Alívio.

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Vitória Falcão.

Chegamos no hospital. Ajudei a Ana a sair do carro e fui direto para a recepção pedindo ajuda.

Logo mais chegaram enfermeiros com uma maca levando Ana corredor a fora.

Tentei segui-los, mas fui barrada por uma enfermeira.

- Aqui só entra funcionários Vitória. Deixa agora com nós.

Ela se parecia com a Ana Clara. Por algum motivo sabia meu nome e eu tive um djavu vendo ela aqui na minha frente. Ela era muito familiar.

- Okay! Mas como sabe o meu nome?

Falo envergonhada.

- Sou Luana a Irmã da Ana Clara. Ela me disse sobre você.

- Assim. Me desculpe por isso. Não tivemos tempo para no conhecer e apresentar, só apenas por telefone... Mas fico feliz por agora lhe conhecer, sabia que quando te vi o rosto era familiar.

Ela dá uma risada e concorda.

- Me acompanhe.

Ela me leva até a recepção e faz a ficha de Ana.  Ela fica ali comigo fazendo companhia. Ela era uma pessoa muito legal, não negava ser irmã de Ana. Era leve e cheia de alegria.

- Luana precisamos de você no centro cirúrgico!

Um rapaz alto de cabelos castanhos e olhos pretos chega cortando a nossa conversa.

- Cirurgia?

Engulo em seco.

-Sim Vih. Mas tá tudo bem. Eu vou ir lá e depois volto para dar notícias, okay?

Seguro sua mão e sinto meu coração se apertar.

- Cuida da Ninha Luana, por favor, dela e dos bebês.

Ela passa sua mão delicadamente em meu rosto e da um sorriso.

- Pode deixar.

Ela sai me deixando ali.

Algumas horas se passaram e eu já estava agoniada com aquilo não dava, a Ana estava ali tão perto de mim e eu não podia vê-la. Era um real desespero.

Mais algumas horas e já era noite. Vejo Luana vindo em minha direção com uma cara nada boa. Só de ver isso eu não seguro as lágrimas. Por favor a Ninha e os bebês não!

- Vih?

Ela senta ao meu lado e segura minha mão fazendo um carinho de leve.

- Como eles estão?

Falo já desesperada.

- A Ana tá dormindo... Cirurgia não ocorreu como o esperado...

- E os bebês?

- Estão bem. Você vai ser responsável por ela?

Concordo. Me levanto e sigo ela. Entramos numa sala e vejo a Ana dormindo serenamente.

Me aproximo dela e seguro a sua mão e com a outra coloca na barriga dela. Queria senti-los. Me senti melhor ao ver a Ana e a turma da bagunça bem.

- Ela vai passar a noite toda dormindo, mas precisa de orientação. Tu vai ficar com ela certo?

Concordo. Olho para a Aninha e dou um sorriso.

- Okay, mais tarde eu volto pra ver como ela está.

Assim ela sai e eu seguro novamente a mão da Ninha dando um sorriso.

- Amor... Fiquei com tanto medo, medo de te perder, perder os nossos bebês. De não poder mais dizer o quanto amo vocês...

Acaricio seus cabelos dando um beijo no mesmo.

- Gosto muito de tu!

Sento em uma cadeira que tinha ao lado da cama da Ana, e dou um suspiro de alívio.

A Garota FantasmaOnde histórias criam vida. Descubra agora