{ Capítulo 14. }

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Mas sempre haverá uma data, palavra, um olhar
Um filme, uma música, pra te fazer lembrar
Um perfume, um abraço, um sorriso só pra atrapalhar
Só pra te fazer
Mas sempre haverá uma data, palavra, um olhar
Um filme, uma música, pra te fazer lembrar.

[ Steve ] 

O dia mal nasceu ou clareou e eu já estou no ginásio, a socar continuamente o meu típico saco de areia. Ultimamente tem sido complicado dormir, devido aos nervos e ansiedade que sinto para resgatar a Natasha. Desde que cheguei, pouco falamos sobre isso, seja por causa das mudanças para a torre, o estado de Tony ou o medo que não resulte. 

- Eu tenho de fazer com que funcione. - Sussurro para mim mesmo, socando com mais força o objeto à minha frente. - Eu preciso dela. - Volto a sussurrar. 

Imagens das memórias que tenho dos momentos passados com ela, ao longo dos nove que a conheço, passam pela minha cabeça e involuntariamente recordo-me do momento em que Clint anunciou que ela tinha morrido. As lágrimas escorrem pelo meu rosto e a força que exerço, aumenta, o que faz com que o saco se solte da corda que o segura e seja projetado contra a parede. 

- Tens o vício terrível de fazer isso. - Ouço a voz de Fury atrás de mim e viro o meu corpo para o encarar.

- Não te preocupes, eu limpo tudo e compro mais com o meu próprio dinheiro. - Respondo com a respiração ofegante e retiro as ligaduras das mãos, começando a arrumar tudo. - O que fazes aqui tão cedo? - Questiono e opto por me sentar, primeiro, num banco para beber água. 

Olho à minha volta e percebo que, realmente isto ficou uma bagunça. Eu arrumarei quando ele sair. 

- Vim instalar-me e quis vir cedo para não me cruzar com ninguém. - Ele murmura no seu típico tom fechado e neutro. 

- Falhaste redondamente essa missão. - Falo num tom algo provocatório pois sei que ele odeia que eu faça isso. - Por culpa tua, já que podias perfeitamente ter-me evitado mas ainda assim vieste ter comigo ao ginásio. 

- Não abuses no tom, Rogers. - Fury ameaça sentando-se ao meu lado. - Para estares a treinar tão cedo é porque não estás bem e com problemas em dormir. - Ele coloca a mão no meu ombro. - Que se passa nessa cabeça? 

- Estás mesmo a perguntar o que se passa comigo? A querer que eu desabafe contigo? - Arqueio uma sobrancelha. - Devo chamar a Carol para verificar se não és um Skrull? 

- Eu também sinto falta dela, Rogers. - Nick ignora o que eu disse e vai direto ao assunto que me atormenta. 

- Se já sabias o que se passa comigo, porque fizeste questão de perguntar? - Franzo a testa. 

- Porque queria que dissesses em voz alta. 

- Mas eu já disse. - Suspiro e baixo o olhar. 

- A alguém que não seja o Buck? Atrevo-me a dizer que também já possas ter comentado com a Wanda devido à vossa relação, que de tão bonita chega a ser enjoativa e, com o Clint por ele ter sido sempre muito próximo da Nat.

- Não, eu não disse a mais ninguém a não ser eles. - Sou sincero e ouço-o respirar fundo. 

- Eu não tenho mais tempo para ficar aqui, mas quando precisares, liga. - Fury levanta-se retirando a mão do meu ombro. - Eu virei para te ouvir e apoiar, eu perdi um parceiro também e sei que dói. - Eu sei que ele se refere a Coulson. - Ainda para mais, tu amas aquela mulher. 

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