INCÓGNITA • pjm✕jjk

• ÍNTIMO • 24

Castelo Jeon das Névoas

Depois de muito tempo internado no hospital, finalmente pude voltar para casa. Mesmo sendo de cadeira de rodas, retorno ao meu castelo com um dos betas serviçais me levando pacientemente até o meu quarto.

— Quais são as novidades do castelo?

— Nenhuma que deva se preocupar, Vossa Alteza. - Respondeu educadamente. - O Príncipe Jungkook pediu para que ninguém o perturbasse com os problemas da casa. - O beta sorriu forçado.

Mesmo com muitas mudanças, Jungkook ainda era o mesmo alfa autoritário de sempre. Os serviçais ralavam com seus comandos, ele tinha maestria em delegar ordens. Apreciava sua tentativa de não me deixar preocupado com os assuntos problemáticos, mas eu precisava estar antenado a tudo que envolvia minha matilha e colônia.

— Jungkook está em casa? - Perguntei calmamente enquanto o servo me direcionava em silêncio até o cômodo.

— Com toda certeza. O príncipe Jeon Jungkook está no escritório resolvendo alguns assuntos com o rei Park Minjung. - Esclareceu o beta.

— Pode me levar até lá?

— Sempre que precisar, à suas ordens.

— Obrigado.

O escritório de Jungkook não era tão distante do nosso quarto, na verdade era no andar a cima.

— Vossa Alteza, a partir de agora não temos rampas adaptadas. Gostaria que eu chamasse o Príncipe Jeon Jungkook até aqui?

— Não há necessidade, vou até lá por conta própria. Ele já deve..

— Jimin! - Jungkook abriu abruptamente a porta do escritório e saiu.

— ..ter sentido meu cheiro. - Terminei a frase com uma risada nasalada.

Ele desceu as escadas rapidamente em minha direção e eu comecei a me levantar da cadeira com certa dificuldade.

— Ei, ei, ei! - O alfa me forçou a sentar outra vez. - Nada de ficar passeando por aí, o efeito ainda não passou devia estar de repouso. O que faz aqui?

— Vim te ver. - Disse em um tom sereno.

O coração do alfa derreteu na mesma hora, ele não resistia sequer uma das minhas manhas. Jungkook se abaixou próximo a mim, colocou suas mãos em meu rosto e selou meus lábios com tanta paixão que mal o reconheci.

— Por que não pediu para alguém me chamar em seu quarto? - Indagou.

— Queria vê-lo logo. - Apoiei minhas mãos no seu rosto, colei nossas testas e de olhos fechados acariciei suas bochechas.

De repente, fui surpreendido por suas mãos que me pegaram no colo facilmente. Ele caminhou pelos corredores tranquilo e entrou em nosso quarto, me colocou na cama e se deitou ao meu lado. Espreitou
perto de mim, colocou meu rosto em seu peito e me abraçou. Seus olhos se encontraram aos meus e logo nos beijamos docemente. Um ósculo caloroso, onde suas mãos faziam um singelo carinho em meu rosto e cabelos.

— Eu sou um péssimo genro, deixei seu pai sozinho no escritório. - Sussurrou em meu ouvido e riu fofo.

— Ele gosta de ficar sozinho. - Disse sorrindo enquanto fitava seus olhos escuros de perto.

— Pelo visto você também é um péssimo filho. - Ele me olhou sério e então começou a gargalhar.

— Não sou não! - Em meio as risadas eu exclamei ofendido. - Ele realmente gosta!

Jungkook se levantou e começou a remexer nas gavetas de minha penteadeira.

— O que está procurando? - Perguntei ainda deitado na cama.