FAMILIARIZADA

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CAPÍTULO 30

O centro do Rio era tão comercial e eletivo quanto o de São Paulo, um aglomerado de prédio imponentes de vidros espelhados, frequentado por executivos esnobes.

O prédio de Salete ficava no centro do Rio, era um prédio comercial com um jardim japonês na entrada.

Bom dia. Uma senhora, faxineira me cumprimenta.

Bom dia. Eu digo entrando no escritório.

RUTH! Escuto Salete gritar do fundo do corredor.

Ruth! Oi, oi, bom dia! Ela me abraça. Retribuo o abraço meio surpresa 

Estou tão feliz, de você estar aqui, achei que Átila nunca iria te liberar. Sorrio sem graça. Lembrei que não tinha avisado para Átila.

Venha, venha vou mostrar o escritório pra você.

O escritório era muito agradável, e calmo, bem diferente de Salete super agitada. 

Não repara a bagunça, estamos redecorando.

Redecorando? Acabei de alugar. Paramos de frente a uma sala com dois homens, lixando a parede 

Bom dia. Um deles diz, com certa malícia em sua voz. Ele, era alto, e forte. A  lixa sumia em sua mão.

Bom dia. Digo

Venha, vou te levar para a mesa da minha antiga secretaria. Estava um caos, a mesa toda bagunçada, papéis e documentos  tudo desorganizado. Sem contar os sistemas, iria ter que me adaptar para trabalhar com vários sistemas diferentes eu estava enlouquecendo, porém muito empenhada a dar um jeito naquilo tudo.

Salete me levou para conhecer o RH, almoxarifado e contabilidade.

Seu escritório era decorado de vermelho e amarelo e Tinha quadros de pinturas renascentista, homens e mulheres nus pra variar.

Depois do tour fomos almoçar, fazia um calor insuportável.

Você vai ter que abrir mão desses teus terninhos ou vai assar.

Estou acostumada. Digo sorrindo.

A tarde passou bem rápido, fiquei organizando as coisas. Não sabia quanto tempo ficaria lá. Eu me esforçava para não pensar em Átila, não tinha dado nem uma satisfação para ele. Ele poderia estar furioso, ou simplesmente estava ignorando tudo isso.

Logo deu a hora de ir embora, Salete saiu mais cedo, dizendo que iria encontrar com seu irmão. Eu não sabia que tinha irmão. pensava

Arrumei minhas coisas e voltei para o hotel.

Escuto o celular vibrar, me espanto ao ver uma ligação de Malu.

Alô! Atendo

Como assim você está no rio?

O que? 

Acabei de chegar, não te avisei porque queria fazer uma surpresa.

Não acredito que fez isso comigo Malu! Porque não avisou?. 

Por que era surpresa. Ela ri ao telefone. Eu estava feliz e com raiva. Feliz com a chegada de minha amiga. E com raiva de não estar lá com ela. 

Ficamos um Tempão conversando no telefone, ela contou um pouco de sua viagem. Contei algumas coisas para ela, desabafei, mas um pouco. 

Percebi que passar por isso tudo sem ter ninguém pra conversar e desabafar era insuportável.

Eu não sei nem o que te dizer, nunca imaginaria que você tivesse coragem para isso. A Ruth de 5 anos atrás é uma pessoa completamente diferente. Ela diz.

Por mais que ficássemos horas e horas no telefone não daria para colocar o papo em dia. 

Ela tinha voltado para seu antigo apartamento, que era em cima do meu. Teríamos muito tempo para conversar. 

Desliguei o telefone, e fiquei pensando que Malu tinha chegado na hora certa.

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