Capítulo 23 - Amigos!

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Caio

Meu celular toca a cada cinco minutos e eu já estou ficando doido. O pessoal do hospital estava alvoroçado com o baile e me encheram o dia todo pra saber quais seriam os itens leiloados, se havia convidados celebridades e se o buffet era de boa qualidade.

Ainda bem que Nina me arrumou uma boa cerimonialista e assim não tive que me preocupar também com os últimos preparativos do baile.

Mais uma mensagem, agora de Vanessa perguntando se eu precisava de ajuda.

- Que saco! - bufo. Pego minhas coisas e saio da minha sala.

Preciso me arrumar e buscar minhas garotas. Ao lembrar de Nina sorrio, nosso relacionamento estava cada dia melhor. Não vejo a hora de apresenta-la a todos como minha namorada. Heitor vai delirar.

*

Chego em casa e vou direto para o banho, Ivone deixou minha roupa passada em cima da cama. É só um terno grafite e uma camisa branca. De acordo com mamãe, realçava meus olhos.

Assim que saio do banho o celular apita. Não tenho a menor vontade de ver a mensagem, porém poderia ser Nina e bem… Eu estava certo, era minha pequena.

“Lindo, estou muito atrasada e para ajudar a Mari teve um problema com o carro dela e não vai poder ir. Vai com a Nabia e eu chego mais tarde. Não quero atrasar vocês.”

Porra! Meu receio era que Nina desistisse de ir. Ultimamente ela está bem aberta e não mais foge de mim, mas mesmo assim, às vezes, me bate uma  insegurança. Respiro fundo e respondo.

“Ok, pequena. Mas você vai mesmo, né? Ou eu posso ir te buscar assim que ficar pronta!”

Assim ela não teria como arrumar desculpas para não ir.

“Não Caio, o anfitrião da festa não pode sair assim, além do mais você é o rostinho do hospital, como vão fazer doações a ONGs sem você lá? Eu vou assim que ficar pronta, prometo!! ;)”

Fico mais aliviado com sua promessa e corro terminar de me arrumar, ainda tinha que buscar minha mãe e não poderia chegar depois do primeiro convidado.

*

Todos os rostos convidados estavam ali. Mal conseguia para para beber algo, os comprimentos me parabenizando pela festa era constante. Sei que estava ali para arrecadar grana para as ONGs, mas meus olhos varriam o salão bem decorado procurando uma só pessoa, Nina, e nada dela ainda.

Já havia mandado três mensagens entre um abraço e outro, porém não me respondeu nenhuma vez. Minha mãe percebeu meu nervosismo e me avisou que iria ligar para Nina.

Mamãe estava sentada na mesa junto ao Heitor que como nós dois procurava por Nina. Velho doido, nem ao menos a conhecia, mas já estava ansioso por ela.

- Ei, chefinho. – Orelha se aproxima de mim com dois copos de Whisky. – Cadê a sua mulher?

- Esta a caminho, eu acho… – Pego um copo da mão dele e dou um gole. – Pensei que você não viria.

- E perder de ver essas gatas? Ta louco, é? - sorrimos juntos, Orelha tinha razão, a festa estava recheadas de mulheres bonitas, mas nenhuma me chamava mais a atenção. – Eu só estou dando uma passada rápida. Preciso ir dormir. Amanhã tenho quatro cirurgias complicadas...

- Eu vi mesmo... por isso pensei que não viria. Fique pelo menos até a Nina chegar.

- Se ela vier, né? – Às vezes tenho vontade de socar o Orelha com suas piadinhas. – Só vou terminar de beber e já vou embora cara, preciso estar inteiro amanhã.

Onde foi que me perdi? [[Completo]]Onde histórias criam vida. Descubra agora