CAPÍTULO 54

657 51 64
                                    

As férias em Cancún estavam chegando ao fim, nosso voo estava marcado para o dia seguinte às 8 horas, horário local. Cait parecia mais cansada e exausta na véspera da viagem. Tínhamos finalmente terminado de arrumar a mala e ela se jogou contra a cama reclamando de dor nas costas. Era para ela estar mais relaxada, afinal, tinham sido dias maravilhosos, os quais não tivemos que nos preocupar com nada. Eu me ofereci para fazer uma massagem, pois não gostava de vê-la assim, se queixando de dor ou aborrecida. Ela gentilmente disse que não precisava, me chamando apenas para deitar ao seu lado e, ao deitar de costas na cama, Cait automaticamente virou o corpo em minha direção e carinhosamente tocou em meu rosto, fazendo com que eu olhasse para ela.

-Foram dias bons, não foram? -Um sorriso travesso fluiu dos seus lábios e seus olhos brilharam em fração de segundos.

-Sim, inesquecíveis. -Girei o corpo e fiquei deitado de frente para ela e, olhando fixamente em seus olhos, acariciei sua bochecha, vendo-a sorrir cada vez mais.

-Sabe o que podíamos fazer enquanto aguardamos o horário do jantar? -Ela perguntou, entusiasmada. -Não andamos pela praia à noite em nenhum desses dias... O que acha de um passeio na areia, descalços...? -Ela abriu um largo sorriso, aguardando minha resposta.

-Você não estava com dor nas costas?

-Já passou, vem! -Ela deu um pulo da cama e puxou minha mão para que eu ficasse em pé. -Vamos, Sam, vai ser muito bom.

-Sim, eu vou, calma. -Disse, levantando-me da cama. -Só estou preocupado com suas costas... Não me deixou fazer massagem... E agora quer caminhar... -Resmunguei, fazendo-a sorrir alto.

-Ah, não seja um resmungão... -Ela cruzou os braços em meu pescoço, usando um tom de voz dengoso. -Quando voltarmos, você faz a massagem. -Disse, mordendo o canto do lábio, sedutoramente. Eu assenti, parecendo um adolescente mimado.

Nós andamos por um tempo de mãos dadas, sentindo a água molhando nossos pés em contato com a areia e a doce brisa do vento tocando-nos a pele de maneira agradável. Cait estava usando um vestido branco solto no corpo, acima do joelho, vestida exatamente como eu havia imaginado uma vez em um sonho. O vento mudava a direção dos seus cabelos, que se movimentavam desgovernadamente em volta do seu rosto. Já tínhamos andado muito, então decidimos parar nossa caminhada e nos sentarmos um pouco para aproveitar a noite estrelada de Cancún. Nos distanciamos do mar e Caitriona se sentou na areia com as pernas flexionadas, abracando-as com os braços.

-Vem, sente-se aqui. -Bateu de leve na areia e depois voltou a encarar a beleza das águas de Cancún enquanto eu me sentava ao seu lado.

Eu instintivamente, coloquei meu braço em volta dela e massageei a lateral da sua cintura.

-Preciso te contar uma coisa, Sam. -Eu assenti, meus olhos concentrados nos seus. -É um assunto desagradável para nós dois...

-Tudo bem... Prometemos ser sinceros um com o outro, confiarmos um no outro... -Tirei alguns fios de cabelo que estavam em seus olhos e os ajeitei atrás da orelha. -Pode falar, Cait.

Ela puxou o ar com o nariz e o soltou suavemente pela boca, parecia incomodada com algo, mas demonstrava estar muito segura do que ia dizer.

-Quando o Jason começou a fazer parte da minha vida, eu confesso que eu realmente gostei dele. -Ela evitou me encarar quando pronunciou o nome do seu antigo chefe e eu disfarcei que havia ficado com ciúmes só de ouvir o nome do irmão da Bridget. -Era diferente... estar com ele me fazia esquecer você, ainda que uma música ou um comentário te lembrasse. -Ela riu, olhando para baixo. -Não imaginei que eu fosse ceder tão fácil... Até porque ele tinha alguém... -Cait me encarou, envergonhada.

Eu Faria Qualquer Coisa Por Você (SC AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora