• REENCONTRO • 6

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E como não lembrar?

Lee Taemin, ou melhor, a minha primeira paixão da vida. A sua doçura com as palavras, nossas aventuras nas minas e as corridas pelos campos, tudo isso com o melhor montador de buquês de todos os tempos. Nossas recordações envolvem muitas risadas, diversões e loucuras de crianças. O instante que nossos olhares se cruzaram parecia fluir lentamente, como se o universo nos permitisse um momento de lembranças entre si. Todavia, algo em minha cabeça martelou mais alto do que deveria.

Lee Taemin?

LT!

Um amalgamar de emoções quase incontroláveis dentro de mim, meu olhar saltado e um sorriso torto foram notados por ele. Era clarividente o nervosismo em meu semblante, mas também era de tamanha dificuldade esconder isso de sua primeira paixonite. Taemin parecia se aproveitar da situação, já que seu sorriso crescia a medida que eu não sabia lidar com os sentimentos.

— E como eu poderia esquecer? - A tentativa de não soar nervoso foi um fracasso. - Seus traços ainda são os mesmos, senhor LT.

— Ora, ora. Fico feliz que tenha recebido as minhas cartas. - Disse charmoso enquanto se aproximava e tomava minhas mãos com delicadeza.

— Confesso que não sabia a quem pertenciam, mas as palavras jamais foram esquecidas e sem sombra de dúvidas cada uma delas soava como poema. - Eu me explicava com o coração, pois internamente meu peito doía de vergonha e minha cabeça rodava muito confusa pela maneira que portava diante o Sr. Lee.

Seus passos o guiaram para muito perto e sem aviso prévio recebi seu carinho delicadamente em meu rosto, me trazendo mais um lapso de memórias boas.

— O seu sorriso continua sendo o mais bonito que já vi. - Sua voz melódica me fez arrepiar e meu rosto tingiu-se em rubro num instante.

O aroma de avelã e cereja invadiram meu ser, não só parecia loucura como também soava perigoso. Sua pose, fala e cheiro eram hipnóticos, me via buscando a realidade as vezes para não parecer tão entregue.

— Se passaram onze anos e ainda sinto minhas bochechas corarem com seus charmes bobos. - Me escapou um riso mais afrouxado.

— Eu prefiro chamá-los de verdadeiros. - Confessou sério. - Bom, mais de uma década passou e você ainda não me leva a sério. - Taemin dizia com um sorriso desapontado. Ele esfregava a nuca enquanto escondia o olhar frustrado.

— E eu deveria mesmo ter te levado a sério? - Disse inocente de forma animada.

Mas de repente, recebi seu olhar profundo enquanto segurava minhas mãos firme.

— Desde o dia que prometi te marcar. - Seu tom era sério até demais.

Taemin aparentemente é uma pessoa de palavra, pois há exatos oito anos atrás ele me prometeu um casamento e uma linda marca de amor quando atingíssemos a maioridade. Nos casamos debaixo do grande salgueiro em sua colônia, foi uma cerimônia divertida. Em minha inocência aquilo era apenas uma brincadeira, uma criança seria incapaz de entender tal ato como uma verdadeira declaração. Após anos me esqueci do que havia acontecido e simplesmente dei continuidade na vida turbulenta de um membro real, assim como ele.

— Hoje te farei uma surpresa. - Sorriu enquanto me lançava um olhar apaixonado. - Para você e Minjung.

— E o que seria? - Questionei devolvendo um sorriso tímido.

— Em breve você verá. - Piscou e sorriu ladino.

De certo modo, existia um flerte sutil em nossa conversa misteriosa sobre lembranças e cartas de amor. Uma perspectiva alheia diria que somos um casal facilmente, já que nosso riso era belo e a troca de olhares era mágica.

INCÓGNITA • pjm✕jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora