• LAR • 10

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A realidade parecia cada vez mais distante daquilo que sempre vivi. Park Jimin se mostrava cada vez mais catastrófico do que imaginava. Em um minuto de puro transe me questionei inúmeras vezes se aquilo não passava de uma dimensão alternativa. Em cerca de trezentos anos de reinado, um alfa real jamais se deslocou para viver ou morar na colônia de seu cônjuge ômega.

— E por que eu deveria aceitar isso? Não é a nossa tradição, não faremos essa mudança! - Vociferei muito irritado. - Ele é ômega! Quem deve morar aqui é ele e sem negociação.

Katsuo espremeu os olhos e esfregou a têmpora impaciente.

— Eu sei Jungkook, eu sei! - Berrou furioso. - Mas Minjung disse que Jimin adoeceu e precisa ficar perto da família.

Mais uma vez ele surgia em sua imagem petulante e irritante em minha mente. Park Jimin, me pergunto como conhece tão bem tudo o que mais me enfurece sem hesitação.

— E você concordou com isso?

— Você já vai se casar com ele! Não podemos fazer tantas exigências. - Exclamou o rei a mesma altura de minha voz cheia de raiva.

Em silêncio refletia de um lado para o outro, sobre as possíveis soluções e meios de escapar de uma situação como aquela.

— Não quero morar com os Park. - Esbravejei extremamente irritado.

— Yoongi virá morar conosco Jungkook, não temos o que fa-

— Exijo um castelo apenas para nós! - Interrompi Katsuo com um tom mais firme.

Ele respirou fundo, olhou toda a papelada em cima de sua mesa e voltou a me fitar com uma expressão cansada.

— Tudo bem, irei conversar e tentar negociar com Minjung. - Sua voz tinha lá seu tom de derrota.

— Obrigado. - Fiz uma rápida reverência e deixei seu quarto.

— Argh! Esse casamento está fazendo minha cabeça ferver. - Soquei a primeira parede do corredor e segui em passos irritadiços. - Deixar minha colônia e meus pais, inacreditável. Estou começando a me arrepender de ter pego aquele arco.

4 dias depois

A manhã de sábado parecia mais fria que as outras. Segunda-feira era dia de me casar oficialmente, terça a cerimônia e amanhã minha mudança para Colônia das Névoas. O castelo estava agitado, os empregados carregavam centenas de malas e pertences meus. Acabaram de chegar os comboios que levariam meus cavalos até meu novo castelo.

— Quero que viajem na velocidade mais lenta possível. - Ordenava seríssimo para alguns funcionários. - Caso algum desses cavalos sofram um mínimo arranhão mando matar cada membro de suas famílias.

Não é o tipo de ordem mais amistosa que um príncipe pode exigir, mas simples ordens não comovem pessoas. O terror é um mal necessário.

— Você já parece um legítimo rei. - Katsuo me abraçou e sorriu ladino.

Era uma honra ouvir aquelas palavras vindas do rei, um sorriso pequeno me escapou, elogios vindo dele eram raridade.

— Quem você levará para o castelo? - Perguntou o rei Jeon.

— Hin e os três guardas da ala oeste.

Começamos a caminhar lado a lado, ele ainda com o braço em volta dos meus ombros. O comboio partiu e assim passeamos até o jardim.

— Filho, em breve você estará casado. - Começou sua conversa esquisita. - Não poderia estar mais orgulhoso de você e seu irmão!

— Obrigado, Katsuo! - Falei sem jeito. - Cuide bem de nossa mãe quando partir.

INCÓGNITA • pjm✕jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora