Epílogo.

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2 anos depois....
Christian Gustavo Albuquerque

Passo os olhos de forma minuciosa pelo gramado a minha frente observando como a redonda e branca bola de futebol se torna tão pequena de longe e absurdamente grande quando está na ponta dos meus pés. Imagino como me torno um pequeno personagem do jogo quando as pessoas que lotam os estádio me observam do topo das arquibancadas, para elas estou apenas fazendo o meu trabalho  ou simplesmente correndo atrás de uma bola e para mim, estou realizando os meus sonhos. Há mais de 8 anos nessa profissão aprendi sobre a publicidade, os boatos, as mascarás, os personagens a quais meus colegas gostam de insistir interpretar e também aprendi sobre amor próprio.

Minha maior decisão de amor próprio foi em meio a todo o caos da minha profissão me abrir para um sentimento incrível como o amor, um sentimento nobre. Há dois anos atrás eu conheci alguém,  um alguém que mudou totalmente meu jeito de enxerga o mundo é virou todos os meus antigos conceitos de ponta cabeça. Isabela me fez ver a vida de um jeito totalmente diferente, com os olhos coloridos e não em preto e branco. Isa me ensinou a viver ele continuar vivendo um amor com a profissão que tenho, e um verdadeiro desafio. Grande partes dos jogos são em lugares longes,  as vezes na casa do rival e todos os eventos e publicidades que temos que fazer chega a ser exaustivo e impossível pensar em ter uma vida depois disso, ainda mais quando a pessoa que você ama vive em um outro país,  com um outro fuso - horário e costumes que você desacostumou.

Fecho os olhos me sentando na arquibancada tombando a cabeça para trás me lembrando de forma minuciosa do redondo e delicado rosto de isabela, seus olhos escuros, a boca rosada, o cabelo castanho e o sorriso imenso e aberto que me conquistou, confesso me sentir um tanto patético ao falar de amor aos vinte e cinco anos como se houvesse encontrado a pessoa com quem passar o resto da vida, mas a real e que me sinto assim mesmo.  Sinto que se amanhã eu não conseguir levantar da cama, terei quem me puxar a força e gritar para mim que o mundo lá fora me espera.

Eu descobri que amava Isabela no momento em que parti para a Alemanha para jogar no Bayern de Monique, nos despedimos em um banco de metro e ficamos exatos doze dias sem se falar, eu me enterrei em músicas tristes e foquei em treinar para ser tão bom quanto os outros jogadores do time. Pela primeira vez em um estava em um país sozinho sem minha familia, meus amigos,  sem Lucas romeu e sem a Isa. Tive que me acostumar com cada comida esquisita, lugares tão fora do meu habitual e falta que ela fazia.

Isabela conheceu quase todo o Brasil e se tornava cada vez mais conhecida, começou a aparecer em sites de fofoca namorando um ou outro garoto, eu estava sempre entre os jogares de destaques de jornais esportivos e sempre recebia fofocas brasileiras do Lucas romeu,  ele até fez questão de ligar quando largou o futebol, quando  o caio Castro foi visto beijando a grazi massafera e quando a Isa teve uma crise forte de ansiedade que a fez ficar dias trancada em casa, já não nos falávamos há algum tempo e eu tinha alguns jogos marcados na semana.

Eu peguei um avião e fui ao seu encontro a encontrando deprimida, mesmo com tantas realizações nos últimos meses ela ainda se sentia triste. Eu não havia desde o nosso último natal juntos quando tive recesso do time, eu nem sequer havia pensando em outra garota após conhecer ela é a ver ali enterrada entre lençóis porque uma doença daquela a derrubou , me fez chorar como uma criança trancado no banheiro. Mas a Isa e feita de dias bons e dias ruins, ela me ensinou que podemos deixar o dia ruim passar sem lutar contra ele,  por eles existem ela não vão sumir e eu passei todos os seus dias ruins ao seu lado, tomando chá e rindo das loucuras do Anthony e do Lucas Romeu.

Quando eu pensei em ir embora, ela girou os calcanhares e pulou em mim. Ela nunca havia me abraçado com tanta urgência antes, era como se ela estivesse liberando um amor que por meses esperou por mim. Isa e eu nunca havíamos namorado de fato, éramos inconstantes e irreais, eu não conhecia seus pais e ela não conhecia meu novo time, mais um conhecia o coração do outro.

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