a caixa de vidro

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CAPÍTULO17

Os últimos três dias estavam sendo difíceis, era nítido que Átila está me evitando. Nos limitamos a conversar apenas por e-mail. Eu também não tinha coragem de me aproximar.

Já estava sendo difícil me manter concentrada, depois de tudo o que aconteceu. Eu ficava preocupada em deixar minha mãe sozinha.

Eu estava saindo uma hora mas cedo para buscar Daniel na escola. Acabei optando em pagar por transporte escolar levar e buscar.

Cheguei do trabalho, encontrei Daniel jogando video game.

- Oi cadê a sua avó?

- Tá tomando banho.

- Fui para a cozinha esquentar o jantar, o telefone toca.

- Alô?

- Alô boa tarde, gostaria de falar com a dona Helena?

- Ela está ocupada, quem gostaria?. Não reconheço a voz.

- Estou ligando referente ao pedido de empréstimo.

- Pedido de empréstimo?

- Sim se possívell gostaria que ela viesse aqui na agência.

- Tá bom eu vou falar com ela.

- Obrigada. Desligo o telefone.

Estranho a ligação minha mãe não tinha comentado nada de empréstimo. “ Pra que ela queria empréstimo?'penso.

Até onde eu sabia nossas dívidas estava quitadas, não sobrava dinheiro, mas também não faltava nada em casa.

Era tanta coisa na minha cabeça que eu esqueci de perguntar. Abri uma gaveta para pegar um pijama, e vi a blusa que Átila me emprestou pra voltar pra casa.  Ela uma blusa de pijama, Sinto o cheiro dele na blusa “ o que você está fazendo?” Minha consciência adverte.

Guardo a blusa na gaveta, volto a pensar na feira e em tudo o que aconteceu.  Lembro de Wendy perguntando se ele ainda era casado. Não sei se eu poderia levar em consideração o que Salete falou, que era impotente por causa do acidente. Ele não parecia ter nem uma sequela, nem cicatrizes.

Por mais que Maria tivesse me dito que ele nunca tinha levado ninguém a casa dele. Eu me recusava a acreditar, Átila chamava atenção por onde passava, mulheres e até homens davam em cima dele.

Eu durmia mas não descansava era como se minha cabeça continuasse acordada. Tomei um susto quando acordei e vi no relógio 10:50. Não ia dar tempo de tomar banho, eu corria de um lado para outro no quarto, escorreguei e caí na beira da cama.

- Droga! Sinto meu joelho arder. Olho no tapete. Um dildo emborrachado cor de rosa neon.

- Não é possível. Digo me levantando.

Eu tinha certeza que tinha colocado todos os Dildos na caixa e devolvido para Átila. Coloquei o dildo na bolsa, e um curativo no joelho. Fui para o trabalho, tive sorte Átila passou a manhã toda fora em reunião com Raposo. Me pediu uns relatórios, um monte de outros documentos por mensagem.

Durante a manhã, não consegui me concentrar, ‘Porque minha mãe precisava de um empréstimo?’ essa pergunta me atormentava.

Aproveitei que tinha uma agência próxima, e durante o almoço resolvi tirar essa história à limpo.

Chegando no banco, Coloquei minhas chaves e o guarda, chuva dentro do porta mental. Quando fui passar pela porta o detector de metais apita. ‘ as moedas!’ lembro coloco minha carteira na caixinha de vidro.

Novamente o detector apita

- Tire tudo de metal!. O guarde avisa atrás da porta giratória.
Tirei meu brincos e celular, coloquei caixa de vidro, e mesmo assim apitou.

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