CAPÍTULO 7

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Eu me aproximei ligeiramente da Cait e segurei seu corpo em volta do meu antes que ela caísse no chão. Ela tentou ficar de pé segurando meus braços com as duas mãos. Suas pernas estavam bambas e eu peguei em sua cintura para mantê-la firme. Encostei a cabeça dela em meu peito e alisei seus cabelos suados da dança de "acasalamento" que ela havia acabado de fazer.

-Me leva pra casa, Sam. -Ela suplicou com a boca próxima ao meu ouvido. Ouvi-la falar daquela forma me deixou louco e possesso. Eu me controlei para não ir com tudo para cima do Herrera. Estava óbvio o que ele queria com a Cait.

Paul me lançou um olhar de reprovação, como se quisesse me dizer que a culpa era minha por Cait ter ficado naquele estado. Eu o ignorei e tirei a Cait de lá, carregando-a no colo até a picape. Depois de sentá-la no banco e prendê-la com o cinto, dei partida no carro almejando chegar em casa o mais rápido possível.

Quando chegamos no chalé ela despertou dizendo que estava com muita dor de cabeça. Então começou a chorar em meus braços enquanto a carregava até o meu quarto. Era um choro abafado, quase inaudível. A posicionei com a cabeça no travesseiro e tirei as botas dos seus pés. Depois eu me sentei na beirada da cama, ao seu lado. Cait abriu os olhos lentamente e tentou dizer algo, mas não conseguiu. Seus olhos estavam avermelhados e ela continuou chorando.

-Descansa, Balfe. -Toquei com o polegar em sua testa e ela se afastou, me rejeitando. -Tudo bem. Talvez eu mereça isso.

Ela elevou uma mão até a cabeça e se encolheu na cama com a outra mão no estômago, seu corpo voltado para mim.

-Minha... cabeça, Sam.... -Ela sussurrou chorando. -Eu... humm... -Cait gemeu.

-Eu vou providenciar um remédio para você. -Falei baixinho, beijando a testa dela logo em seguida.

Quando voltei para o quarto com o remédio, Cait estava arqueada com a cabeça para fora da cama vomitando por todo o chão. Me aproximei para segurar o seu cabelo e ajudá-la a não se sufocar.

-Calma, Balfe. Isso é só o começo. -Depois que cessou a primeira fase de vômito, eu a carreguei até o banheiro. -Olha, Balfe, eu vou ter que fazer isso, mesmo que você me odeie no dia seguinte, está me ouvindo? -Ela assentiu, como se fosse lembrar de tudo no dia seguinte.

Eu a sentei no vaso e sua cabeça pendeu para frente em minha barriga. Com um pouco de dificuldade, eu consegui tirar sua camisa e a calça. Vê-la de lingerie naquelas circunstâncias não me provocou nenhum desejo carnal, eu só queria ajudá-la antes que as consequências da bebida piorassem. Levei Cait até o chuveiro e ela gritou com a quantidade de água fria que caía em sua cabeça. Eu a mantive de costas para mim, mantendo uma mão em seu quadril e a outra em seu ombro para evitar que ela escorregasse.

-Você está... me machucando, Sam. -Ela choramingou com uma voz embargada. Eu não estava sendo rude ou grosso, pelo contrário, estava sendo cuidadoso com ela. -Me solta... -Insistiu.

-Não estou machucando você, Balfe. -Falei, paciente. -Me deixe ajudá-la ou você vai despencar no chão. -Cait pendeu para frente levando meu corpo junto com o dela. A água caiu na metade do meu corpo, mas eu não me importei.

-Eu consigo... eu consigo tomar banho. -Resmungou chorosa.

Ela segurou por cima da minha mão em sua cintura e girou o corpo ficando de frente para mim. Eu passei os olhos rapidamente por sua barriga subindo para os seios enrijecidos e perceptíveis pela transparência do tecido molhado, até encontrar seu olhos cheios de lágrimas.

-Não encosta em mim... Não quero que você encoste em mim. -Cait quis se desvencilhar das minhas mãos. Ela caminhou para trás no intuito de se afastar e quase escorregou nos próprios pés. Eu a segurei com firmeza trazendo-a para colar seu corpo no meu.

Eu Faria Qualquer Coisa Por Você (SC AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora