CAPÍTULO 6
Fiquei uns segundos parada olhando para aquela porta, pensando em como isso tudo era uma loucura, se isso realmente estava acontecendo. Eu estava fedendo e precisava sair de lá minha mãe não poderia me ver assim
- Mãe. Falei em voz alta.
Tinha esquecido, ela devia está louca me procurando. Procuro minha bolsa pela sala. Acho ela em cima de um balcão perto da cozinha. Abro a bolsa tensa. Pego celular, vinte e três ligações perdidas.
- Ela vai me matar. Digo. Nunca tinha dormido fora. Já tinha dormido na casa da minha amiga Malu, mas era no mesmo prédio. Retorno a ligação.
- Alô. Sinto o dessespero em sua voz.
- Mãe!. Me sinto culpada por fazer ela se preocupar.
- Ruth! Minha filha cadê você?. Você está bem? Onde você está?
- Calma mãe estou bem.
- Te liguei a noite toda.
- Eu estou bem.
- Onde você está?
- Na casa de …. Olho em volta não posso dizer que dormi na casa do meu chefe.
- Estou na casa de uma colega de trabalho, passei mal com o jantar, frutos do mar. E ficou tarde achei melhor ficar aqui.
- E POR QUÊ NÃO AVISOU! ela grita
- Meu celular descarregou mãe! Desculpa
- Vem pra casa agora?
- Já vou, já vou
- Desculpa, tchau.
Sai da sala e segui por um corredor entrei na primeira porta. Era o quarto dele, era bem semelhante a sala dele na fábrica. Móveis de madeira rústica, uma cama grande. Até que bem arrumadinho para um homem. De longe vi um porta retrato na mesinha de cabeceira, me aproximo é uma menina linda, abraçada a uma mulher. A menina tem os mesmos olhos dele. Átila não parece ter filhos, não tem nada de criança na casa.
Vejo aquela cama imensa e tenho vontade de me jogar, mas penso em quantas mulheres já não devem ter deitado alí. Vejo uma porta retrato no canto do quando entro, a foto de uma menina. Fui para o banheiro era um banheiro lindo de mármore, cor gelo grande e espaçoso. Abri o armário e peguei uma toalha. Me olho no espelho, ‘ , Meu Deus!’ penso. Estou horrível meu cabelo parece uma vassoura, olheiras enorme, tem vomito seco no meu cabelo, baba seca e remela. ‘ Meu Deus, Átila me viu assim,!?’ penso. Não sei o que é pior ele me vê nesse estado, ele ter tirado minha roupa com vomito, ele me ver nua, ou ele saber que sou virgem’.
Meu Deus! O que está acontecendo com a minha vida?. ‘ está tudo de cabeça para baixo, não era pra nada disso ter acontecido. Eu estava me sentindo muito mal, uma dor no meu peito cresce, e começo a chorar, chorei tanto que minha cabeça voltou a doer. Fui para o box liguei o chuveiro, foi a melhor chuveirada que já tomei. Sai do banho bem relaxada. As roupas que Átila tinha me dado estavam na sala, me enrolei na toalha e fui.
Aaah ! Me assusto com alguém gritando atrás de mim. Me viro e vejo uma mulher.
- Quien es usted?. Lembro que Átila falou que deixou meu vestido com a Maria.
- Você é a Maria?
- Si, yo soy. Reconheço o sotaque espanhol.
- Eu sou Ruth, uma amiga. Digo sem graça, ela olha para a toalha enrolada em mim.
- Amiga, si, sim. Não quero que ele pense que sou mais uma.
- Desculpe sou a secretaria dele. Me justico
- Não tudo bem, é que não Estou acostumada com visitas. Ela diz em português com sotaque.
- Ah não. Digo surpresa. - Nossa que extranho ele conhece tanta gente.
- Não, não o senhor Átila é muito reservado o único que vem aqui o seu amigo Dante.
- Dante?
- É o dono do cachorro. Ela tá viajando.
- Aaah…
- É difícil até de eu ver ele, porquê ele sai cedo quando volta eu já fui embora. Sinto muita curiosidade de tirar mais informações, mas não quero parecer bisbilhoteira.
- Então eu sou a primeira mulher que você vê aqui?
- Sim, ela parece perceber o que estou fazendo e fecha a cara.
- Átila te deu meu vestido?
- sim está aqui, tive que bajar.. ops desculpe tive que descer até a lavanderia para colocar na secadora.
- Obrigada. Pego o vestido volto para o quarto, está ainda mais apertado. Por causa da secadora. Decido colocar a blusa que Átila me Deu por cima, amarro cabelo Volto para a sala.
- A senhora quer café?
- Ah não, não precisa me chamar de senhora.
- Me chame de Ruth. Ela sorri e me dá uma xícara.
- Faz tempo que você trabalha aqui?
- Faz quase 5 anos.
- Nossa bastante tempo.
- Si, si Senhor Átila foi muito bom e me deu trabalho logo que cheguei no país. Me registrou, me ajudou a conseguir meu visto permanente.
- Nossa legal, eu não conhecia esse lado dele.
- O senhor Átila é generoso e bom. Sorrio. Tomo um gole do café
- Ele é muito triste e solitário.
- É você disse que ele não recebe ninguém, eu fiz um julgamento errado sobre isso.
- Ele não recebe ninguém, mas sempre dorme fora. ‘Motel’ penso
- Eu vi a foto de uma criança lá dentro do quarto e sobrinha dele?
- Não sei direito, mas acho que é filha
- Filha!?
- Ela mora longe acho. Meu celular toca vejo que é minha mãe. Não atendo.
- Maria, obrigada pelo café. Preciso ir.
- De nada Senhora Ruth.
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Ápice
RomanceUma noviça, se vê desafiada ao começar a trabalhar em empresa de produtos eróticos. Ruth, uma jovem que nutre a ideia de amor românticos e castos. Se depara com o instinto mais selvagem e carnais do ser humano. Será que ela irá conseguir manter sua...