CAPÍTULO 51

711 52 42
                                    

-Ei... -Os lábios da Cait estavam próximos ao meu ouvido, sussurrando meu nome gentilmente. -Sam. Ei, dorminhoco, já passam das 10:00 horas. Você não está com fome?

Eu abri os olhos lentamente, sentindo o cheiro intensificado de morango em seus cabelos, enquanto uma de suas mãos tocavam a lateral do meu rosto, e seus lábios se moviam em torno do meu pescoço. Ser acordado daquela forma, além de me dar vontade de continuar deitado, me deixava extremamente excitado. Eu envolvi uma mão entre as mechas do seu cabelo e o massageei sutilmente, sentindo sua língua lamber de leve o lóbulo da minha orelha.

-Você deveria voltar para a cama, depois pedimos para a cafeteria da esquina nos entregar algo. -Puxei de leve sua cabeça para beijá-la, e ela me encarou com um sorriso no rosto antes de encostar sua boca na minha. Cait chupou os meus lábios rapidamente e se afastou, ouvindo-me murmurar em contestação.

-Eu fiz algo para você. -Ela se distanciou, ficando com a coluna ereta, então eu pude ver uma pequena bandeja cheia de guloseimas em seu colo. Cait sorria, como se estivesse orgulhosa de si mesma. Sentei-me na cama com as costas apoiadas no travesseiro e peguei a bandeja no colo dela para colocar no meu.

-É o que eu ganho depois de te proporcionar uma noite de prazer? -Provoquei, vendo Cait se levantar. Ela estava apenas de calcinha e uma regata transparente, que não fazia diferença alguma para mim.

-Você quis dizer, madrugada, né? -Meus olhos acompanharam todos os seus movimentos, até ela finalmente se sentar ao meu lado na cama. -E o café não é uma recompensa, é um ato generoso. -Se aproximou, selando nossos lábios.

-Adoro quando você é generosa... -Disse, olhando para os seus seios enrijecidos através do tecido. -Esse café vem acompanhado com mais alguma coisa? Porque eu não sei se ele é suficiente para saciar minha fome. -Ela ruborizou. Não havia motivos, mas notei que havia ficado envergonhada. -Você me surpreendeu, sabia? -A encarei na intenção de que ela me olhasse, mas ela estava ocupada enfiando seus dedinhos nas minhas torradas.

-Eu aprendi com você. -Ela finalmente me encarou, colocando um pedaço de torrada na boca.

-Não o café. -Falei, enquanto pegava uma das canecas. -Ele também, claro, mas me refiro ao sexo intenso que você iniciou pela madrugada. -Ela mastigava sua torrada quando me olhou, e tentou conter o riso. -Aquilo também fui eu que te ensinei? -Provoquei, vendo Cait rir descontroladamente. Vê-la sorrindo daquela forma, sem medo de se mostrar para mim, alegrou minha alma.

-Um ótimo professor, por sinal, Heughan. -Ela disse sensualmente, ainda sorrindo.

Nós terminamos de tomar o café entre risos e conversas provocantes, eu lançando indiretas, querendo sondar de fato como estava os seus sentimentos por mim, e ela, em pequenos gestos, cedendo às minhas investidas. Desde aquele dia que a vi no hospital usando o meu anel, o anel que eu havia lhe dado, eu criei todas as expectativas possíveis, mesmo que ela não estivesse me dando nenhuma. Quando você realmente esquece alguém, você não guarda o anel de compromisso. Se ela de fato estivesse com raiva de mim, teria tirado ele do dedo. Por mais que a Cait tenha mencionado que tinha seguido em frente, que estava interessada em outra pessoa, eu não acreditava. Eu tinha errado com ela, e cheguei a pensar que provavelmente eu merecia vê-la com esse tal de Jason Cooper, talvez fosse um preço a ser pago por todas as grosserias que eu havia feito. Claro que doeu quando escutei ela falando desse rapaz, mais ainda quando encontrei eles dois na biblioteca na noite anterior, ele desejando Cait mais do que tudo. Mas ele a tratava como uma carne de açougue, e eu queria socar a cara do Cooper, fazê-lo engolir sua prepotência e mandá-lo para a puta que pariu! Só me controlei por causa da Cait, ela já estava tão aborrecida. Ver o estado que ela ficou depois de todo aquele alvoroço, o modo como ela me olhou, como se dissesse "Eu sinto muito", isso destroçou o meu coração. Eu não podia deixá-la passar por aquele sofrimento sozinha, não mesmo! Eu estava decidido a reconquistá-la, ia respeitar todas as suas decisões, mas nunca, nunca ia deixar de ser o amigo que sempre fui, estando com ela nos momentos bons e ruins.

Eu Faria Qualquer Coisa Por Você (SC AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora