Acho que o Rocco gosta de fiscalizar a vida das pessoas que ele porventura prende, porque uma semana depois que nos vimos, ele aparece em meu hotel!
— Joy?- Salete bate na porta da minha suíte.
Só ela tem permissão de vir até aqui, não é que eu seja antipática ou coisa do gênero com os outros funcionários, mas é que não aguento os olhares de pena da equipe do hotel.
Salete e Ramon são os únicos que parecem entender minha dor, na maior parte das vezes.
— O que quer, Salete? Estou ocupada- Não estou sendo brusca com ela, é só que estou trabalhando.
Estou lendo contratos fechados por Ramon nos últimos 4 meses, contratos para melhorias, contratos para novos investimentos, contratos!
E Isso é bem legal pra ler!
Só para deixar claro: fui explicitamente irônica agora.
Então Salete entra no quarto, mesmo eu dizendo estar ocupada.
— Bem, e que tem um rapaz ai...- Seus olhos se iluminam.
Eu sei que Salete não tem filhos e me tem como uma filha, então, acho que ela está feliz por ver um cara vindo atrás de mim.
Boba, eu não namoro, tenho vontade de dizer!
— Ele disse quem é?- Pergunto, nem um pouco interessada.
— Rocco Torres.
Franzo o cenho, quantos Rocco Torres existem nesta cidade?
Mas se for o único Rocco Torres que conheço, então estou realmente muito surpresa com essa visita.
— Obrigada, Salete, eu vou descer.
Ela continua com os olhos brilhando em expectativa, mas eu a ignoro, porque sei o que esse olhar significa.
Desço pelo elevador e dou de cara com o espécime bonitão, que é ainda mais bonito sem a farda.
— Senhor Torres, a quem devo a honra desta sua ilustre visita?
Ele sorri, como um sedutor, e mesmo que eu não quisesse, caio direitinho no sorriso do conquistador.
— É um ótimo hotel, parabéns!
Dispenso seu elogio com a mão. Odeio bajuladores!
— Sem rodeios, por favor.
Ele mais uma vez sorri. Quanta simpatia!
— Estou na cidade há pouco tempo, preciso de um lugar para ficar.
Tenho vontade de dizer: e isso é problema meu? Mas contenho a língua.
— Que coisa!
— É sério!- Se justifica— Minha família mora em outro estado, fui transferido para a DP deste distrito a pouco tempo.
Suspiro.— Então você quer um quarto no meu hotel- Deduzo.
— Exatamente!- Diz— Não estou em condições de alugar um apartamento perto do trabalho, não no momento.
Eu o encaro, séria.
— Você poderia ter falado com um dos funcionários, quanto a isso.
— Mas eu queria ser atentido pela proprietária, é pedir de mais?
Sorrio. E olha que é difícil eu sorrir tão espontaneamente!
— Bem, temos três tipos de instalações neste hotel.
Atendemos qualquer cliente aqui, meus pais não gostavam de restringir o hotel apenas para uma parte da sociedade (os ricos e milionários), eles gostavam de ver pessoas simples ocupando cada quarto do seu empreendimento.
E lembrar disso me dá um aperto no coração, mas tento ignorar o mais rápido possível.
— Bem, pagarei pelo o mais acessível para mim.
— Okay!- Digo— Me acompanhe, posso eu mesma fazer seu check-in.
Eu me mantive afastada do hotel por um bom tempo, mas tem um gerente que mantém as coisas em ordem para mim.
Só que Ramon me aconselha, que vez ou outra, eu esteja por dentro de tudo, para os empregados verem que o olho do dono está presente em tudo.
Rocco me segue e eu o instalo em um quarto de nível médio do hotel, é confortável, mas com pouca exuberância.
— Se me permiti agora, senhor Torres, tenho trabalho a cumprir.
— É claro, eu vou me instalar- Ele sorri— Nos vemos no jantar?
— Eu não janto com os hóspedes do hotel!
— É uma pena, iria adorar a companhia!
Sorrio, involuntariamente, porque a muito tempo alguém não diz o quão adorável é a minha companhia.
E é uma boa sensação!
Viro-me para ir embora e deixo-o parado em frente a porta do quarto.
///////////////
Tô sumida?
Tô!
😊Mas prometo tentar postar mais capítulos
🙅♀️Beijos ( e não são meus, são do Rocco hehehe)
♥️
VOCÊ ESTÁ LENDO
Enigmática
RomanceSérie: A S E M P O D E R A D A S Vol 3 Bêbada e confusa, era assim que Joy estava ao conhecer Rocco, alguém que a mudaria! Joy Morgan sofre por conta de uma perda, e ao encontrar Rocco Torres, ela sabe que nada entre el...