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A semana foi corrida para todos nós na empresa, especialmente para Momo que estava a flor da pele com sua linha já lançada no mercado. Sua preocupação maior era não estar atendendo o público e lucrando, precisava de alcançar uma meta para continuar na presidência.

Mas para dia sorte e esforço,ela havia sim atingido suas metas, em menos de 24hrs ela já estava vendendo bastante produtos de sua linha, em todas às plataformas, estava seu mais novo lançamento. Seu pai estava orgulhoso e eu também estava. Momo é esforçada e dedicada, eu vi seus esforços dia após dia para manter sucesso, originalidade para seu trabalho é bom visual. Ela se superou,sendo a primeira mulher a dirigir uma empresa e a criar expectativas enormes. Ela estava em todos os jornais. Foi chamada para várias entrevistas,ela não negou e fez bastante,chegando em casa tarde e cansada.

Às vezes eu me sinto inútil ao seu lado,ela é demais para mim, esforçada, já eu... Não fiz nada de útil até hoje, a não ser atrapalhar seu caminho.

Estávamos conversando na mesa de sua presidência, ela estava feliz e eufórica,quando Kihyun, seu primo entra sem bater,ainda bem que não estávamos fazendo nada de errado,se não seria o nosso fim, literalmente.

— Bom dia priminha. — Ele disse em um tom sarcástico e eu já não gostei dele. — Bom dia Kim Dahyun. — Ele me olhou com cara de tarado. Meus dedos se formaram nós e então eu levantei rapidamente olhando para Momo, que não é boba e percebeu,quase quebrando sua caneta e o fuzilando com um olhar.

— Bom dia. — Eu disse breve me retirando com a desculpa de ter que entregar algo para Nayeon.

Hirai Momo (POV)

Estava animada contando sobre tudo com Dahyun, ele me entendia e estava feliz e eu senti e vi que era sincero. Estava tudo ocorrendo bem se não fosse Kihyun entrando sem bater na porta. Me olhando com cara de deboche e pra piorar,olhando para Dahyun com cara de tarado,isso deveras me irritou,quase quebrei a caneta. Dahyun estava desconfortável e então saiu assim que o cumprimentou por educação.

— Que milagre por aqui, o que veio fazer? Encher meu saco? — Disse sem nenhum humor. Por mim ele ficaria plantado em pé.

Mas como sempre, sem educação. Ele se sentou,cruzou às pernas e me olhou, sustentando seu sorriso de deboche para mim, achando que me intimida.

— Bem que eu queria,mas não. — Ele passou a mão em seus cabelos. — Vim lhe dar os parabéns, eu achei que seria uma merda e um total fracasso,mas eu estava totalmente errado. Você tem garra e dá pra perceber que lutou por isso. Meus parabéns pelo ótimo trabalho. — Ele disse sincero,agora sem falsidade e sem o sorriso debochado. Estendeu a mão esperando que eu apertasse e então fiz e me soltei.

— Só por eu ser mulher? — Ri de ironia. — Não subestime uma mulher, jamais. 

— É, eu sei. — Ele passou a mão nos cabelos. — Hoje terá um jantar da empresa, em comemoração a sua promoção, você irá?

— Talvez,não sei. Estou cansada e tenho que passar o dia com Dahyun.

— Isso não te impede de aproveitar sua mulher no jantar. — Eu não sei,mas tenho uma leve impressão de que ele está mal intencionado.

— É, vou perguntar e se ela quiser eu apareço. Se não, acabou e é isso. Mas de qualquer forma, obrigada pelas palavras. — Sorri forçada,olhando para o computador.

Ele havia entendido que a conversa havia acabado e então se retirou.

De todas às vezes que ele veio aqui, essa foi diferente,ele não me provocou e nem criticou meu trabalho e me sinto orgulhosa por ter realmente ter feito um ótimo trabalho.

A porta se abriu minutos depois e eu vi Dahyun chagando.

— Eu sei que você saiu só por causa dele. — Ri olhando para ela.

— Ele é irritante. — Revirou os olhos se sentando na cadeira em minha frente.

— Eu sei. Vi como ele te olhava.

— Me constrangeu.

— Eu sei. Mas se ele ousasse algo,eu cortaria às bolas dele. — Isso não tinha graça e Dahyun ria de mim. — Não teve graça.

— Seu ciúme que é!

— Não é legal  sentir ciúmes. Você também quase morre quando sente, fica com a cara burrada o dia todo e não olha pra mim. Eu já até sei os sintomas quando você está com ciúmes.

— Não é legal.

— Claro que não é, quando não é você que está sentindo. — Disse séria a olhando fixamente.

— O que ele queria?

— Nada demais. Veio me parabenizar e pedir que eu comparecesse com você no jantar de hoje na empresa. Em minha homenagem.

— Que ótimo! Digo, por você! Está sendo prestigiada. — Sorriu. — Com certeza todos daqui te admiram, você é uma ótima presidente,não há dúvidas meu amor. — Percebendo o que ela havia dito,seu rosto corou. Sorri porque foi tão verdadeiro e espontâneo e eu gostei de ser chamada assim.

— Fala isso porque é minha esposa.

— Nada haver, falo isso como uma profissional que enxerga e eu te enxergo Momo. E aqui não somos casadas,somos profissionais. — Ela disse calmamente ajeitando sua saia.

—  E então? Aceita ou não ir nesse jantar? Não estou afim, deveria ficar com você, já que essa semana eu não te dei atenção.

— Não se preocupe com isso, essa noite é sua e faço questão de estar ao lado da mulher que sinto orgulho. — Ela sorri e eu acabo sorrindo junto.

Ela me mudou realmente,pra quem não sorria, isso já é um avanço grande.

— Você não existe tofu! — Brinquei com o apelido carinhoso que havia lhe dado e me levantei. Escorando um pouco na mesa, puxei sua mão,fazendo ela ficar próxima a mim. — Vem cá,me dê um beijo. Você ainda não fez isso hoje. — Me fiz de chateada e então ela segurou meu rosto e me beijou lentamente e amorosamente.

Desde quando eu posso sentir isso?!

ℳ𝒶𝓇𝓇𝓎 ♔ 𝒟𝒶𝒽𝓂ℴ   Onde histórias criam vida. Descubra agora