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Estou com disposição para correr assim  que acordo, então é o que faço!

  Visto uma calça de malha e ponho um moletom cobrindo toda extensão dos meus braços e vou correr nos  arredores  do hotel.  

  Eu moro aqui desde a morte dos meus pais, porque jamais quis voltar a morar em um apartamento, me fazia ficar mais triste por não tê-los em casa comigo.  

  Uma hora depois, eu me convenço de  que ser um ser humano que comumente corre, não me agrada. 

  Essa coisa de sair do quarto logo cedo com disposição para correr, não é comigo.

Paro de correr um pouco, sem fôlego para continuar.

— Bom dia, Joy.  

Puta que... eu quase morro de susto ao ouvir isso!

  Se bem que essa voz deliciosa falando meu nome é boa demais de ser ouvida.

Viro e encaro o dito cujo.

— Bom dia, Rocco- Retiro a mão do  peito, que nem notei que a coloquei ali.

Quando me recupero do susto é que  noto que o homem está sem camisa.

  Pelo senhor dos homens pecaminosos sem camisa, eu acabo de contemplar o Henry Cavill brasileiro, com o seu peito peludo, igualzinho no filme da liga da justiça.

O  homem é gostoso demais, e sem  camisa?  É um deus da fertilidade!

Podemos até fazer a dança do acasalamento aqui!

  Meu olhar sobe, encarando seu rosto agora, e eu acho que quase babo ao notar seu olhar sedutor pra mim.  

Tem alguma coisa diferente na cor dos olhos dele!

  Mas tenho que me comportar, porque não posso pôr a culpa na bebida hoje, então paro de olhar o peitoral dele.

— Acho que alguém gostou da vista.

Filho da mãe! 

  É claro que ele sabe o quanto é gostoso, os gostosos sempre sabem que são gostosos!

— Já ouviu falar em camisa? Eu recomendo.

Ele ri.

— O que é bonito é para ser mostrado- E pisca o olho para mim.

— Estava demorando o ego aparecer. 

  É sempre assim: corpinho consideravelmente bonito,  atitude de babaca.

— Você também não fica nada mal nesta roupa, acentua seus peitos.

  Dou-lhe meu dedo do meio, saindo andando em sua frente, bufando muito de raiva.

Eu nem deveria ter olhado pra ele!

— Ei, Joy, espera.  

Não ligo para suas palavras e continuo andando.

— Joy!

Viro-me e o encaro.

— O Quê?!- Grito bem alto.

  Tem alguns empregados passando e nos olham espantados, eles sabem que  Rocco pode ser trucidado agora mesmo se eu quiser.

— Eu não quis...

— Tá!- O interrompo e sigo meu  caminho.  

Entro no elevador e ele me segue, porém  silencioso.

— Eu só quis brincar.

Dou de ombros.

— Que seja!

Ele suspira.

— Você sempre fica tão irritadiça assim quando alguém faz algum comentário brincando?- Ele evidencia o brincando.

Não o respondo e logo o elevador abre em meu andar e eu saio.

— Minha meus pais me ensinaram a responder as pessoas, que seja por educação ou não, os seus não te ensinaram, não?  

Essa doeu. Ele tinha que falar de pais?!

— Vai se danar, Rocco Torres, vai se danar!- Grito bem alto.  

Entro em meu quarto e bato a porta com  força.  

Babaca! Degenerado! Gostoso de uma figa!  

Espera... O quê?!  

Eu não quis dizer gostoso, eu quis dizer  grotesco, horroroso!  

Argh, eu odeio aquele maldito!

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Sei que demorei, mas cá estou!
💁‍♀️

E tentarei trazer mais capítulos
😘

Volto já!
♥️

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