Os últimos três dias foram uma correria só, estava toda enrolada arrumando a minha documentação para a contratação.
Enviei tudo por e-mail para Salete, tinha dado certo, meu primeiro dia era amanhã.
Acordei bem cedo queria me arrumar com calma, eu estava receosa, tinha medo da minha mãe descobrir, mas também estava muito ansiosa.
Cheguei pontualmente às 9:00, Ilda me recepcionou, começou a me explicar o trabalho, eu não tinha medo não parecia difícil. Eu não via a hora de começar logo e me senti aliviada quando percebi que eu não ia precisar lidar diretamente com os produtos eróticos. Era mais na área administrativa, eu tinha a minha sala. Que era do lado da sala do meu chefe. Ilda me explicou que Salete era uma das sócias, a empresa dela era no Rio, e Átila estava lá para resolver alguns problemas.
Ilda me explicou que todos os dias eu tinha 10 minutos de pausa para o café e me levou até a copa, me mostrou o vestiário meu armário e o banheiro.
Ilda me levou até o piso inferior do prédio, onde eles fabricavam.
- Agora vou te deixar com o João nosso gerente operacional. Ele vai te mostrar tudo. Átila está para chegar com Salete tenho que preparar algumas coisas. Estarei lá em cima
- Ok.
- Prazer. Ele me estende a mão, eu o cumprimento.
- Sou Ruth. Sorrio, João era um homem baixinho de bigode, Moreno.
João me levou até a linha de produção, me surpreendi tinha máquinas enormes. Me mostrou como a matéria prima chegava. Vinha todo fragmentada, e granulada. Eles produziam Dildos, a única vez que vi um pênis de borracha foi em uma vitrine de um sexy shop eu estava andando pela calçada. Nunca pensei que iria acabar trabalhando em uma fábrica de pênis de borracha.
Eles fabricavam em grande escala, tinha uma grande variedade. A matéria prima era colocada naquelas máquinas imensas. Era derretida depois ia para outra máquina para serem feitos os moldes.
E por último tinha a etapa de finalização, onde os Dildos eram pintados, eram acrescentado detalhes como uma coloração mais rosada na glande, detalhes feito a mão de veias e pelos. Que era feitos por mulheres.Depois ele me levou até o estoque e me mostrou como era o processo de embalagem e armazenamento. Eu nunca tinha visto tanto pinto na minha vida. Aquilo parecia um sonho maluco.
João era bem simpático, os operários ficavam nos olhando. Havia poucas mulheres, as que tinha trabalhavam na finalização.
Depois que o tour acabou voltei ao escritório.
- Eles chegaram! diz Ilda dando um pulo da cadeira.
Querem te ver. Ilda me levou até a sala de Átila.
Bateu na porta, reconheço a voz de Salete dizendo para entrar. Ilda abre a porta vejo um homem alto, de cabelos compridos meio grisalhos de costas.
- Bom dia! Digo tímida.
- Bom dia querida como foi o seu tour lá embaixo? Salete pergunta.
- Foi bem. Minto Na verdade eu estava surtando e queria sair de lá correndo. Mas eu precisava me controlar, e me manter calma. Eu precisava do emprego e precisava me acostumar com os Dildos.
- Então trabalhar para vender pintos de borracha não te incomoda?. O homem se vira, ele está com um uísque na mão, ele era um homem maduro com os seus 38 anos, seu rosto quase não
tem rugas, e seu corpo tinha um porte atlético, e olhos azuis acinzentados intensos uma barba rala cerrada grisalha. Respiro fundo engulo seco. Ele olha para mim, depois para o meu crucifixo. Eu nunca tirava o crucifixo ganhei de uma freira muito querida. Ele solta um sorriso e dá um gole no whisky.- Você contratou uma Carola, para ser minha secretária Salete?. Ele diz com sarcasmo.
- Sim, o currículo dela é excelente, tem boa reputação e recomendações. Ele coloca o copo de whisky na mesa. Pega um papel, sobre a mesa.
- Colégio católico? É brincadeira né? A ja sei esta me Aprontando algumas das suas. Ele diz ao ler o papel. Imagino que seja o meu currículo.
- Átila, por favor… ela diz passando a mão na testa.
- Ela vai ser eficiente, diferente daquelas antas que você contrata. Ele não responde.
- Você está preparada? Nem todo mundo consegue trabalhar nesse meio. Não suportam o julgamento das pessoas. Ele diz olhando para mim.
- Sim, tenho uma rígida postura profissional, isso não me afetará.
- Isso, postura profissional. Ela se levanta. - sério se você dispensar ela eu a contrato para mim. Ela sorri para mim.
- Já quer levar minha secretária embora. Ele se senta na cadeira.
- Sua? … então ela fica. Salete diz acenando com a cabeça
- Boa sorte querida, não se preocupe ele é meio rabugento mesmo. Ela pisca para ele.
- Te espero amanhã no aeroporto. Ela sai da sala.
- Ok. Ele diz.
- Ficamos sozinhos na sala, era uma sala toda em detalhes rústico, madeira maciça antigo. Olho em minha volta,
- Era um fabrica de tecelagem, ficou desativada por uns anos, reformamos só por fora. Ele diz.
- Toma!. Ele me entrega um pasta. Anexa todos esses documentos.
- Ok. Levo a pasta para minha sala, fico um pouco frustrada ao saber que não vou trabalhar com Salete. Átila parecia arrogante e debochado, eu detestava pessoas assim.
Ilda me falou que ele iria voltar naquele mesmo dia para o Rio com Salete. Alívio para os meus ouvidos.
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Ápice
RomansaUma noviça, se vê desafiada ao começar a trabalhar em empresa de produtos eróticos. Ruth, uma jovem que nutre a ideia de amor românticos e castos. Se depara com o instinto mais selvagem e carnais do ser humano. Será que ela irá conseguir manter sua...