{ Capítulo 42. }

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People love and people cry
People live and people die
But I'll never meet another love like you
Everyday and every night
Teaching you wrong for right
Now you get to shine a light, don't you?
Don't you?


[ Steve ]

2 meses depois.

O tempo passou demasiado rápido e a gravidez da Natasha está praticamente no fim, dentro de 2 semanas ela entra efetivamente no final do tempo e caso não nasça nesse tempo, o parto tem de ser induzido.

Normalmente consigo explicar tudo aquilo que sinto, foi algo que aprendi com o passar do tempo, o que inclui conseguir revelar o meu desagrado com algo e demonstrar os meus sentimentos mais profundos. Porém, quando se trata do meu filho que está a caminho, eu não consigo explicar, não consigo explicar a ansiedade que toma conta de mim para finalmente o ver, não consigo explicar o que sinto de cada vez que ele pontapeia a sua mãe com apenas o meu toque ou simplesmente quando ouve a minha voz. São sentimentos indescritíveis e agora entendo quando o Tony negou ajudar-nos da primeira vez, ele não queria sair de perto da Morgan, porque ser pai é algo único e o sentimento que isso carrega é tão grande, tão especial, que nenhum outro que alguma vez sentimos pode ser sequer comparável.

Observo a menina loira a correr por toda a divisão, tendo cuidado para não deixar nada cair ou partir algum frasco com as experiências que fazem aqui no laboratório ou com as matérias que recolhemos noutros planetas. Ela tem um sorriso gigante nos lábios e gargalha alto com cada tentativa minha de a apanhar.

- Tio Steve, podemos jogar agora ao esconde-esconde? – Valeria questiona com um sorriso divertido nos lábios.

- Sim, mas com cuidado para não partirmos nada. – Murmuro caminhando para perto dela. – Se algo acontecer, a tia Sharon vai ficar muito chateada comigo por eu partir as coisas do laboratório e o tio Bruce reclama por não ter materiais para trabalhar.

- O meu papá pode comprar mais. – Ela dá de ombros, o que me faz rir baixinho com a simplicidade com que ela resolveu a situação. – Agora eu vou-me esconder.

- Vai lá. – Encosto-me na parede com os olhos tapados e começo a contar de forma decrescente. – 3, 2, 1, AQUI VOU EU.

Caminho lentamente pelo laboratório espreitando por todos os locais onde a menina se possa ter escondido. Consigo ver o seu cabelo loiro e ligeiramente ondulado atrás de uma das cadeiras, porém, finjo que não a vi e continuo a procurar, dizendo o nome dela em voz alta e referindo que não a vejo. Noto que assim que me viro de costas ela sai do seu esconderijo e corre para o local onde contei.

- Livrei-me! – Ela grita num tom realmente alegre o que me faz sorrir assim que me viro para ela. – Eu sou mesmo muito boa a esconder-me.

- És sim, minha querida, és sim. – Pego nela ao colo e deposito vários beijos na sua bochecha. – Agora sou eu outra vez a contar?

- Não, Capitão, eu terminei a programação e já pode vir assistir ao primeiro teste. – Harley aparece no laboratório e sorri levemente controlando a sua respiração ofegante. – Deu um pouquinho de trabalho, mas está pronto. – Ele passa a mão pela testa limpando o suor.

- Vamos então ver o que vocês os dois criaram. – Murmuro animado e pego Valeria ao colo sorrindo quando ela coloca as mãos em torno do meu pescoço. – Queres tu mandar mensagem para o bip da tia Sharon?

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