Capítulo 35 - Meu radar não falha

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Haroldo/Orelha

Algumas semanas antes...

Enfim batizei Miguel, o filho do meu melhor amigo Danilo. Mas não me sentia um mero padrinho como sua mulher chata enfatizava. Me sentia o tio desse bebezão, mesmo não sendo sangue do Danilo nos considerávamos como irmãos e assim seria, independente da distância.

O batizado foi um porre, quase dormi, Olivia a insuportável da mulher dele teve que me cutucar para eu ir lá acender uma vela. Eu nem sabia o porquê.... Enfim essa baboseira acabou e fomos direto para casa de Danilo "bebemorar".

- Por favor, Haroldo, vê se controla... não é open bar aqui não.... - Olívia diz, chegando próximo a mim com o bebê no colo.

- Bla, bla, bla... - falo já um pouco alterado. - A Eliane não vai aparecer nunca?

- Você não devia nem falar no nome dela, seu escroto.

- Adoro mulher esquentadinha.... Mas uma pena que a gestação te deixou tão fora de forma. Não sei como Danilo ainda sente prazer por você...

Faz tanto tempo que não tenho folga, que uma cervejinha já tinha me deixado tonto e um pouco alterado. Parei? CLARO QUE NÃO, vou comemorar o máximo que posso. Já que agora eu oficialmente sou um tipo de membro da família.

- Não irei falar de novo, entendeu? - ela diz um pouco mais alto. - Não estrague a festa de batizado do meu filho...

- Relaxa esquentadinha.... - Ela sai me deixando sozinha com o meu canecão companheiro de cerveja. Olivia, aquela mulherzinha sem sal, teria que me engolir.

Caralho, eu estava começando a ficar bêbado pra caramba, Danilo me acompanhava no copo, eramos a dupla mais animada da festa. Meu celular não parava de tocar desde o batizado na igreja, fiz uma careta quando vi que era a Vanessa, não queria atender suas necessidades. Hoje eu queria só curtir com meu amigo do peito, camarada da vida e orgias.

Sim, Danilo e eu já dividimos de tudo nessa vida. Eram os nossos melhores momentos juntos enquanto dividíamos a sobremesa, porque o prato principal eu não daria nem um pouquinho a ninguém. Por mais eu pedisse a Eliane que fosse mais ousada em nosso relacionamento, ainda assim eu queria ser seu único homem em sua vida.

O telefone não para de tocar e acabo atendendo.

- Faala, porra!

- Nossa, quanta agressividade... será que na cama aguentaria o fogo que eu estou sentindo hoje? - ela diz e solta uma risada travessa.

Ela acha que sou amigo dela, mas na verdade só a trato bem pra poder comê-la e no fundo ela sabia disso e gostava tanto quanto eu. Era uma vagabunda mesmo.

- O que você quer vagabunda?

- Aí, não fala assim que já fico acessa. Adoro quando você me trata assim...

- Putas como você mal completamos uma frase sacana e já estão de joelhos.... - bebo mais um gole da cerveja gelada. 

- Não te liguei pra você me fazer ficar acessa no telefone, Haroldo. Sei o quanto é bom em ser sem escrúpulos e me deixar doida.... - não deixo ela terminar de falar.

Onde foi que me perdi? [[Completo]]Onde histórias criam vida. Descubra agora