DE VOLTA PARA MIM. (CONCLUÍDO)

17-Ruan.

Acordei e fiquei observando minha namorada. O corpo deliciosamente nu da Luísa jogado sobre o meu e os seus cabelos loiros esparramados no meu peito formavam uma imagem linda de se ver. Ela não se importa de dormir sem roupa nenhuma comigo e nossos corpos se aquecem na noite fria. Eu já estou malditamente viciado nisso.

Ontem a noite Luísa mostrou que pode ser ousada quando quer e isso me deixa louco. Fiquei duro imediatamente só de pensar nas loucuras que fizemos.

O quarto, principalmente a cama, de Luísa tem o mesmo cheiro dela: Jasmim. Peguei-me desejando que ela deixe impregnado esse cheiro na minha casa também. Então, decidi que ainda a convenceria a se mudar para o meu apartamento.

Luísa se mexeu no meu colo e abriu os lindos olhos verdes. Ela sempre falava do quanto amava meus olhos cor de mel, mas é porque ela não vê os dela. Eu emolduraria essa cor só para me sentir em casa quando ela não estivesse perto.

_Bom dia, amor._ Luísa falou com um sorriso lindo. Se ela soubesse o quanto eu amo ouvir ela me chamar de amor...

_Bom dia, baby._ beijei seus lábios e os dedos dela acariciaram meu peitoral.

_Temos compromisso hoje._ ela disse com um olhar cauteloso._ Todo domingo Leandro e eu passamos o dia na casa dos nossos pais. Hoje o Leandro não vai, mas eu tenho que ir. Então, embora eu esteja tentada a ficar o dia inteiro confinada com você neste quarto, eu terei que ir... Espero que você não se importe de ir comigo.

Por um momento eu pensei que ela estava me falando tudo isso porque não queria que eu fosse com ela, mas no final eu percebi que ela estava temerosa que eu não quisesse ir.

_Claro que eu vou, amor. Se esqueceu que eu adoro seus pais?_ quando eu namorei a Luísa na adolescência, o Sr e Srª Lincoln sempre me aceitaram. E mesmo depois de tantos anos, eles ainda me trataram com o mesmo carinho quando visitei a casa deles semana passada. O Sr Paulo me olhou com cara de poucos amigos quando eu saí de lá depois da conversa com Luísa, mas isso era algo que dava para concertar com uma boa conversa. E eu pretendia falar com ele o quanto antes, então ia ser hoje._ Aliás, eu ainda tenho que conversar com seu pai. Naquele dia ele não ficou muito satisfeito com o clima que ficou entre a gente.

_Ele é super protetor, mas gosta de você. Nós dois ficamos bem um com o outro e ele vai ficar satisfeito. Não se preocupe.

_Não estou preocupado. Sei que você não é nenhuma menina, mas vou falar com seu pai sobre o nosso namoro. Eu quero fazer tudo certinho. Quero que todos saibam que você é minha.

O olhar de Luísa amoleceu e ela deu um sorriso lindo.

_Tem horas que eu acho que você não existe, sabia? Acho que estou fantasiando você em um sonho. Um sonho depravado algumas vezes._ a maneira como ela me falou aquilo deu vontade de gargalhar.

_Pode parecer que as coisas entre nós aconteceram rápido demais se você olhar somente para essa semana. Mas...

_Mas, a verdade é que demorou oito longos anos._ ela concluiu e eu concordei. Luísa acariciou meu rosto e me deu um selinho. Ela afundou seu rosto no meu pescoço. Era um dos hábitos que ela tinha quando estava comigo._ Desculpa, Ruan._ ela falou bem baixinho. Eu encarei seus olhos._Eu não deveria ter te deixado daquela forma.

_Ei, não se culpa. Foi uma merda tudo o que aconteceu, mas agora estamos aqui, baby. Nós éramos apenas crianças.

_Eu era criança. Você sempre teve atitudes muito maduras. Não era comum ver garotos da sua idade tão responsáveis. Mesmo assim, eu agi daquela maneira. Me desculpa, amor.

_Chega, querida. Se te faz sentir melhor, eu desculpo. Mas, para mim o que passou, passou. Vamos viver o hoje, tá bom?_ ela concordou com um aceno de cabeça.

Se ela soubesse o quanto eu a amo. Sim, eu amo a Luísa. Mas, ainda não era hora de falar isso. Eu preferia mostrar a ela que eu a amava. E eu também nunca tinha dito "eu te amo" para ninguém. Quando namoramos anos atrás no máximo eu disse que gostava dela, apesar de amar.

Beijei seus lábios avidamente e percebi que ela começou a ficar excitada com o beijo, pois começou a esfregar seu sexo em minha perna. Aquilo me deixou louco.

Fizemos um sexo lento e gostoso antes de nos arrumar para ir para a casa dos Lincoln.

Chegamos na casa da família de Luísa e fomos recebidos com muito entusiasmo pela mãe dela. Já o Sr Paulo ficou um pouco mais quieto.

_Ruan quando você vai trazer sua mãe aqui?_Letícia perguntou enquanto arrumava os pratos na mesa.

_Assim que marcarmos um dia._ falei.

_O quanto antes, por favor. Estou com muita saudade da Carla, pois faz muito tempo que eu não vejo ela.

Luísa desceu as escadas da casa vestindo vestido fino que deixava aparecer partes do corpo que não estavam cobertas pelo mini biquíni. Tentei me distrair ao máximo para não ficar duro na frente dos pais dela. Ela se aproximou e me deu um beijo nos lábios.

A mãe de Luísa ficou nos admirando com brilho nos olhos e o Sr Paulo disse que ia ver se a água da piscina estava OK. Aproveitei o momento e fui com ele.

_Pelo visto, está tudo bem._ ele falou encarando a água da piscina.

_Tudo em ordem._ concordei sem saber por onde puxar assunto.

_Digo entre você e minha filha._ ele se sentou numa espreguiçadeira e eu fiz o mesmo.

_Tudo em ordem também._eu estava me sentido um adolescente nervoso.

_Ruan, você sabe que eu nunca fui um pai de proibir os filhos de namorar com quem quisessem. Mas, domingo eu estava disposto a fazer isso._natural que um pai quisesse proteger a filha depois aquela discussão que tivemos.

_Domingo passado nós tivemos uma conversa difícil.

_Eu sei. E eu não gostei nada de ver minha filha com o mesmo olhar que eu trouxe ela no carro para cá anos atrás._ as palavras doeram em mim.

_Eu sinto muito, Sr Paulo. Mas, tudo que aconteceu foi um grande mal entendido. Eu... Amo a sua filha. Eu nunca faria nada para magoa-la._olhei para Luísa que estava brincando com dois gatos e sorri quando ela acenou.

_Eu sei disso também, meu rapaz. Você tem o mesmo olhar sobre ela que eu tinha e tenho com a mãe dela. É por isso que eu aprovo a reconciliação de vocês.

_Obrigado pela confiança Sr Paulo._ agradeci.

_Só quero ver minha menina feliz. Não ouse estragar esse brilho no olhar dela._ ele ameaçou.

_Tudo que eu quero é fazer ela feliz._ eu morreria se um dia eu fosse o culpado por fazer o coração dela sangrar.