CAPÍTULO 24
Durante o caminho eu pensava em tudo o que já tinha acontecido. Eu tinha mudado, e já não era aquela pombinha que todos achavam que eu era.
No começo tudo era novidade e tudo me assustava mas depois de tudo o que eu passei, e tudo que vi na feira. Era como se eu tivesse crescido e nada mais pudesse me surpreender.
Eu não tinha certeza se eu realmente tive um orgasmo com Átila na sala do desafio. Eu imaginava diferente, estava muito confusa perdida no meus próprios sentimentos. Uma mistura de raiva, medo, euforia e excitação.
Estava desorientada, perdida. Parte de mim odiava Átila e eu achava que ele era um cafajeste. Só de lembrar daquela cabine maldita sentia raiva, eu nunca tinha sentido tanta vergonha na minha vida.
Mas a outra metade de mim via benevolência em seu olhos tristes, ele cuidou de mim, cuidou do meu joelho ralado.
Estava a beira de um um colapso mental, não sabia em qual versão acreditar. Eu tinha muitas dúvidas a seu respeito. "Será que ele ainda era casado" eu pensava. Se ele ainda fosse casado eu não poderia me envolver já era humilhante demais vender a minha virgindade a ele. Ele não usava aliança e na casa dele não tinha nada mulher.
O motorista me levou a um grande e luxuoso hotel, reconheci para onde estava indo na metade do caminho. Minhas mãos suavam, era o mesmo hotel do jantar com Francis e Lucinda.
Como da última vez Átila estava me esperando na bar, na entrada do restaurante apoiado no balcão. Vestido totalmente de preto, sem gravata com alguns botões da camisa aberta revelando alguns pelos do seu peito. Seu cabelo estava molhada penteado para trás.
Meu estômago gela, prendo a respiração quando nossos olhos se encontram. Sinto meu estômago dar cambalhotas, Respiro fundo, e caminho até ele cada passo parece fazer meu coração pesar.
Me sentei ao seu lado sem dizer nem uma palavra, ele olha para mim e dá um gole no whisky, volta a olhar para a vitrine de bebidas do bar.
- Tirou o crucifixo?. Suspiro e abaixo a cabeça.
- não pretendo rezar hoje. Minha voz sai trêmula.
- Que bom, por que o que vamos fazer não é nada santo. Ignoro totalmente seu comentário.
- Preciso saber de uma coisa antes Átila. Digo tão nervosa que as palavras quase não saem.
- Sim. Ele diz dando o último gole no whisky.
- Você é casado?. Ele franze a testa
' Lá na reunião Wendy perguntou se você ainda era casado, e eu preciso saber antes de…
- Não. Ele me interrompe.
- Divórcio?
- Viúvo. Aquilo me espanta
- E também não tenho nem uma DST, meu exames estão em dia caso isso seja uma preocupação sua.
- Na verdade eu nem tinha parado para pensar nisso
- Aah, não!?. Vocês cristãos sempre nos considera promíscuos, nojentos e recheados de DST's.
- Átila, eu nunca pensei isso de você!. O clima começa a ficar meio pesado. Ficamos calados durante uns quatro segundos.
- Quer beber alguma coisa?. Ele diz tentando mudar de assunto.
- Não.
- Tem certeza? A primeira vez nem sempre é uma experiência boa para vocês Mulheres.
- Você já fez isso antes?
- Uma vez eu era jovem, e estávamos bêbados. A bebida pode amenizar a dor.
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Ápice
Storie d'amoreUma noviça, se vê desafiada ao começar a trabalhar em empresa de produtos eróticos. Ruth, uma jovem que nutre a ideia de amor românticos e castos. Se depara com o instinto mais selvagem e carnais do ser humano. Será que ela irá conseguir manter sua...