontou para a poltrona o sofá bege que ficava um pouco mais a frente. Sentei e coloquei minha bolsa no colo para tirar o tablet e começar as anotações._ Você está bem?_ ele perguntou quando se sentou na poltrona na minha frente.

_Claro._ ele continuou me encarando e eu soube que ele estava me perguntando por causa da conversa/discussão que eu tive com Ruan ontem._ Não se preocupa, Leandro. Foi necessário. Agora eu me sinto leve._ foi necessário, mas eu ainda não estava bem, só precisava acalmar meu irmão.

_Que bom, maninha._ ele pensou por um instante._Agora vamos ao trabalho.

_Estou as ordens, chefe._ brinquei e ele sorriu. Meu irmão nunca deixaria de ser super protetor comigo e eu sabia que ele estava se martirizando por ter chamado Ruan para a casa dos meus pais ontem.

Ele me falou sobre ter que fazer uma campanha traçando o perfil dos advogados agora que eles foram revelados na inauguração. Disse-me sobre o foco da empresa e o público alvo.

Fiz algumas anotações sobre o perfil do meu irmão e anotei algumas ideias para analisar depois, já que necessitava passar muita seriedade.

_Acho que terminamos._ ele disse.

_Vou organizar tudo e volto com você para ver se está do seu gosto, se precisar adicionar mais alguma coisa você me diz.

_OK._ ele ficou pensativo._Eu mandaria você para o escritório de Elisa, mas ela passou mal hoje pela manhã e não veio para a empresa.

_Então me sobrou apenas o Ruan._ele concordou. É claro que ele estava cuidadoso com isso._ Não se preocupa, Leandro. Trabalho é trabalho.

_Não precisa ir hoje se quiser.

_Claro que preciso. Amanhã eu tenho uma reunião com o Albuquerque e não posso atrasar o meu trabalho daqui por mero capricho.

_Com o Albuquerque?

Concordei.

_Nada definido. Acho que é sobre alguma campanha para a nova empresa dele e ele quer conversar comigo.

DE VOLTA PARA MIM. (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora