INCÓGNITA • pjm✕jjk

• RETORNO • 37

JK POV

— Hoseok! - Chamei meu irmão, procurando-o na multidão de camponeses do mercado.

Ele ainda terminava de entregar sua carga, sempre sorrindo.

— Já vou indo, tenho que adiantar algumas coisas em casa. - Peguei meus pertences do chão e me preparei para voltar. - Então, te encontro em alguns minutos!

— Se você for embora sem mim, eu conto ao Jimin que você olhou Hyuna. - Disse o maldito ruivo enquanto entregava uma saca para uma senhora.

A aparência gentil de Hoseok mascarava o monstro que habitava dentro de si muito bem.

— Francamente, eu não sei como ainda te chamo de irmão. - Reclamei guardando o buquê e o medalhão que havia comprado.

— Por que não me ajuda a terminar ?

— Argh! Que droga, Hoseok! Não consegue fazer nada sozinho? - Esbravejei irritado, já me abaixando para pegar um pacote. - Leva esses últimos sacos para a barraca de grãos e o resto eu levo para o açougue.

— Obrigado, pequeno Kook. - Ele piscou e eu revirei os olhos.

15 minutos depois.

Estávamos oficialmente livres para voltar para casa. Caminhamos até o castelo principal, que por sinal não era tão longe do comércio, com pressa para voltar o quanto antes para as Névoas encontrar os ômegas.

— Anda logo, você já me atrasou demais Jeon Hoseok. - Envolvi seu pescoço e baguncei seu cabelo acobreado, como ele sempre fazia.

— Está ansioso para encontrar o papai e contar que fomos a maior remessa de carga?

— Fomos a maior? - Questionei surpreso.

— Sim, o Namjoon perdeu por um cavalo.

— Bom, isso só prova que os irmãos Jeon ainda estão em forma.

— Até mesmo para derrubar o imbatível general. - Gargalhamos juntos e corremos até a portaria do castelo.

Porém, o nosso ânimo não durou por muito tempo e assim que chegamos mais perto, percebemos que os portões estavam bloqueados por uma multidão de cidadãos do Fogo e da imprensa armada até os dentes de câmeras, iluminação e repórteres. Olhei Hoseok e dividíamos a mesma expressão de excesso cansaço, pois teríamos que enfrentar todos para entrar. Em contragosto fomos andando até a cabine de segurança e durante o trajeto as pessoas nos reconheceram.

— São os Jeon! - A multidão nos dirigiram o olhar e logo começou um tumulto.

— Príncipe Hoseok! Príncipe Jungkook! - Uma voz histérica gritou próximo de nós. - São incríveis!

Agradecíamos educadamente cada elogio com reverências e acenos, mas de repente tudo tomou uma proporção ruim e as coisas ficaram invasivas. Senti mãos em diferentes partes do meu corpo, de todos os lados e sem o meu consentimento. Aquilo foi me incomodando em nível extremo, olhei para Hoseok como quem pedisse ajuda para não fazer nenhuma besteira e ele acenou negativo. Porém, quando menos esperei, a imprensa se meteu e tudo ficou ainda pior. Algumas garotas que estavam ali por perto agarraram meu braço e anunciaram ser minhas acompanhantes, trazendo toda a atenção às câmeras. No mesmo instante tentei me desprender delicadamente delas, mas as mãos pareciam me agarrar mais.

— Você as conhece, Jungkook? Quem são as moças? São suas acompanhantes particulares? Da realeza? O senhor não é casado? - Eram tantas perguntas, luzes e invasões, em todos os aspectos, que mal caminhava certo para dentro do castelo.