o sacrifício da noviça

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CAPÍTULO 21

Minha cabeça não parava, e eu só pensava na perda da casa, em minha mãe desesperada procurando casas de aluguel. Eu não suportava isso, estava com raiva de Átila e de sua proposta. Eu sentia Nojo, repulsa e indignação.

Meu lado racional me dizia quê não teríamos outra escolha, não tinha outra saída, eu estava tentada a aceitar.

Mas o meu orgulho e a minha dignidade não permitia. ‘Quem ele pensa que é?  um ser tão poderoso, que pode comprar tudo o que tem vontade. Eu ia praticamente vender a minha virgindade para ele. Não sou um objeto’, penso.

Eu sabia que ele tinha feito essa proposta porquê sabia o quanto isso significava para mim. Ele me desafiou, desafiou o meu orgulho, o meu caráter e a minha dignidade estava em jogo.

Ele queria possuir minha castidade, possuir a ideia de ser o primeiro homem. ‘ me deflorar’.

Meu coração não suportava ver a minha mãe embalando as coisas com o coração apertado, e eu preocupada com sua saúde, lembrei do que o médico alertou que ela não poderia se estressar. O prazo estava se esgotando, eu só tinha três dias, é um monte de resposta negativas. Apenas uma positiva. (Maldito) pensei com raiva.
Nunca tinha chegado tão cedo na fábrica, o segurança até estranhou, os operários ainda estavam entrando, me deram o mesmo " bom dia malicioso".
Entrei no escritório e me tranquei lá dentro, andava de um lado para o outro, pensando analisando tudo. Abri o e-mail na esperança de uma resposta, uma última chance. Nada na Caixa de e-mail. Só as mesmas respostas negativas.. preciso andar um pouco pra tentar liberar a tensão, vou até a cafeteira preciso de um café. Volto para o meu escritório, e me afogo no trabalho, adianto uma boa parte.
Preciso manter minha mente ocupada, pra evitar o nervosismo. Me assusto quando o telefone toca
- Ruth ! Sinto frio na barriga. Respiro fundo
- sim .
- na minha sala por favor.
- só  um momento.
Pego uma pasta que eu preciso que ele assine, alguns documentos.
Estou a beira de uma crise de ansiedade, sinto frio na barriga, enjôo, estou inquieta, minhas mãos suam e minhas pernas estão trêmulas, respiro fundo antes de bater na porta. Eu penso e digo baixinho ( posso enfrentar isso).
- bom dia! digo seria, logo vou enfiando a cara na pasta com os documentos. Não consigo encara-lo
- alguma novidade?
- preciso que assine esses papéis. minha voz sai trêmula. Estico o braço pra lhe entregar.
Não tinha reparado em como ele está bonito hoje, está com a roupa típica de quando tem negócios. Blazer, azul escuro, e a camisa azul clara. O cheiro da loção pós barba, invade todo a sala  Sinto seu olhar sobre mim, engulo seco, ele se levanta rodeia a mesa se serve de um drinque whisky, se apoia sobre a mesa. Fica alí parado me encarando, pega os documentos, o clima é tenso. Não falamos nada mas eu sabia o que ele queria, ele estava lá sentado me encarando esperando a resposta. Lembrei de sua proposta e a raiva começar a subir. respiro fundo
- algo mais ? pergunto tentando soar sarcástica. Ele dá dois goles no whisky.
- não. Ele me encara com voracidade, sua expressão e gélida, mas seu olhar tem um brilho sensual.
- Vou estar fora durante o dia. Ele diz se levantando me dando as costas e pegando mais um drinque.
- tenho que encontrar alguns fornecedores e sócios
- tudo bem. tento fazer a expressão mais séria que consigo.
- antes do Senhor sair passo para pegar os papéis.
Na hora em que digo senhor ele me lança um olhar furioso. Mas antes que ele diga alguma coisa saio da sala. Ele detesta ser chamado de senhor
Volto para minha sala, fecho a porta e me escoro sobre a porta. Vejo meu notebook piscar,  uma nova notificação. Por uma fração de segundos passa um fio de esperança no meu coração.
' você tem uma nova mensagem'
abro o e-mail e vejo na caixa de entrada que é do banco. O e-mail abre, conforme eu vou lendo vou desmoronando, mais um pedido renegado, com o bônus de aviso de despejo.
- aí Deus,. Respiro fundo fecho os olhos, vem Daniel em minha mente, depois minha mãe
Olho para o lado vejo a Átila pela janela falando ao telefone. Não dá pra ouvir o que ele fala, mas está com sua expressão séria de negócios.
Respiro fundo, meu coração está acelerado. Lembro de sua proposta, a raiva irritação retorna. olho para a janela ele ainda fala ao telefone.
O meu celular vibra, mensagem do Átila

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