VISITA

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CAPITULO 36

Moonshine, your love, it makes me come alive

Take us to that special place

That place we went the last time, the last time ....  

 Sai do elevador cantarolando não lembro aonde escutei essa música, mas desde que escutei não saia da minha cabeça.

O ritmo era bom, me fazia esquecer dos problemas e querer dançar. Eu estava animada, e positiva. Para compensar o atraso de ontem cheguei bem cedo, para adiantar algumas coisas, e deixar tudo arrumado para a reunião.

 Coloquei minha bolsa em cima da mesa, vi uma sombra pelo vidro da porta, estranho (Salete, à essa hora).

Abro a porta e dou de cara com Átila, sentado na cadeira de Salete. Mexendo nas gavetas. Como um grão de poeira ao vento, meu bom humor se dissolve.

- O que você está fazendo aqui? 

- Bom dia, Ruth! Não esqueça a educação e formalidades. Ainda sou teu chefe. respiro fundo.

- O que a vossa graça deseja, Milorde? Digo sarcástica.  Ele me encara arqueia uma sobrancelha.

- Onde está Salete?

-  Com certeza não está nas gavetas em que a vossa senhoria estava mexendo. Ele se cala.

- Vou para minha mesa. Digo indo direção a porta. (Não quero discutir) penso

- Ah! e a propósito. Seu sobrinho é uma graça. Paro na porta.

- O que?

- Seu sobrinho, Daniel. Eu acho. Meu coração gela naquele momento.

- Como assim do que você está falando? como conheceu meu sobrinho?

- Tomei um café com sua mãe, o bolo de banana com canela que ela fez estava uma delícia. (isso só pode ser brincadeira!) penso. Átila pega uma vagina de vidro de enfeite da mesa de Salete.

- Você- você. gaguejo. Está brincando comigo?

- Eu sabia que estava brava, não tive notícia sua durante o dia todo. Até então normal, mas aí depois de três dias, eu fiquei preocupado.  Que tipo de empregador eu seria se depois de três dias, eu não fosse atrás da minha melhor funcionária? ele diz cínico. 

Naquele momento eu senti uns seis tipos de troço diferente. Como um robô bugado eu fiquei paralisada. 

Ele brincar com a vagina de enfeite de vidro como se fosse uma bolinha, jogando de uma mão para outra.

- Ruth você está bem? ele me encara.

- Você... foi... na ... minha... casa. Digo com dificuldade. Tentando respirar. 

Ele arqueia a sobrancelha, faz expressão surpresa.

- Qual o problema? ele se espreguiça, e roda na cadeira. Aquilo me irrita, me enlouquece, enquanto eu estava a um fio de ter um colapso nervoso. Ele age com absoluta normalidade e calma. Começo a andar de um lado para o outro na sala surtando.

 Ele não estava sorrindo, mas eu via em seus olhos. Seu sarcasmo, ele se divertia em me ver surtando.

- O que foi? qual é o problema? ele se faz de sonso. Coloca a vagina de vidro na mesa.

- O que você falou para minha mãe? Eu pergunto espumando de ódio. Olhando fixamente em seus olhos. A expressão dele muda para sério.

- A verdade Ruth. Sinto minhas pernas amolecerem, um calafrio percorre todo meu corpo.

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