mundo cor de rosa

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CAPÍTULO 13

Era a terceira vez que eu ia no banheiro aquela manhã. Da última vez que fui ao rio eu também tive dor de barriga, muita ansiedade por causa da viagem. Quando eu e Hélen éramos crianças nosso pai nos levou para conhecer o Rio nas férias. Helen amou,  ela nunca perdia uma oportunidade para se exibir, passou as férias toda praticamente de biquíni, jogando vôlei de praia com minhas primas.
Eu por outro lado, não gostava de calor, detestava toda aquela areia. Minhas primas riam de mim, porque elas eram magras e bronzeadas. Me chamavam de orca encalhada, enquanto elas se divertiam na água eu ficava sozinha na areia debaixo de um guarda sol.
Desde então odeio praia, minhas primas e principalmente o sotaque carioca. Eu não tinha boas recordações do Rio.
' É só uma viagem de trabalho' minha consciência me adverte.

Tomei café com minha mãe aquela manhã, Daniel estava emburrado por causa da viagem. Ele não entendia que era uma viagem de trabalho e que ele não poderia ir.

- você poderia visitar sua tia.
- não, não vou ter tempo. É uma viagem rápida.
- já avisei a sua tia que você vai.
- mãe!
- eu estou preocupada, o Rio é perigoso. Não vê as reportagens.
- aqui em São Paulo também é perigoso, e todos os dias tem reportagens.
- Tenta pelo menos ir um pouco na casa da sua tia.
- não prometo nada mãe.
- Lá tem praia tia?.
- tem sim amor. Daniel começa a chorar.
- o meu amor, eu prometo que da próxima te levo.
- sua tia volta logo.
- Mas só vou te levar da próxima se você se comportar com sua avó. Ele faz que sim.
Minha mãe queria me levar até o aeroporto, mas graças a Deus consegui impedir. Deus me livre um encontro dela e do Átila.
Rezamos para nossa senhora de boa viagem, para que me guardasse. Não estava preocupada com a viagem mas estava preocupada em deixar minha mãe sozinha. Pedi para uma Cris uma velha amiga e vizinha ficar de olho em minha mãe, avisei para ela me ligar se alguma coisa acontecesse e eu viria correndo.

Depois de uma longa despedida, cheia de abraços, beijos, conselhos de precaução. Dei graças a Deus quando meu Uber chegou.

Encontrei Átila, sentado lendo um livro no salão de embarque.

- Bom dia. Digo me sentando ao seu lado.

- Está atrasada. Ele diz sem olhar no meu rosto. Olho no meu relógio.

- Ainda falta uma hora e dez.

- E se tivesse trânsito?

- Não tinha, eu escutei no rádio antes de sair.

Eu não tinha reparado, ele estava sem o seu blazer. Parecia outra pessoa de calça jeans camisa polo preta e óculos escuro.

Coloco meu fone de ouvido e começo a cantarolar.

- Nirvana?. Ele pergunta.

- Sim. Ele ri

- Você não tinha que está escutando rock Gospel?.

- Há Há engraçadinho.

- Desculpa é que você não faz o tipo que gosta ou escuta Rock.

- E você não faz o tipo que lê Augusto cury. Ele olha a capa do livro.

- Peguei ali naquele prateleira. Tinha uma estante de livros grátis.

- Gosto da perspectiva dele.

- Gosto da intensidade do Rock

- Uma Carola roqueira. Ouvindo músicas mundanas. Ele diz em tom de brincadeira.

- O Augusto Cury era ateu mas se tornou cristao, quando entendeu que as emoções vem de Deus. Você está procurando sua rendição?

- Rendição. Ele diz irônico. - minha alma não poder ser salva Ruth.

- Todas as almas podem ser salvas, todos nós temos salvação.

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