Vitória Falcão.
Um "piii" insuportável. Agulhas me espetando, um quarto branco. Aparelhos em volta. E uma droga de dor de cabeça insuportável.
Esse lugar é familiar! Olho novamente e vejo a roupa que estou vestida. Pqp! Estou novamente num hospital. Droga!
Mas pera! Ana Clara... Cadê a Ana Clara?
Tento me levantar mas rapidamente me deito novamente. Senti uma dor aguda na cabeça.
- Vih!
Olho para a porta e vejo minha irmã Sabra. Eu ainda não entendia nada.
- Sabra o que aconteceu? Cadê a Ana Clara? O Mike? A Aninha está bem né?
Passo minha mão na cabeça ao sentir novamente aquela dor chata e aguda.
Sabra não me responde, me abraça.
- Vih...
Ela me olha e da um sorriso. E eu sei! Foi um sorriso forçado.
- O que aconteceu Tatinha?
Ela passa a mão na minha cabeça e me fita.
- Não surta ok?
Concordo. Fico nervosa pelo o que vai vim.
- Bem... A polícia ligou lá em casa pedindo para eu ir na casa da Ana, a garota da qual tu sempre me fala. Chegando lá estava tudo revirado de cabeça para baixo. Tudo bagunçado Vih!
Meu coração começa a apertar e um bolo formar em minha garganta.
- A polícia não encontrou ninguém em casa além de tu. Que além do mais estava ferida, seu rosto estava sangrando e tua respiração estava muito baixa. Eles chamaram a ambulância e revistaram o local. Mas ninguém encontrou a Ana e o Mike...
- Ele sequestrou ela?
Falo alto.
- Não! Não pode ser, Naclara está em perigo, o doente mental do Mike vai machucar ela Tatinha, ele é louco! Capaz de matar a si próprio...
- Calma Vih, a polícia está dando o melhor de si pra achar eles.
Fico em silêncio. Lágrimas sai fortemente dos meus olhos e os meus soluços é o som presente ali.
- Tatinha, fala pra mim que isso é mentira? Fala que a Ana está no quarto ao lado se recuperando também? Que ela está bem e que o doente mental está preso... Por favor.
Ela novamente me abraça forte.
- Eu falo sim Vih, mas não hoje, mas não agora...
Vejo uma enfermeira entrar no quarto e trocar o soro, ajustar algo nos aparelhos e aplicar algo em mim. Que eu creio que foi remédios para eu me acalmar. Chorava muito, muito até dormir. De exaustão e efeitos do remédio aplicado.
Ana Clara.
Minhas vistas estavam embaçadas, cabeça doendo a ponto de qualquer momento poder explodir. Minha boca estava seca e a barriga com indícios de fome.
- Acordou gatinha?
Olho pro lado e vejo parado na porta o Mike. Ele e o seu sorriso idiota nos lábios.
Assim que melhoro a visão, vejo que estou num quarto. O piso de madeira, paredes pretas. Totalmente o inferno, em todos os sentidos. Apertado e abafado, me deixava sem ar. Minha puta claustrofobia.
Percebo também que estou sentada e amarrada numa cadeira. E que ali não há nada além de uma lâmpada quebrada no centro do teto.
- Então Aninha como se sente? Tá com fome? sede? Quer algo? Olha, essa casa foi a que eu achei pra podermos ter nossos filhos. Louco pra um dia você ver como ela é.
- Você é louco Mike... Eu não irei ter nada e nem filhos com você! E sim seu idiota eu tô com sede!
Ele se aproxima de mim e se abaixa ficando na minha altura.
- Olha Aninha, é melhor se acostumar. Será minha mulher eternamente. Terá sim filhos comigo, até um cachorro ou gato se quiser! Mas de uma coisa eu sei. Filhos com a idiota da Vitória você não vai ter! Ou será que evoluíram e mulher com mulher podem sim ter filhos? Ah! que se exploda! Foda-se! O pai de seus filhos será eu! O homem da sua vida será eu! Eu aqui Ana! Não será uma mulher, ordinária filha duma pu...
- CHEGA MAIKE!
Grito e vejo ele se assustar. Ele passou dos limites! Tanto aumentou o tom de voz e me tirou do sério. Quem ele pensa que é? A pessoas que irá mudar minha vida? E além de tudo! Irá me obrigar? Ele só pode tar de brincadeira. Isso não vai acontecer! Nem por cima do meu cadáver!
- Óh que bonitinha! Defendendo a Vitória? Que coisa mais linda! Pena que ela está morta Aninha! E eu me sinto tão bem, em saber que foi eu quem rachou o crânio dela. Isso foi muito, mais muito prazeroso. E agora é só nós amor.
Sinto um bolo formar em minha garganta. Mas eu não posso me mostrar fraca. Eu sou forte preciso ser forte.
- Agora eu vou ir buscar algo pra você comer e beber Aninha...
Ele se levanta e sai do quarto fechando a porta me deixando naquele breu. Ai minha puta claustrofobia!
-Mike...
Ele volta abrindo a porta e me fitando.
- A porta... deixe ela aberta. Eu não consigo respirar.
Falo baixo e de cabeça baixa. Eu não queria ser fraca, mas depois de um tiro daquele foi o embalo para me deixar vulnerável.
Vejo ele dar um sorriso e abrir a porta. Pelo menos isso.
Aproveito a sua ausência e solto as lágrimas que sai acompanhada de alguns soluços. Mas por que tinha que ser a Vitória? Aquele idiota, em meio a um milhão de pessoas eu tinha que achar o Mike, tinha que ter um envolvimento com ele. E agora por minha culpa e de minhas escolhas estou em um lugar onde não faço a menor idéia de onde. E a pessoa que eu amo, por minha culpa está morta.
- Aqui Aninha!
Vejo Mike entrando com uma bandeja. Ele coloca ela no chão e me fita.
- Estava chorando? Imbecil! Chorando por alguém que não te faz bem e que não faz bem para a nossa família!
Ele pega uma chave de fenda do bolso e me mostra.
- Espero não entrar aqui novamente e ver você chorando por uma outra pessoa.
Ele me olha com raiva.
Depois de arrumar a lâmpada do quarto ele me desamarra da cadeira e sai trancando a porta. Bebo um pouco de água. Mas aquela fome de antes... eu não tinha mais. Não até saber sobre a Vitória.
Me sento no chão e fico fitando a parede. Estava agoniada com tudo aquilo. E sabia que a qualquer momento eu iria surtar.
- Psiu! Naclara.
Estava quase dormindo mas me desperto ao ouvir alguém me chamando. Olho pro lado e procuro, me paraliso e o coração erra uma batida ao ver quem era...
- Vi-Vitória? Amor!?
Um capítulo bem grande a pedido da EmilleLiimaa hahahaha e não é que dei conta? 1100 palavras. Bem grande viu? Mas que isso não dou conta. E também não consigo kkkk
Só de falar de gatos e lugares apertados que possivelmente tenha aranhas me da um certo incômodo. Pois é... Tenho aquilo chamado de claustrofobia aracnofobia e renite.
É pra'cabar com o pequi de Goiás mesmo hahahaha
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A Garota Fantasma
Fanfiction(SE VOCÊ ESTÁ VENDO ESSE LIVRO EM OUTRA PLATAFORMA SEM SER O WATTPAD, POR FAVOR SE RETIRE, ESTA COM RISCO DE SOFRER UM ATAQUE VIRTUAL) Tudo pra mim era vazio. Ninguém me via, ninguém sabia ninguém me sentia... Eu era um nada. Perdida, condenada talv...