Castelo Jeon - Névoas
As portas do salão se abriam e fechavam, com os inúmeros serviçais entrando e saindo dali, a música alta e danças divertidas, o lugar criou um ar incrível de pura alegria que as festas geralmente traziam. As luzes coloridas refletiam no semblante daqueles que bailavam de um lado para o outro energicamente, com risadas harmônicas e cantoria agitada pelo ritmo da melodia. A bagunça que fazíamos era uma das que se guarda, revive e relembra no futuro em conversas descontraídas. Ter amigos contribui para que tenhamos muitas histórias de loucuras para contar, principalmente o pessoal maluco da realeza.
Após muitas voltas e rodopios com Misuk pela pista de dança improvisada, me sento na pilha imensa de travesseiros e busco a primeira taça de champanhe que alcanço. Estiro meu corpo pelos estofados e sem sair do lugar, vou esticando meu braço até alcançar o cristal.
— O que quer? - Park Jisoo toma a taça que tento ao máximo pegar e toma todo o líquido. - Sabe que não pode beber álcool, seu médico o proibiu. Odeio ter que concordar com o Jungkook, mas você é mesmo teimoso com esse assunto de cuidados.
— Pensei que fosse sem álcool. - Sorri falsamente.
— Não faz ideia do quanto eu gosto se ser enganada, Jeon Jimin. - Seu olhar semicerrado me encarou com uma expressão reprovadora. - Beba isto.
Então, ela me estendeu um recipiente com um líquido colorido.
— O que é isso? Um drink? - Apanhei o copo e fitei a aparência por alguns segundos. - É verde.
— Um suco natural, rico em nutrientes e vitaminas que te farão muito bem! - Exclamou vivaz de forma irônica.
— Aish, Jisoo. - Me queixei, temendo o sabor que aquilo poderia ter.
— Beba logo de uma vez, antes que eu te de motivos para reclamar. - Ordenou autoritária com seu olhar assustador.
— Tudo bem. - Disse rendido, admirei o copo e bebi
um gole grande. - Mhm, até que é gostoso!
— Não acredito que me força a ser sua mãe nas horas vagas, Jimin. - Ela revirou os olhos e bebeu sua taça de vinho branco.
— E então, quando vai falar com ela? - Perguntei assim que terminei meu suco e me aproximei muito perto de onde sentava.
— Ela quem?
— A Rosé. - Referi simplesmente e os olhos da morena saltaram, ela quase cuspiu o que bebia e suas bochechas arderam em rubro.
— O que? Por que eu falaria com ela? Agora? - Suas perguntas estabanadas estavam tão desesperadas quanto a própria.
— Você não para de olhar ela desde que chegou.
— Seu olhar atento poderia me deixar em paz algum momento do dia, não é mesmo? - A voz engraçada de Jisoo me fez gargalhar.
— Vocês combinam, devia ir lá. - Disse e em seguida apontei para a ruiva que dançava divertidamente com Baekhyung.
— E dizer o que? Ei, você, a primeira na sucessão da nobreza, teria interesse em conhecer uma serva? - O seu sarcasmo só ressaltava tamanha insegurança em falar com a moça.
— Não seja ridícula, Jisoo. - Desta vez eu revirei os olhos. - Você possui o sobrenome da família real, não é considerada uma camponesa e nem mesmo os servos a veem como igual.
— Não veem? - Indagou ultrajada com a suposta revelação. - Malditos! Dou duro para me encaixar entre eles. - Murmurou essa parte, mirando os outros serviçais presentes no salão.
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INCÓGNITA • pjm✕jjk
FanfictionNão é uma leitura para qualquer um. Park Jimin, o ômega da Colônia das Névoas que minutos antes de uma reunião que poderia decidir o futuro do seu casamento, é surpreendido por algo bizarro dentro da floresta. Lute pelo amor. Jeon Jungkook, o alf...
