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Kim Dahyun (POV)

Depois que eu e Hirai brigamos,eu fui para a casa da Nayeon,minha melhor amiga e não me negou abrigo. Mas claro que ela brigou comigo por eu não ter ouvido ela, sendo que era para tudo ser tranquilo,sem brigas,mas segundo ela, eu sou um ímã de brigas.

Me sinto uma idiota desde que fiz isso,foi um ato infantil,eu sei,me arrependo,pois poderia estar com Momo agora ao invés de chorar feito criança.

A noite na casa de uma pessoa "estranha" não é nada confortável,ainda mais quando você se acostuma com sua casa,sua cama...

Eu pedi para Nayeon não dizer nada para Momo,pois sabia que assim que tivesse a chance ela iria perguntar por mim e por mais que eu esteja arrependida,eu não quero ter que ver Momo por agora,tão rápido assim, também não sei se quero manter esse falso casamento,onde estou a beira do precipício,na minha própria ilusão.

Ela chegou do trabalho e a gente meio que tivemos uma conversa séria,ela disse muitas coisas referente a nós (Momo e eu) e que me fizeram repensar em tudo,mas ela me garantiu que não havia dito nada.

Sem mais nem manos, a campainha toca e nos olhamos,pois não estávamos esperando ninguém. Quando a porta de abre,me assustei quando vi Momo com sua expressão séria,pude sentir meus pêlos se esticando aos poucos e um incômodo na barriga me invadir.

Conversamos,não teve outro jeito a não ser conversar e pra ajudar Nayeon me deixou sozinha com ela. - isso foi uma ironia. — Ela sabe que não podemos ficar sozinhas um minuto,vocês sabem o que acontecem quando estamos sós.

Depois de muito conversar,ela pegou minhas coisas e fomos embora para a nossa casa. Eu lhe pedi desculpas é claro,pelo papel ridículo de adolescente que eu estava fazendo. Ela apenas sorriu para mim e disse que estava tudo bem, desde que eu estivesse ao seu lado.

No caminho para casa,ela me contou sobre o lançamento da nova linha de batom "H.M" e de que o comercial já estava em todos os lugares, TV,jornais, panfletos. Também disse de como minha participação contou ali.

— Meu pai veio atrás de mim hoje. Perguntou sobre você. — Ela dizia calmamente olhando para a estrada. Ela estava tão linda,como sempre é,acabei suspirando e gostando do que via.— Ele quer que eu a leve para jantar na casa deles.

— Hm, por que não? Eu aceito. — Sorri e ela me olhou de soslaio.

— Ok, sábado nós iremos. — Ela disse calmamente estacionando o carro em nossa garagem. 

Descemos e fomos para dentro casa.

— Estou cansada. — Ela disse bocejando se sentando no sofá. 

— Eu percebi. Hm, que tal a gente ver filme até pegar no sono? — Sugeri animada,estava sentindo falta de estar com ela.

— É,pode ser. — Ela deu de ombros.

— Me admira sua vontade de fazer às coisas. — Disse séria. — Mas quando o assunto é sexo... Vai até com sono mesmo.

— Não começa Kim. — Ela me repreende.

— Tá bom, parei. Eu vou fazer às pipocas e você escolhe um filme, mas que seja bom,dessa vez. — Disse saindo da sala.

Fui para a cozinha, peguei uma panela e a pipoca e coloquei o óleo para esquentar juntamente com a panela no fogo. Cantarolava enquanto esperava esquentar, pegando o suco começando a fazer.

Assim que já estava tudo pronto, fui para a sala,onde estava Momo me esperando. Quando cheguei,ela deu play e colocou a bacia de pipoca em seu colo.

— Hey gulosa. — Disse rindo pegando um pouco.

— Estou com fome. — Disse fazendo manhã.

Então nós nos calamos para prestar atenção no filme,não era ruim, dessa vez ela não teve um gosto ruim. Enquanto ela comia com uma mão a pipoca, sua outra mão livre passou por detrás de minhas costas, indo em direção de minha cintura, ela me puxou para um abraço. Eu não reclamei,estava frio e gostoso estar assim. Sorri e apoiei minha cabeça em seus ombros,sentindo seu perfume enquanto observava a cena de um beijo dos protagonistas.

Uma cena de comédia aconteceu fazendo Momo se engasgar de tanto rir.

— Meu Deus! Você quase me mata! — Falei preocupada quando a ajudei dês engasgar. Ela riu.

— Eu sei, foi mal e eu realmente eu quase morri. — Ela disse respirando fundo.

[...]

A noite estava tranquila, estávamos na sala assitindo vários filmes e esse já era o terceiro balde de pipoca, Momo me abraçava e fazia carinho em minha cabeça, às vezes me cheirava e eu me senti incomoda,mas de um jeito bom.

Já era tarde, todo aquele movimento na rua já havia se passado, a sala escura,apenas o brilho da TV, nós deitadas no sofá enorme, abraçadas,embaixo de uma coberta,estava tudo perfeito.

Percebo que Momo estava quieta demais, então levantei um pouco e vi que ela dormia com o controle na mão. Sorri boba a vendo assim e senti vontade de apertá-la, vontade de mimar essa mulher.

Segurei em suas mãos e beijei. Me aconcheguei para mais perto, prestando atenção no filme,na verdade, estava mais focada em seu rosto do que no próprio filme.

Ela é mesmo um anjo,nem parece que dá uns surtos do nada, que é grossa e séria,mas sabe ser um amor quando quer.

Eu já nem me lembro mais dos meus amores antigos,eu achei quem me completa, e esse alguém me deixa louca toda hora, às vezes dá vontade de internar em um manicômio,outras da vontade de tê-la só para mim, a nossa relação é complicada, somente nós duas entendemos e nos damos bem nesse ritmo. Eu gosto da nossa relação,embora vejo que muita coisa precisa ser moldada,mas isso com um tempo vai se ajeitando. Eu aprendi amar Hirai Momo, e não há nada de errado nisso,foi o melhor que me aconteceu.

Me levantei um pouco e selei nossos lábios, ainda dormindo,senti suas mãos em minha cintura e ela retribuir meu carinho, chupando minha língua de uma forma tão única e apaixonante,meu coração ferveu.

— Eu estou com sono. — Ela resmungou entre o beijo.

— Eu sei. — Ri. — Pode continuar,amor. — Sorri voltando a beijar seus lábios e acariciar seu rosto. — Eu te amo. — Colei nossas testas olhando para sua boca e a beijei mais uma vez,deitando em seu colo. — Meu amor...

ℳ𝒶𝓇𝓇𝓎 ♔ 𝒟𝒶𝒽𝓂ℴ   Onde histórias criam vida. Descubra agora