invasiva

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CAPÍTULO 5

Minha cabeça latejava, abri os olhos e vi uma TV enorme de plasma na minha frente. Eu estava em uma sala. De Repente Átila abre a porta, e surge só de toalha todo molhado, ele estava muito bem, muito em forma. Tinha  pelos no peito, as gotinhas de água escorria pelo seu corpo lentamente me hipnotizaram. Elas descem do peito e param na virilha onde a toalha estava presa. Respiro fundo,. ‘ sonho, eu estou sonhando’ penso. De Repente minha boca começa a ser lambida  abro os olhos e vejo um cachorro labrador.

- THOR!. Escuto a voz de Átila. Aquilo me desperta. E me dou conta de que não é um sonho.

- Ai meu Deus! Levanto com tudo. Olho em volta, estou na mesma sala tinha uma cozinha americana do lado, o cachorro senta no tapete e fica olhando para mim. Átila não está lá. ‘Onde eu estou?’ penso.

- O quê?. Digo em voz alta quando percebo que estou sem roupa, só de calcinha e sutiã em um sofá grande cinza.

- Bom dia! Átila entra sala de calça e camisa aberta, ele sacode a toalha nos cabelos molhados. Cubro rapidamente os meus seios.

- Onde eu estou?.  Digo Em pânico

- Na minha casa, você apagou no meu carro  eu não sabia seu endereço.

- O que por que?. O cachorro late. E parece que ela late dentro do meu tímpano.

- Aí! Minha cabeça.

- Ressaca?

- Toma isso, vai ajudar. Ele me entrega um copo de água e cumpridos. Bebi a água pra tentar me acalmar.

- Cadê a minha roupa? O que aconteceu? A gente…….. não consigo dizer, sinto meu coração disparar. Ele ri enquanto abotoa a camisa.

- Não, não. Respiro fundo tomo o comprimido.

- Então o que aconteceu?. Minha cabeça dá voltas.

- Você me disse ontem que nunca tinha bebido, aí você ficou bêbada começou a tagarelar, vomitou na sua roupa e apagou.

- Sério?

- E cadê o meu vestido?

- Eu tirei pedi pra Maria lavar

- O QUE!?. Meu coração dispara sinto um frio na barriga.

- Seu vestido estava sujo de vômito. Ele justifica.

- Você tirou a minha roupa? . Me viu ….

- Qual o seu problema?. Ele fica sério

- Qual é o seu problema. Retruco.

- Se você tivesse uma rola aí sim me surpreenderia, mas como você não tem, não há nada que eu já não tenha visto. ‘ ele viu meu corpo, minha gordura, estrias, celulites.’  Estou em pânico desespero, Minha cara parece que vai explodir de tanta vergonha. Começo a chorar.

- O que foi? A expressão dele muda quando me vê chorar. Ele se próxima se agacha perto de mim.

- Não entendo o quê fiz de errado, eu deveria te deixar toda suja de vomito?.  Só dele falar a palavra vômito me dá ânsia. Respiro fundo tentando me acalmar.

- Agradeço o seu cuidado, mas você não tinha o direito. Nem minha mãe me vê nua. Ele suspira, e levanta irritado e sai. Meu estômago está embrulhado deito no sofá, tenho medo de vomitar de novo. Átila volta com uma roupas dobradas. Percebo o quão rude eu fui, me sinto culpada. ‘Ele só queria ajudar’ penso.

- Você pode usar isso pra se sentir melhor. Ele põe na mesinha de centro.

- Desculpa é complicado pra mim. Ele vai até a cozinha.  Pega uma caneca de café.

- Preciso ir pra casa tomar um banho.

- Você pode tomar banho aqui tem um armário de toalhas limpas no banheiro.

- Onde fica?

- No meu quarto.

- Ah… obrigada. Ele veste o blazer  combinando com a calça, está todo de social.

- Onde você vai?

- Tenho que encontrar com os franceses pra fechar o negócio lembra?.

- Aaah verdade, eu tenho que ir logo.

- Não, não pode tirar o dia de folga. Sinto muita vontade de fazer xixi. Preciso levantar mas se eu levantar ele vai me ver.

- É você pode se virar pra mim levantar. Ele ri, isso me irrita.

- Você sabe que…

- Por favor….. eu interrompo. Ele se vira, me certifico que não dá para ele me ver. Levanto devagar. Enrolo a manta que estava em cima de mim no corpo.

- Isso tudo é por causa do que você me falou. Ele diz ainda de costas.

- O que te falei?.

- Posso?

- Pode. Ele se vira, e olha meu corpo enrolado na manta.

- O que te falei Átila?

- Você não lembra?

- Lembro que entrei no seu carro, e … não sei direito.

- Você falou muita coisa. Ele dá um gole na caneca. - disse que era virgem que queria ser freira. Naquele momento eu queria que o chão abrisse comigo no meio.

- O que?. É uma conversa maluca? ‘ pensa rápido’ minha consciência adverte.

- E você deu bola para uma bêbada? Digo rindo tentando fazer parecer uma piada.

- Só duas pessoas falam a verdade, crianças e bêbados. Ele põe a caneca em um balcão. Não sei o que dizer. Fico paralisada, na frente dele. Ele dá um sorriso sarcástico.

- Quando sair deixa a chave com a Maria. Faço que sim com a cabeça. Ele coloca a carteira e o celular no bolso abre a porta.

- Thor se comporte!. Ele sai e eu fico sozinha naquele apartamento, enrolada em uma manta com um cachorro me olhando.

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