23.

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Já no meu apartamento, matamos mais a saudade bem do nosso jeito e dormimos agarrados. Dessa vez, a cama estava muito confortável para mim e não tive problemas em pegar no sono, sem contar que Ruan me deixou exausta.

Acordei bem cedo e admirei meu namorado dormindo enrolado nos lençóis. A pele bronzeada davam aos gominhos do seu abdomem uma iluminação que os deixava tentadores, toda vez que eu os via tinha vontade de morder.

Passei a unha bem de leve por eles até o peitoral e notei que a pele dele se arrepiou com o meu toque e pude ouvir um suspiro mais pesado. Admirei seus lábios carnudos rosados destacados na barba bem feita da mesma cor castanha que seus cabelos.

Antes que eu interrompesse seu sono, me levantei e fui para o banheiro. A pia e o armário do meu banheiro já tinha vários itens pessoais de Ruan assim como o armário do meu closet. Ruan voltou para minha vida e em tão pouco tempo já estávamos tão entrelaçados.

Parecia rápido que em menos de um mês já estivéssemos tão envolvidos, mas foram oitos malditos longos anos que ficamos separados e eu não queria esperar nenhum mês a mais para permitir aquilo que o meu coração tanto queria que era ficar com ele.

Peguei minha escova de dentes, fiz minha higiene bucal e entrei no box para tomar banho. Lembrei que eu teria que passar na farmácia para comprar a pílula do dia seguinte já que nós transamos sem camisinha e eu não tomo anticoncepcional. Na segunda mesmo eu iria marcar uma consulta a minha ginecologista.

Fui para a cozinha e comecei a preparar um café da manhã mais decente. Eu não sabia cozinhar nem tinha a necessidade de comer demais pela manhã, mas eu queria preparar algo, no mínimo, razoável para Ruan.

Peguei o leite e o meu insubstituível suco de laranja e coloquei na mesa. Passei o café enquanto picava algumas frutas. Fiz uma salada de frutas com iogurte e arrumei em taças com alguns grãos por cima. Como cozinhar nunca foi o meu forte, iogurte, frutas e suco de laranja sempre estão disponíveis na minha geladeira.

Quando eu estava tirando as torradas do pacote e arrumando-as num prato, Ruan entrou na cozinha com um sorriso maravilhoso que amoleceu meu coração.

_Bom dia, baby._ ele estreitou os olhos para o café da manhã que estava arrumado em cima da mesa._ Olha só! Acordou inspirada, senhorita Lincoln?

Dei a volta na mesa para abraça-lo e passei os braços no seu pescoço pegando seus cabelos ainda molhados.

_Bom dia. Eu disse que sei me virar, Sr Marques._ senti o gosto de hortelã em sua boca quando nos beijamos._Agora vamos comer. Por incrível que pareça, estou com fome.

Dei as costas pra ele para pegar a cadeira sara sentar e ele me deu um tapa na bunda.

_Com certeza. Com o apetite que você estava ontem._ virei e espreitei os olhos nele, mas logo caí no riso quando vi o sorriso sapeca nos lábios dele.

Ruan sentou na cadeira e me puxou para o seu colo.

_Venha, quero alimentar você._ Sentei na pena dele e afundei meu rosto no seu pescoço para sentir seu perfume amadeirado. Servi um copo de suco de laranja para mim e uma xícara de café para ele._Pronta para ir para Campinas hoje?

_Sim, com certeza._ concordei lembrando da viagem que tínhamos combinado de fazer a casa da mãe de Ruan._ Só preciso colocar umas peças de roupa na bolsa e devemos parar na farmácia para comprar remédio.

Ruan enfiou uma uva na minha boca e abriu a boca como se fosse perguntar algo, mas logo fechou como se tivesse entendido sobre o que eu estava falando.

_Ah! É verdade. E eu preciso comprar mais camisinha, você acabou com o meu estoque._ eu dei uma pequena mordida no dedo dele quando ele colocou um pedaço de torrada na minha boca._ Ai! O que foi?_ ele reclamou.

_Você tinha um estoque de camisinha?_ perguntei e fiz um bico só de pensar que ele pretendia acabar com o estoque em outras mulheres._Pra. Usar. Com. Outras. Mulheres?

_Mas, eu usei com você._ ele disse tentando segurar o riso. Continuei fazendo bico e ele mordeu meu lábio._ Acho que mereço um ponto por isso._ mordi o lábio dele também.

_Safado!_ sussurrei.

_Deliciosa!_ ele me beijou com intensidade e desejo. Passei a perna ao redor do corpo dele e rebolei em cima do seu membro que estava começando a ganhar vida._ Oh! Porra, Luísa. O que você acha de rebolar assim para mim aqui nessa cadeira, sem roupa nenhuma?

_Tentador._ falei em seu ouvido e rebolei mais provocando ele._ Mas, nós não podemos nos atrasar._ Saí de cima dele deixando ele ofegante na cadeira. Dei um olhar perverso e saí mexendo os quadris provocando ele, esse seria o castigo por ter um estoque de camisinha.

Quando eu estava chegando no quarto, Ruan me pressionou na parede com seu corpo. Dei um gritinho com o susto. Ele apertou minha bunda e moveu o pau na minha boceta que pingou com o toque dele.

_Agora eu vou fazer você implorar para me ter dentro de você. Mas, antes vou te dar umas palmadas por ser uma menina muito má._ a ameaça em sua voz fez querer implorar nesse momento por ele, mas eu também estava gostando da ideia de levar uns tapas.

_Só se você me pegar._ saí de seu aperto e corri para o quarto só para provocá-lo mais.

Ele me puxou e mordeu meu queixo quando me alcançou. Tirou meu vestido e a minha calcinha e mandou eu ficar de costas para ele com as mãos na parede. Eu me rendi esperando seu toque e olhei por cima do ombro quando ele se afastou e abriu uma gaveta que estava suas coisas tirando a mesma faixa vermelha que usamos no apartamento dele.

Ruan amarrou meus pulsos e posicionei eles acima da minha cabeça. Ele mordeu meu ombro indo até o lóbulo da minha orelha e sussurrou fazendo eu morder o lábio para conter um gemido.

_Implora para que eu te foda aqui e agora._ um tapa atingiu minha bunda e eu rebolei involuntariamente. Outro tapa me atingiu fazendo minha pele arder e eu repeti o movimento._ Isso! Delícia.

Mais tapas me atingiram e eu quase gozei quando seus dedos tocaram meu ponto sensível fazendo-me gritar por ele.

_Já chega, Ruan. Me fode logo._ Ordenei e escutei o barulho do zíper da bermuda dele abrir e o tecido cair no chão. Empinei mais a bunda para ele porque eu queria sentir ele assim mesmo em pé prensada na parede. Ele esfregou a cabeça do pau na minha entrada melando-se em meus líquidos._Eu já estou pronta, amor.

Soltei um gemido mais escandaloso que nem eu esperava, mas foi involuntário, quando senti o pau dele me alargando. Ruan apertou minha bunda e deu um gemido rouco e abafado pela mordida em meu ombro.

_Ah, delícia!_ ele começou a intensificar os movimentos fazendo eu sentir uma pequena dorzinha no meu colo, mas o prazer era maior e com os dedos dele estimulando meu clitóris não demorou para que eu alcançasse o orgasmo gritando o nome dele.

Eu ainda estava tremendo do orgasmo quando ele, sem me dar trégua nos movimentos buscando o próprio clímax, jorrou em mim me apertando ainda mais na parede.

Ele deslizou de mim e me puxou para a cama. Ficamos abraçados nos beijando até que nossas respirações ficaram reguladas.

_Você me tem tão preso em você, Luísa._ ele mordeu meu lábio inferior e chupou._ Desculpa, não usei camisinha de novo. Você precisa tomar remédios, eu estou viciado em sentir você sem nada.

_Eu vou tomar, fica tranquilo._ eu estava calma porque eu sabia que meu período fértil tinha passado e minha menstruação desceria em dois dias, então, as chances eram quase nulas de engravidar.

_Não que seja uma má ideia encher a casa de crianças com você._ eu sorri ao imaginar um menino gorducho com os cabelos castanhos e olhos cor de mel exibindo uma gengiva lisa ao sorrir para mim, mas eu também tinha medo de não ser uma boa mãe._ Mas, eu não quero dividir você com ninguém ainda._ eu gargalhei.

_Possessivo!_ exclamei.

_Você é minha, Luísa?_ ele me perguntou mesmo sabendo que sim.

_Toda sua, baby.

DE VOLTA PARA MIM. (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora