ladeira abaixo

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CAPÍTULO 11

Durante o horário do almoço cumpri minha promessa, rezei um pai nosso, duas ave Marias pelos meus pensamentos pecaminosos.

- O que você está fazendo? Ele entra na sala.

- Rezando.

- Rezando?

- Sim.

- Hum.. acho que aqui não é um lugar apropriado para rezar. Não é blasfêmia, você rezar em uma fábrica de Pintos de borracha?. Dou risada.

- Deus sabe de todas as coisas e está em todos os lugares até mesmo aqui. Ele joga um envelope sobre minha mesa.

- Você tem religião?

- Era católico?

- Era?

- Não sou mais dessas coisas.

- Coisas?... Fica um silêncio. Percebo que o assunto o incomoda. Você é ateu?

- Não… é só que essas coisas não funcionam para.

- Não são coisas, é a fé.

- A fé?. Ele passa a mão no cabelo para tirar as mechas que caem sobre os olhos.

- Você tem que acreditar em alguma

- Eu acredito, acredito na minha conta bancária. Ele sorri, sorrio descrédula.

- O que é isso?. Digo pegando o envelope sobre a mesa.

- Sua passagem. Ele trocou a camisa, colocou uma cinza.

- Passagem?. Abre o envelope, duas passagens  para o Rio de janeiro.

- Rio?. Digo balançando a cabeça negativamente.

- Sim, vamos para a feira erótica no final de semana. O telefone toca, e ele sai da sala.

Acabei de sair de um confessionário, acabei de rezar, agora  Caio direto em uma feira erótica.

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