O grande salgueiro sem folhas.
Caminho mais.
Viela vazia.
Mais um pouco.
Mercado de pulgas de Aiyu.
Quase lá.
As ovelhas de pelagem castanha.
E então? Onde você está?
— Min! - Exclama a voz atrás. - Jungmin, estou aqui.
Antes que pudesse me virar, senti seus braços me envolverem afoitos e o vapor em sua boca resvalou minha orelha. O que ardia em minhas bochechas era frio, mas com toda certeza Lee Minho contribuía para tal ardência.
— Obrigado por vir. - Sussurrou abraçado em mim, tocando a ponta avermelhada e gélida de seu nariz em minha nuca.
Nosso silêncio caloroso me permitia refletir sobre o que acabara de fazer.
— Meus pais vão me matar. - Disse preocupado com o futuro, mas no segundo seguinte percebi que soou muito bobo.
"Que tipo de primeira frase é essa que se fala para alguém que acaba de se encontrar? Ainda mais ele. Aish, só pode me achar um idiota."
Minho me soltou devagar e esperou que eu me virasse para então responder o que divagava.
— Não vamos pensar nisso agora, temos tempo até eles notarem. - Ele tentou amenizar meu nervosismo e preocupação como pôde, e mesmo que sua mão tremesse mais do que nunca, seu esforço era notável. - A confeitaria do Sr. Ling é ali do lado, venha!
Sua destra macia pela luva me puxou rápido e pelo ladrilho corremos. A fuligem das minas de carvão se misturavam com a alva neve, por isso o cheiro forte de carbono no ar era incômodo.
Enquanto corríamos, sorria feliz em saber que estávamos juntos. Nossos pés formavam várias pegadas por onde passávamos, e eu só pude perceber isso pelo nervosismo que serpenteava minha pele e me forçava olhar para trás a todo instante. Típico momento em que o coração acelera por estar com quem gosta, suas mãos suam, sua atenção parece retardar, tudo a sua volta passa a ser notável e os pequenos detalhes são validados como importantes. Eu diria que isso não passa de um mero reflexo do nosso cérebro, que é muito astuto, capaz de criar distrações para que então o tolo do nosso coração se acalme.
— Seu pai é realmente bravo. - Afirma Minho despertando meus devaneios e ganhando imediatamente minha atenção.
Seus olhos correram para longe de mim, não era algo agradável de se lembrar.
— E Sayuri é mais forte do que eu. - Sua última fala carregava uma pitada de vergonha.
— Você sabe bem o porquê.
— Por que mesmo?
— Ela é lúpus, esqueceu? - Rimos espantando o clima desconfortável.
— Ah, você tem razão. - Disse Lee enquanto ajeitava sua touca de lã. - Todos em sua família são lúpus, não é?
— Sim, mais ou menos. Meu pai Jeon Jimin não nasceu lúpus, mas pelo o que vimos na cerimônia de aniversário ele se tornou um.
— Nix?
Aquele nome era altamente secreto, meus pais obrigaram cada um de nós a jamais falar sobre ela com ninguém. Infelizmente Lee Minho me ouviu cochichando por ai o nome dela e descobriu aos poucos de quem se tratava, mas ele prometeu não contar para ninguém, então mantinha a confiança em seu silêncio.
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INCÓGNITA • pjm✕jjk
FanfictionNão é uma leitura para qualquer um. Park Jimin, o ômega da Colônia das Névoas que minutos antes de uma reunião que poderia decidir o futuro do seu casamento, é surpreendido por algo bizarro dentro da floresta. Lute pelo amor. Jeon Jungkook, o alf...
