Capítulo 9 - Janta comigo?

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Caio

Ainda não estava acreditando que Nina estava em meus braços e se entregando aquele beijo. E que beijo.

Sinto ela puxar meus cabelos e aprofundo mais o beijo, segurando sua nuca com força e a outra mão apertando sua cintura. Como sonhei com esse beijo, estava louco de desejo por essa mulher e se eu não parasse, daria tempo de só chegarmos ao carro. Eu a queria, queria muito. Teria que fazê-la minha. Só minha!

– Nina. - digo, alisando seu rosto com meus dedos. - Você não sabe o quanto me fez feliz agora.

Ela sorri timidamente abaixando a cabeça.

– Olha pra mim. - pedi, erguendo sua cabeça. - Fiquei com tanto medo de você fugir... - confessei. - Mas, você sempre me surpreende.

– Obrigada por ter vindo, não sabe o quanto isso foi importante...

– Se depender de mim, de agora em diante eu não saio mais de perto de você. - Segurei seu rosto com minhas duas mãos e a beijei novamente.

*

Nina

Se for um sonho, por favor não me acorde. Que tudo! Nunca imaginei me sentir tão bem envolta aos braços de alguém, como me sinto plena no abraço apertado do Caio.

Quando ele me beija é como ir do inferno ao paraíso em questão de segundos, sentir seu corpo másculo colado ao meu faz borboletas voarem na minha barriga e um fogo se acender mais em baixo, como a tempos eu não sentia.

– Nina!!! - Mari grita. - Vamos cantar os parabéns...

Olho pro Caio e ele assente, pega em minhas mãos e me guia pra dentro do barzinho. Em nossa mesa reservado tem um bolo e alguns enfeites, logo alguém puxa os Parabéns e todos acompanham. Caio me coloca de costas pra ele e enlaça o meu corpo enquanto bate palmas fico sem ação até ele sussurrar em meu ouvido:

– Você não está feliz, Nina? - sinto que ele a todo momento se preocupa comigo e isso me comove. Saio do meu modo surpresa e vivo o presente.

Cantamos os parabéns e um por um vai indo cumprimentar e tirar fotos com a Mari, Caio e eu permanecemos no canto até perceber que todos estão distraídos e afastados.

– Eu tenho que reconhecer que ele te faz bem! Você parece radiante diante dele, não parece aquela concha fechada. - Mari diz no meu ouvido, sorrio pra ela e aceno positivamente.

Eu estava feliz!

Após nossos cumprimentos e fotos de nós três juntos, Caio me puxa pra pista de dança e meu corpo se encaixa perfeitamente ao seu.

"Quando a gente se encontrar

Tudo vai ser tão perfeito

Eu quero te curtir demais

E eu vou aliviar

Esse aperto no meu peito

Que vontade, não dá mais

Se no telefone é bom

Imagine aqui bem perto

Eu sentindo o teu calor"

Começo a cantar junto com o cantor e Caio também acompanha cantando, me surpreendendo.

– Além de médico também é cantor?

– Nem tanto, né Nina...

– Canta mais um pouco pra eu te dar minha nota...

Ele abaixa a cabeça e fica com a boca colada em meu ouvido.

- "Eu só tenho cara de santinho

Sempre faço com jeitinho"

Ele canta e eu caio na risada, realmente ele não era tão bom cantando e ainda mais fazendo promessas com uma música dessa.

– Faz mesmo com jeitinho, Caio? - o provoco e passo minhas mãos pela sua nuca.

– Só pedir com jeitinho que te levo até o céu e te faço gritar...

– Assim eu não aguento mais... - sorrimos um para o outro.

– Você é terrível, Nina. Fazendo trocadilho com pagodes... - ele balança a cabeça com um sorriso lindo no rosto. - Precisava te ver, te ter assim meus braços. É muito gostoso!

– Também tô gostando muito. Mas, te peço calma... - digo. Eu já havia avançado muitos sinais com ele, e apesar de amar viver isso, ainda tinha que me manter na minha zona de conforto e segurança.

– Fiz algo que não te agradou?

– Lógico que não... - falo enrrugando a testa.

– Terei toda a calma do mundo minha pequena.

Trocamos alguns beijos durante a noite e enquanto eu conversava com algumas pessoas da escola, Caio não saia de perto de mim e ficava observando cada gesto que eu fazia. Me admirando.

Era estranho vivenciar isso, antigamente eu mal podia conversar com outras pessoas se estivesse acompanhada do meu ex, ele era totalmente controlador. Mas, agora tenho o Caio ao meu lado e ele assentindo ao meu lado toda vez que o incluo na conversa, era diferente. Diferente demais...

*

Mari se despedia de alguns amigos enquanto outros ainda se acabavam de beber e dançar.

– Nina, vamos. - Antônio diz vindo até mim e ignora Caio.

– Ei, Antônio... - o chamo, mas sou ignorada por ele que caminha em passos largos para o caixa.

Caio me aperta em seu braços.

– Você já quer ir?

– Irei com Antônio e Mariana.

– Não gostei desse cara. - ele diz sério. - Eu vim de carro e não ingeri nada alcoólico, pode confiar em mim.

– Eu sei que não, até por que fiquei ao teu lado o tempo todo... Mas já estava marcado assim que ele nos levaria pra casa. Ele é nosso amigo do estágio, fique tranquilo. - sorrio de lado, me sentindo poderosa por sentir um ar de ciúmes no ar.

– Ele leva ela e eu te levo.

– Por favor, Caio... Eu pedi paciência. - digo, dando um selinho nele.

– Iremos nos ver amanhã?

– Sinceramente não sei...

– Porque???

– Já fiquei 3 dias sem mexer no meu TCC, se eu deixar mais um dia me perco quando tiver que voltar...

– Eu sei que isso é importante pra você, mas aceita pelo menos jantar comigo, prometo não te levar pra casa muito tarde.

– Vou pensar, tudo bem? - digo sorrindo, e ele me dá um beijo de perder o fôlego.

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E aí, meninas, ela aceita ou não?!!
Hehehe
Espero que estejam gostando e não se esqueçam daquele comentário camarada.
Um beijo enorme... Em breve eu volto com mais... 😘

Onde foi que me perdi? [[Completo]]Onde histórias criam vida. Descubra agora