CAPÍTULO 20
TCHIII... TCHIII ... TCHIIIiiiiiiI!
minha cabeça funcionava como uma penela de pressão. Tinha acabado de sair do banco, fui implorar para o gerente um empréstimo sem êxito. Fui trabalhar, chorei o caminho todo até o trabalho, ' o que eu vou fazer Deus!? o que eu vou fazer Senhor!?.' eu pensava.
- você está atrasada de novo. Ilda diz ao me ver passar pela recepção.
- tive um probleminha, o que foi aconteceu alguma coisa?. pergunto
- aconteceu! o Átila chegou. Te procurou, está irritado.
- aah!. 'Mais essa para o dia' penso.
- tudo bem eu vou até lá.
- não, não ele está, em reunião, melhor nem incomodar.
Fui pra minha sala, eu dava tanta atenção aos e-mails do banco que esqueci os e-mails da empresa. Escuto Átila conversar com dois homens, tento ganhar tempo fazendo tudo o mais rápido possível. Escuto a porta se abrir os homens saem. Logo em seguida o telefone toca.
- bom dia!. tento dizer simpática.
- na minha sala! ele desliga o telefone. Respiro fundo e vou até a sala dele com documentos, que precisam da assinatura dele.
- com licença? digo entrando.
Ele está sentado em sua mesa, um copo de whisky na mão, e papéis em outra.
- aonde você estava? porque está chegando agora?
- me desculpe, desculpe eu tive problemas.
- você sempre tem problemas. Fico calada.
- toma pega esses documentos, preciso disso reconhecido pelo cartório.
Fui até o cartório, quando voltei ele já tinha saído para almoçar. Eu não tinha fome, tomei apenas um café e comi um sanduíche.
trabalhei o resto da tarde igual uma máquina, muitos relatórios, notas fiscais, documentos. Estava tudo uma bagunça.
Escuto Átila bater a porta quando entra em sua sala. Durante o resto da tarde ele não me chamou, devia estar irritado.
O sinal da fábrica tocou, já era 17:00 horas, escuto os operários sair. O telefone toca, Átila me chama.
- toma, preciso que envie esses papéis ao banco. Olho o documento um recibo de 567mil reais.
- sim senhor. Volto para minha sala pensativa, uma ideia desesperada, deixo o recibo sobre a mesa. Volto para sala de Átila.
- já ia te ligar, você já poderá ir e vê se não se atrasa amanhã. Ele diz sem tirar os olhos da tela do celular
- pode deixar. Respeiro fundo, fico travada na frente dele não sei como dizer. Ele levanta a cabeça.
- vai ficar aí parada o dia todo, ou vai me dizer o que quer?. Engulo seco.
- desculpe eu não quero incomodar, deixa para lá. Vou saindo da sala.
- espere!
- o que foi?. Ele pergunta em um tom menos rude. Abro a boca mas as palavras não saem estou com muita Vergonha, me lembro do aviso do banco.
- preciso de um empréstimo.
- que?
- preciso de uma empréstimo. Ele coloca a mão no queixo.
- quanto?
- 100 mil. Ele franze a testa.
- pra que você precisa de 100 mil?. Suspiro.
- é um assunto delicado. Digo sem jeito. Ele se levanta, pega seu whisky. Da à volta, se apoia sobre a mesa.
- pra um funcionário pedir um empréstimo a uma empresa, ele tem que no mínimo ter mais de 6 anos. E o empréstimo é valor baixo. Coloco a mão no rosto, sinto meu coração bater mais rápido.
- desculpe! me desculpe você tem razão, eu não devia. É muita ousadia de minha parte. Digo indo em direção a porta.
- eu não disse que não. Paro com a mão na maçaneta. Olho para ele, ele passa a mão no cabelos tirando dos olhos.
- mas não vai sair de graça.
- claro que não, o senhor pode descontar do meu salário todo mês.
- eu tenho uma condição.
- tudo bem. Eu posso fazer mais horas de trabalho, trabalhar em horário integral.
- não é isso. Ele dá um gole no whisky
- Eu quero que você passe uma noite comigo.
- o que?
- passe uma noite comigo e o dinheiro é seu.
- o que você pensa que é? Como você ousa fazer uma proposta indecente dessas?
- ganho a vida com indecência querida.
A minha vontade naquele momento era de dar um tapa na cara dele. Sai da sala indignada sem dizer uma palavra. Peguei minha bolsa e sai o mais rápido que pude eu não poderia correr o risco de trombar com ele, ou então eu não iria me segurar e daria o tapa. ' quem ele pensa que é? Sou a secretaria dele não uma prostituta.' penso irritada.
- Oi filha achei uma casa legal. Minha mãe vem em minha direção com um anúncio de alugueis. Logo quando chego.
- agora não.
Eu me sentia como uma bomba relógio, me tranquei no quarto, chorei durante horas.
quando percebo que tudo está calmo e minha mãe e Daniel já foram dormir. Sai do quarto, a nossa sala parecia um campo de guerra, uma bangunça de caixas de papelão espalhadas parar todo lado. Vou para a cozinha faminta já era 22:00 da noite e não tinha nem almoçado.
Jantei, tomei um banho pra tentar relaxar e voltei para o quarto, eu não queria ver ninguém eu só queria desaparecer.
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Ápice
RomanceUma noviça, se vê desafiada ao começar a trabalhar em empresa de produtos eróticos. Ruth, uma jovem que nutre a ideia de amor românticos e castos. Se depara com o instinto mais selvagem e carnais do ser humano. Será que ela irá conseguir manter sua...