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Desde segunda feira eu estava dormindo na casa de Ruan depois que descobrimos que Vicente havia invadido o meu apartamento. Ruan me ajudou a ir na polícia registrar um boletim de ocorrência contra o Vicente e descobrimos que ele não estava mais trabalhando no jornal de São Paulo.

O resto da semana correu tudo bem, Ruan me mostrou seu lado super protetor e não me deixava por nada. Por causa da menstruação, não estávamos fazendo nada além de nos dar muito carinho e alguns orais que eu fiz questão de dar a ele no banho para aliviar sua tensão.

Eu estava "subindo pelas paredes" de tesão, mas não deixei Ruan me tocar. Eu estava planejando uma surpresa para ele amanhã e lá eu o teria por completo. Dessa vez, eu queria levar ele em algum lugar para ficarmos o fim de semana inteiro sozinhos e escolhi uma pousada em Holumbra, a cidade das flores. A cidade com arquiteturas e forte cultura holandesa é perfeito para um casal. Assim poderemos esquecer os problemas também.

Hoje, sexta feira, eu entregaria para o Chavier a propaganda pronta da linha de bebidas dele, então, assim que eu acabasse eu ligaria para o Ruan me buscar para irmos em meu ape buscar algumas coisas para a viajem de amanhã que ele ainda não sabia que eu estava planejando.

A semana foi corrida e eu não tive tempo de procurar um outro apartamento para alugar, eu estava pensando em ir para a casa dos meus pais, mas Ruan não deixou inventando inúmeras desculpas como "pegar táxi pode ser perigoso". Acabei cedendo e ficando por lá mesmo, até porque eu também sei se conseguiria ficar longe dele.

No início eu não queria falar para os meus pais nem para o Leandro sobre a maluquice que o Vicente fez, mas Ruan me convenceu que era o melhor a se fazer e agora minha mãe me ligava de meia em meia hora preocupada comigo.

Com o decorrer da semana, a tensão foi se dissipando e eu fiquei mais tranquila. Se o Vicente tentar se aproximar de mim ou fazer alguma coisa, ele vai ser preso.

Peguei a pasta e o notebook e subi para o escritório de Chavier. Quando eu estava no elevador meu celular tocou, olhei o visor e vi que era uma chamada de Ruan.

_Oi, amor?_ atendi.

_Oi, meu jasmim..._ ele ficou me chamando disso a semana toda e quando eu perguntei o porquê desse apelido, ele disse que meu perfume lembra jasmim. Nem preciso dizer que eu me derreti toda, né. _ Você ainda está no trabalho?

_Sim. Vou entrar no escritório do Chavier para enfim entregar a campanha para ele._ ele deu um suspiro de alívio e eu fiquei preocupada de está sobrecarregando o Ruan agora com esse pânico dele de me deixar sozinha.

_Eu vou me encontrar com a Clarisse porque ela não está bem. Parece que ela se envolveu com um cara e ele deixou dela sem dar explicações._ fiquei pensando se esse cara não era o tal ex policial chamado Nicolas. Ele tinha o perfil ideal para machucar alguém doce como a Clarisse._ Enfim, eu não vou demorar, só vou conversar com ela.

_Tudo bem, querido não se preocupe. Conversa com ela que quando eu terminar a reunião, eu pego um táxi._ sugeri tentando tranquiliza-lo.

_De jeito nenhum, Luísa. Eu vou buscar você._ ele falou com a voz alterada.

_Ei, baby, calma. Se te deixa mais tranquilo, eu vou direto para o seu apartamento. Só vou pegar um táxi, Ruan. Não tem nada perigoso nisso. Tá bom?

_Tudo bem que você pegue um táxi._ ele falou mais calmo._Eu vou levar a Clarisse naquele café e você vai até a gente quando terminar o trabalho, OK?

_Tudo bem, meu amor._ sai do elevador e peguei o corredor que dava acesso ao escritório de Chavier._ Vou entrar agora.

_Me liga assim que sair._ concordei e encerrei a chamada.

DE VOLTA PARA MIM. (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora