CAPÍTULO 27

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-Amor, me deixa dormir mais um pouco. -Ela murmurou, ajeitando a cabeça no travesseiro. Sentado na beirada da cama, eu massageei o seu tornozelo. -Não quero levantar... -Aquela voz dengosa me fez sorrir.

Eu havia deixado as cortinas fechadas para que a claridade não a incomodasse. Ainda assim, Cait puxou o cobertor para cobrir a cabeça, relutante.

-Eu não te chamaria se não fosse importante. -Sussurrei. -Eu fiz algo para você. -Levantei-me da cama e peguei a bandeja com café em cima da escrivaninha, sentei-me ao lado dela de novo e a chamei outra vez. -Cait...

Ela descobriu o rosto e em seguida esticou o corpo sobre a cama, se espreguiçando. Cait forçou abrir os olhos, elevou uma mão na testa, fazendo cara de dor. Os seus olhos encontraram os meus, ela estava muito sonolenta. Um pequeno sorriso apareceu quando ela notou a bandeja em minhas mãos, repleta de coisas que ela amava. Após sentar-se na cama, puxou o cobertor para fora do corpo e, completamente nua, me pediu um minuto para ir ao banheiro. Seus seios enrijecidos, suas pernas torneadas e suas coxas a mostra, evidenciaram a mulher que estava se tornando.

Alguns minutos depois, eu estava com as costas apoiadas na cabeceira da cama, Cait sentada de lado com as suas pernas em cima de mim, ela vestida com uma regata folgada e o cabelo penteado.

-Sabia que essa é a primeira vez que eu ganho café da manhã na cama? -Cait tomou um gole do café.

-Então se acostume, porque eu ainda vou trazer muitos cafés da manhã para você. -Disse, recebendo um adorável sorriso dela.

Eu estava compenetrado em seus olhos, em cada gesticulação e expressão do seu rosto.

-Você é muito linda, Cait. -Disse ao mesmo tempo em que a observava sorrir.

-Você acordou inspirado hoje. -Ela ressaltou. -O que aconteceu?

-Você me aconteceu... -Seus olhos brilharam em um tom de azul forte. Toquei levemente em sua bochecha com o polegar, vendo-a ruborizar. -Vem, sente-se aqui. -Bati de leve em minhas coxas com as duas mãos. -Quero ficar mais pertinho de você.

Eu arranquei a caneca de café da mão dela e coloquei na bandeja, ao lado da cama. Depois segurei na cintura de Cait e a trouxe com cuidado para sentar-se dentro das minhas pernas. Ela se acomodou, encostando a cabeça em meu peito nu.

-Posso ouvir as batidas do seu coração. -Ela sussurrou, enquanto os meus dedos acariciavam o seu braço levemente.

-Sim. Não é muito fácil dizer o que estou prestes a dizer agora, porque há uma grande chance da sua resposta ser não.

-Esse suspense está me deixando aflita, Sam. -Falou, em um tom de leveza.

-Bom... Primeiro, eu preciso que saiba o quanto tem sido bom estar com você. Não importa o sacrifício que eu faça, ou o quanto eu trabalhe excessivamente nos outros dias, se todo final de semana eu estiver aqui para ver esse sorriso e sentir seu cheiro, seu toque, fazer amor com você. -Ela ouviu em silêncio, enquanto eu a abraçava fortemente. -Três meses sem te ver foi como uma tortura pra mim, Cait. -Achei que a saudade era pelo fato de ter me acostumado com sua companhia, já que nos conhecemos a tanto tempo. -Entrelacei nossas mãos. -Nós éramos grudados um no outro quando éramos adolescentes, você se recorda? -Ela assentiu. -Eu adorava quando você aparecia lá em casa com seu pai. Lembro de uma vez que fomos andar a cavalo e você estava usando um...

-Um vestido rodado. -Ela me encarou sorrindo. -E você se aproveitou da situação para pegar nas minhas pernas. -Ela me advertiu, em tom de brincadeira.

-Não exatamente. -Sorri. -Foi você que pediu minha ajuda para subir no Andy.

-É, eu lembro disso. -Ela sussurrou. -Ir com meu pai para sua casa era uma desculpa para te ver. -Ela confessou. -Andar a cavalo com você sentado atrás de mim era muito bom. Você ficava me puxando para ficar mais perto e eu fingia que nada estava acontecendo.

Eu Faria Qualquer Coisa Por Você (SC AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora