O amor é o único sentimento que as pessoas enxergam de formas diferentes, existe mil e uma releituras de seu real significado. Para as lojas o amor e uma forma fácil de ganhar dinheiro e criar produtos ilusórios para aqueles amantes. Para os filmes e a forma de encher uma sala de amantes fervorosos de dramas clássicos prontos para chorar, para os meus amigos o amor e o assunto preferido deles e a forma fácil de me instigar a uma discussão, aliás eu nunca quis o amor. Para mim o amor não era importante, ele não é necessários, não o amor romântico. Eu sempre tive o amor dos meus pais , dos meus amigos e do Anthony e tudo isso parecia bastar, até ele aparecer .
A verdade é que eu não entendia direito o amor, não entendia direito o que era amor, até chorar por alguém as três da manhã e ser consolada por Alexia , porque ela era única que eu tinha naquele momento. O amor é o sentimental quer te faz chorar por coisas banais, por braguilha bobas porque qualquer densitendimento te faz acreditar que nunca mais terá aquela pessoa.
O amor te faz se correr quando não tem a pessoa é faz seu coração doer quando a confiança e abalada.
Suspiro encarando o prédio onde trabalhei por um ano servindo cafezinho, sendo capacho dos superiores e fingindo ser uma pessoa feliz em uma profissão que claramente não era à minha, nunca amei nada do eu fiz aqui. Respiro fundo entrando pela porta da frente com o pé direito para acertar os últimos detalhes da minha demissão, com o dinheiro eu conseguiria comprar a passagem porém o aeroporto só tinha passagens baratos para daqui a cinco dias, eu não aguentaria cinco dias sem sequer falar com Anthony.
Analiso cada datalhe daquele prédio. As vidraças grandes, os corredores extensos com mesas com computadores e picadora de papel, pessoas curiosas que acenam, me olham com receio cochicham. Minha caminhada e até o Rh onde após meia dúzia de palavras recebo um contra-cheque com um valor médio, algumas felicitações e desejos para futuros das funcionárias e engolindo em seco volto a caminhar para o andar de baixo para enfim ir embora.
No caminho de volta encaro o corredor da conta onde eu sempre ficava, minha mesa que agora é ocupada por uma nova estagiaria loira de olhos negros e a sala de meu ex chefe coberta por sua vidraçaria de sempre, olhos cor de mel me encaram e eu encaro de volto.
Eu suspiro o vendo ali, vendo tudo que senti sendo ignorado e jogado no lixo pela falta de confiança que Christian depositou em mim.
Suspiro.
Entendi exatamente o que era o amor quando vi nossos corpos separados por aquela vidraça, meu peito sofria calado e você apertou os olhos pensando em mim. Eu seria boba se não lembrasse de tudo que você fez por mim, talvez uma briga boba não devesse nos fazer fica longe. Mas foi você que escolheu isso Christian, você escolheu engolir o que sentimos.
Eu sinto como se ele houvesse pisado com o pé direito no meu coração, e eu sangrei, sangrei por inteira.
Sinto meu coração apertar e desejo fugir dali, fugir para longe e exatamente o que eu faço.
Divisor
Eu detesto como sou frágil. Detesto bancar a mocinha de filme que chora escondida em um banheiro de cafetaria porque sente que não tem controle sobre a própria vida, meu coração me súplica para que pare de fazê - lo sofrer com toda a minha covardia, meu medo exagerado de enxergar as coisas e a forma como estou sempre sentindo a dor de forma intensa demais. Dois toques na porta da cabine me fazem abrir e encara o rosto acolhedor de Iasmin.
Junto às sobrancelhas me perguntando como ela me encontrou.
-Antes que você perante como te encontrei foi aqui que eu me escondi quando aquele garoto idiota de economia foi grosso comigo e sua bolsa tá lá fora. - Ela passou seu braço por meu ombro e me tirou da cabine.
Meu reflexo no espelho mostrava uma garota de braços flácidos, rosto enchado, cintura larga, camiseta grande para não marca as dobras e a barriga, um óculos de grau manchado em meu rosto, eu estava destruída. Respiro fundo limpando as lágrimas e tentando não começar a medir meu grau de beleza naquele momento, eu, Isabela precisava entender que terá momentos que não preciso estar bonito, terá momentos que eu não preciso amar o que eu vejo, mais eu preciso ser forte , eu sempre precisarei ser forte.
Por muitos tempo eu me deixei acreditar que ser forte era segurar as lágrimas, fingir que nada aconteceu e passar a mão na cabeça das pessoas que me magoaram. Mais me olhando naquele espelho sujo de uma lanchonete na esquina do meu apartamento eu vejo uma garota frágil que está cansada dos próprios medos, cansada de empurrar com a barriga as próprias frustrações, cansada de ser forte só por fora. Talvez Isabela Belmonte de vinte e um anos esteja cansada de bancar a adolescente incompreendida, eu precisava amar aquela garota do espelho.
Eu precisava me amar tão rápido e de forma tão necessária, meu corpo gritava por amor próprio e de certa forma e consegui ri. Sim, eu ri olhando no espelho, ri de mim mesma e ri de Iasmin que me encarava perplexa sem entender nada. Eu estava rindo, eu estava me amando, não porque do dia para noite eu me tornei a garota de capa de revista que eu sempre quis ser. Mais porque eu me sentia forte de estava entender que precisava e necessitava do meu próprio amor, eu conseguiria ir longe e conseguiria alcançar tudo se me amasse.
Eu apenas precisava me amar, não como se isso fosse fácil. Mais como se fosse o que era precisa ser feito, e era.
Iasmin me encara e entorta os olhos enrugado a testa.
-Ok, o que você esta fazendo? - Ela pergunta sem entender.
-Eu preciso reorganizar a minha vida Iasmin, eu preciso imprimir cem currículos e entregar empresas, preciso e estudar para se provas finais desse mês, preciso fazer as pazes com Anthony e preciso me por em primeiro lugar em tudo e antes de todos. - Digo. -Não que eu não me responsabilize pelo o que causo nos outros, mais não dá mais para bancar a garota ingênua e boazinha que deixa as pessoas pisarem em mim. - Digo respiro fundo vendo Iasmin pular e ri.
-Meu Deus minha menina cresceu. - Ela grita me abraçando. - E sobre o Christian? - Engulo em seco.
-Eu vi em algumas materiais que ele iria falar novamente sobre tudo que está acontecendo, eu espero de coração que dessa vez ele se comprometa com a verdade. - Respondo.
-Eu sobre vocês Isa? - Ela pergunta.
-Não e possível amar alguém quando ainda está aprendendo a amar a si mesmo, eu preciso me amar um pouquinho, me curti um pouco para depois entender meus sentimentos sobre o Christian. - Digo com firmeza.
Olá Olá, espero que estejam gostando da mudança que aos poucos está acontecendo com a isabela. Esse capitulo foi muito incrível para mim, ele foi escrito por uma autora chorosa.
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Enlace | Concluída.
Teen FictionLivro concluído | Em revisão. Isabela definitivamente não é mais uma das suas amadas protagonistas de filmes clichê. Após o fim do ensino médio a garota se muda para uma nova cidade para tentar viver o sonho de morar com as melhores amigas virtuais...