10. Observando de longe.

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Liguei o registrado de água sentindo a água quente do chuveiro deslizar sobre meu corpo despido e a cada gota derramada ia desatando enormes nós de tensão e ansiedade, ansiedade a qual me fez me sentir especialmente decepcionada comigo mesma por t...

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Liguei o registrado de água sentindo a água quente do chuveiro deslizar sobre meu corpo despido e a cada gota derramada ia desatando enormes nós de tensão e ansiedade, ansiedade a qual me fez me sentir especialmente decepcionada comigo mesma por ter perdido mais um longo dia de aula por conta de mais uma de minhas crises ter apertado meu coração até o meio dia, pelo drama da noite anterior quando virei na cama me sentindo um fracasso e pela ansiedade contagiosa e sufocante. Já era a quinta vez só esse mês que não conseguia ir a aula sentindo meu coração sufocas, as vezes me perguntava se iria conseguir manter alguém em minha vida se continuasse vivendo nessa bolha que ficava após a ansiedade, a verdade e que não foram poucos os amigos que perdi por estar sempre faltando a comemorações e saídas, por me isolar e por me esconder no banheiro dos lugares ou na esquina de ruas a procura do ar que me faltava.

Além das meninas só havia me sobrado Anthony que era tudo para mim e agora Christian que estava cada vez mais se aproximando e isso me deixava nervosa, talvez eu devesse cancelar essa ida ao estadio, talvez eu devesse fugir para longe.

Respiro fundo.

Quando por fim meu corpo estava limpo e mais calmo do que antes saio do banheiro com a tolha enrolada no mesmo e passando os olhos sobre as Três opções de roupas separadas em cima de minha cama, a primeira consistia em um vestido preto neutro e sapatilhas enquanto a segunda era jeans e uma blusa de time que havia ganhando do meu pai já que o mesmo era viciado em futebol e me fazia ser também principalmente em épocas de copa mesmo que eu não entendesse nada torcia muito, escolhi a terceira opção vestindo com rapidez um moletom laranja, tênis brancos e um jeans preto justo que dava uma mera sensação de que eu sou mais alta.

Me encarei por alguns longos minutos no espelho tentando não deixar minha ansiedade atrapalhar aquele dia mesmo que fosse impossível controla-la, meu reflexo encarou cada detalhe meu de forma minuciosa reprovando várias questões como os olhos escuros e puxados que fazia com que as pessoa sempre estivessem me associando com orientais ou desenhos japoneses, o nariz redondinho e avermelhado, os lábios largos e grossos, os dentes grandes coberto por um aparelho azul, o formato redondo e infantil de meu rosto, meu cabelo ondulado desgrenhado com sua mecha loira chamativa e principalmente o que mais me fazia me sentir por baixo, o volume de minha barriga que sempre me deixava insatisfeita comigo.

Assim que entrei no elevador com Anthony, Iasmin e Aylin em meu encalço respirei fundo encarando o espelho do mesmo. Eu detestava andar de elevador por sempre me senti muito enjoada, mas era um medo que eu tinha que vencer.

-Nervosa? - Aylin pergunta notando algo estranho.

-Elevador. - Digo ente os dentes.

-Achei que fosse pelo Christian. - Anthony provoca me fazendo revirar os olhos.

-O que? Ele está saindo comigo. - Iasmin diz.

-Sim. - Afirmo.

Agradeço aos deuses pelo elevador abrir naquele momento e encontramos Christian que estava lindo de bermuda e uma camiseta branca simples, Iasmin se adiantou o abraçando.

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