Me puxando para o plano terrestre.

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Ana Clara Caetano.

Despertador dá a doida e eu acordo. Pego o celular e jogo na parede com raiva do barulho.

- Deixa eu dormir caralho!

Viro pro outro lado e puxo a coberta cobrindo meu rosto.

- Acorda moça...

Sinto um frio nas minhas costa e minha coberta sendo puxada.

- Sinto muito em lhe dizer mas já são 11:00 horas.

Olho pro lado procurando a voz. Ah! Era ela, a Vitória cujo denominei o nome de cor de marte.

- Bom dia!?

Falo pra ela com vergonha.

- Bom dia...

Saio arrastando o pé no chão a procura de uma roupa decente. E depois vou pro banheiro fazer minhas higienes matinais.

- Como eu fui a noite?

Dou uma risada me lembrando que ela disse que ia velar o meu sono.

- Preciso falar do lago que você fez no travesseiro?

Arregalo os meus olhos. Como assim? Fico morrendo de vergonha...

- Que fofinha ela com vergonha.

Ela fala me adivinhando.

- Não tô com vergonha!

- Você mente muito mal sabia?

Coro quando ouço ela dizendo aquilo.

- Tá bom! Eu me rendo.

Ela da uma risada abafada.

- Você queria minha ajuda né?

- Quero!

Ela corrigi. Vou até a sala e pego o meu notebook.

- Seu nome completo?

- Vitória Fernandes Falcão.

Ela faz uma cara pensativa.

Pesquiso várias pessoas chamada Vitória Falcão mas não acho, pergunto a ela sobre o dia do acidente e pesquiso também. E de cara me assusto com o que eu acho.

" jovem é levada pro hospital em estado grave após sofrer acidente de carro, com mais duas pessoas envolvidas no acidente. Todos em como após 2 anos e 3 meses..."

Era ela! Sim era ela. Mas me arrependi ao ver a suas fotos no acidente. Seu corpo estava todo destruído.

- O que foi?

Ela me encara e olha pro notebook.

- Essa sou eu? Essa pessoa com algumas partes do corpo destruida sou eu?

Concordo com a cabeça e ela se ajoelha no chão.

- Eu sempre soube que meu acidente foi trágico mas não a esse ponto.

Olho pra ela e me aproximo e dou um abraço agora sentindo o seu corpo, sem minha mão atravessá-la.

- Se afasta de mim por favor...

Ela se levanta e vai até a porta.

- Eu preciso ir, abre essa porta pra mim por favor?

Fico assustada. Ela vai me deixar, desse jeito?

- Tu não pode sair desse jeito! Tu não pode!

Falo alto mais que o normal.

- Eu preciso resolver uma coisa, tem algo de errado, desde o dia em que te conheci.

Eu fico sem entender. O que eu fiz?

Vitória Falcão.

Eu não entendi NADA, completamente nada. Primeiro essa menina consegue me tocar, depois ela tá me enxergando até agora, o que não é normal. E depois eu tive uma imensa vontade de gritar de chorar e de fugir com a dor de me ver naquela situação que foi o meu acidente. Eu tinha que ir no cemitério, eu preciso resolver um assunto e que só assim eu posso voltar pro mundo meu, antes que essa garota me puxe pro plano terrestre...

- Não sei a onde tu quer ir mas eu vou ir junto! Se vira! Anda, onde você quer ir? Eu te enfiei nessa e sou responsável também.

- Vamos pro cemitério...

Falo com a boz baixa.

- Vamos...

Ela confirmar. Não sei o que fiz pra merece o carinho e a vontade dela de me ajudar. Mas não queria questionar só preciso ir ao cemitério....

A Garota FantasmaOnde histórias criam vida. Descubra agora