CAPÍTULO 11

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Depois que Sam ligou o aquecedor do carro, aos poucos eu senti a temperatura do meu corpo voltar ao normal, bem como a cor dos meus lábios recuperarem a tonalidade rosada. O tremor também já havia passado e não havia motivos para o Sam se preocupar. Entretanto, quando chegamos no Chalé, ele fez questão de continuar sendo cuidadoso comigo. Sam acompanhou-me até o banheiro, entregando-me uma toalha limpa e ajustando o chuveiro no modo quente.

-Vou deixar em cima da cama algo para você vestir, tudo bem? -Eu assenti. Antes dele sair, selou os lábios nos meus carinhosamente. Eu estava começando a me acostumar com aquele gesto. -Demore o tempo que precisar... -Sorriu.

Quando saí do banho vesti uma das camisetas de basquete do Sam e depois fui encontrá-lo na cozinha. Ele estava preparando algo para comermos e, pelo cheiro, deveria estar uma delícia. Ele não percebeu de imediato a minha presença, estava tão concentrado na beirada do fogão. Quando seus olhos encontraram os meus, nós sorrimos um para o outro.

-Estou começando a gostar de te ver vestida assim. -Me olhou da cabeça aos pés. Sam abandonou o fogão e se aproximou de mim, parando em minha frente. -Ficou muito melhor em você... -Não deu tempo de respondê-lo. Ele foi mais ágil e me colocou sentada em cima do balcão. Segurei em seus ombros para obter apoio e mantive-me compenetrada naqueles olhos azuis.

-Está completamente linda. -Suas mãos, que estavam em volta da minha cintura, deslizaram pela lateral da minha coxa chegando até a borda do tecido. -E cheirosa... -Sem demora, aproximou-se para beijar meu pescoço e, logo depois, me encarou de um modo provocante. -Do que você está rindo, Balfe? -Eu estava com um sorriso largo no rosto.

-Estou rindo de um sonho que eu tive recentemente com você. -Ele me olhou curioso. -Estávamos exatamente nessa posição.

-E o que aconteceu nesse sonho, Balfe? -Sam me olhou de forma sensual.

Em vez de respondê-lo, eu abri um pouco mais as pernas e trouxe o corpo dele para mais perto. Então eu segurei em cada lado de seu rosto e iniciei um beijo lento. Sam correspondeu ao beijo, como se esperasse por aquilo tanto quanto eu. Delicadamente, ele passou uma de suas mãos em minhas costas e segurou o meu pescoço com a outra. Então, no momento em que nossas línguas se encontraram, todo o meu corpo incendiou como se ardesse em chamas.

A mão que estava nas minhas costas desceu para a minha cintura. Sam começou a apertá-la como se quisesse me manter próxima ao corpo dele. Eu aproveitei e entrelacei as minhas pernas em seu quadril. Em seguida, ele levou essa mesma mão até a parte interna da minha coxa e eu soltei um longo gemido. Então, percebi que meu corpo estava prestes a descer do balcão. Faltava muito pouco para eu cair nos braços do Sam.

-Sam... -Sussurrei, antes que isso acontecesse. Ele se afastou e encarou-me atento, ainda preso em minhas pernas -O sonho não terminou muito bem depois disso. -Eu recuei, recordando-me do ocorrido. Ele me olhou, apreensivo. -Você ficou estranho no sonho e disse coisas terríveis depois.

-Eu te machuquei? -Angustiado, ele disparou em falar. -Porque eu nunca levantaria a mão para você, Cait. Você sabe disso, não é?

-Está tudo bem, Sam. -Realmente estava tudo bem. -Foi apenas um sonho. -Nós sorrimos um para o outro.

-Ah! -Ele disse, lembrando-se de algo. -Eu fiz algo para você comer. E tem chocolate quente também. Imaginei que uma bebida quente fosse te fazer bem. -Ele se distanciou, descendo minhas pernas. -Vou tomar banho. Fique à vontade.

-Você não vai comer?

-Não, eu não estou com fome. Foi você quem não se alimentou na hora almoço. -Ele me deu um selinho demorado e saiu.

***

Ao entrar no quarto, eu me deparei com o Sam trocando os lençóis da cama. Ele estava com uma toalha enrolada em torno da sua cintura.

Eu Faria Qualquer Coisa Por Você (SC AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora