• FINE • 19

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Jimin POV

Ao adentrar o castelo, tive tempo apenas para um breve diálogo com Jungkook, já que em questão de segundos ele saiu em silêncio e desapareceu nos corredores. Por isso, aproveitei o momento em que estava só e fui atrás dos anfitriões. Caminhei até o jardim, tudo estava bem organizado e harmonioso. A decoração era perfeita, Seokjin fez questão de colocar um pouco da personalidade de cada um nos enfeites. Haviam diversas mesas espalhadas pelo imenso jardim esverdeado, com arranjos de rosas brancas e outros milhares de enfeites de festa. Admirava atentamente cada segundo que se passava naquele lugar, estava tudo tão bem decorado e todos aparentavam estar tão felizes.

Estranhamente sentia um desconforto no peito, mais parecia um pressentimento ruim ou frustração com algo, era incompreensível. Me peguei confuso sobre o que poderia ser, mas preferi ignorar tal sensação apenas para não desperdiçar o momento único da família Park.

O nascimento de uma criança na realeza sempre foi considerado um marco muito importante para as colônias. Dizem que uma criança real traz alegria ao povo e prosperidade à família. Reza a lenda de que em milhares de anos o reino espera por uma criança lúpus, o filhote puro.

Minjung aguarda ansiosamente que algum dos seus futuros netos sejam lúpus. Porém, seu desejo não é tão simples, já que meus irmãos e eu não nascemos. Grande parte dos casamentos não são de linhagem pura em nosso reino, por isso é extremamente raro que uma criança nasça lúpus nos dias atuais. Os últimos que nasceram já estão casados e com filhos, tendo posse de tronos e colônias. No entanto, mesmo com a grande maioria desejando um lúpus que seja capaz de fundar novas colônias ou que gere proles de sangue puro, também há uma grande parcela da população que teme o nascimento de um filhote original, com direito a lendas que falam sobre a maldição da criança ominosa que usa sua força e timbre contra a alcateia e a colônia. Mas não é tão preocupante assim, a prole pura só poderia nascer caso ambos os genitores fossem lúpus.

— Achei que não viria! - Uma voz rosnou para mim.

Me despertei em um estalo e vi Seokjin logo a minha frente.

— Jin! - Exclamei eufórico. - Jamais deixaria de vir no chá do meu primeiro sobrinho.

— E onde está o Jungkook? - O ômega estava bem curioso e o procurava com os olhos no meio das pessoas.

— Ah, ele foi dar uma volta. - Dei de ombros.

— Bom, vocês estão atrasados! - Ele me deu um falso beliscão no braço. - Tentei ao máximo prolongar o discurso de Minjung, mas ele parece ter ficado tímido desta vez. - Ele tinha um tom engraçado.

— Chorou muito? - Me referi ao rei e rapidamente ele assentiu. - Ele está muito sensível ultimamente.

— Sim, mas graças a sua mãe ele se controlou e passou a voz ao meu pai.

— Quase me esqueci de que o grande Senhor Kim está aqui! - Exclamei contente.

— Todos os Kim estão aqui, Ji. - Seu tom estava tão eufórico quanto o meu.

— Me apresente a sua família, por favor! - Disse sorrindo, pois sabia que os familiares do Seokjin eram as pessoas mais amigáveis do reino.

— Claro! - Afirmou felicíssimo. - Venha, vou lhe apresentar toda a família.

Jin agarrou o meu punho, caminhamos todo o local cumprimentando pessoas e conhecendo gente nova. Foi um momento divertido, seus pais realmente eram muito simpáticos e seus avós com toda certeza do mundo, é o casal mais amoroso que já conheci.

— Tenho três primos. - O ômega sussurrava de canto. - Este é Mingyu, meu primo mais velho.

Um alfa muito charmoso, de cabelos escuros e um sorriso marcante.

INCÓGNITA • pjm✕jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora