Capítulo 3

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Q UANDO M IKE ESTACIONOU O JIPE NA FRENTE DE SUA CASA ,eu olhei abismada, já que pensei que ele me levaria diretamente para a minha.Eu sabia que Mike morava com o pai, a irmã mais nova e a avó. Não conhecia muitos detalhes de sua vida, mas também sabia que a família dele era até bem de vida, porém um pouco distante no tratamento caloroso. Eu sabia que ele era mais apegado à irmã, que tinham um relacionamento bem próximo, o que eu achava fofo. O sobrado amplo tinha um gramado extenso à frente e o pórtico da entrada mais parecia aqueles que víamos em filmes antigos, rodeado de flores por todos os lados. Mike desligou o carro e manteve as mãos agarradas ao volante, como se estivesse se controlando por alguma razão. Quando olhei para ele, percebi que me encarava de volta e seus olhos estavam de um tom azul tempestuoso.
- O que estamos fazendo aqui? - perguntei tentando disfarçar meu constrangimento. Eu podia jurar que conseguia ouvir os grilos do lado de fora do carro.
- Nem eu sei, Sunny - ele respondeu e passou as mãos asperamente pelo rosto. - Talvez fosse melhor te levar para sua casa, mas eu só queria ter você um pouco mais pra mim. Quando disse aquilo, Mike olhou diretamente em meus olhos.Oh, meu Deus. Eu senti arrepios por todo o meu corpo. Podia jurar que dava para ver os pelos arrepiados ao olho nu. Lá estava o objeto do meu desejo e obsessão por meses. O mesmo cara que me "salvou", dando bastante ênfase nas aspas, porque eu ainda achava que poderia ter dado uma joelhada nos países baixos de Tyson e estaríamos resolvidos. Lá estava ele... olhando-me com aquelas duas pedras de diamantes que tinham um brilho único e ardente. E do outro lado do carro estava eu... sempre tão descolada e com a língua afiada e as respostas prontas. Minha atitude era meu precedente. Mas eu conseguia pensar em conversar algo sólido com Mike me olhando daquela forma? Claro que não. Porque ele tirava minha concentração. Fazia com que as sinapses do meu cérebro entrassem num curto-circuito muito doido e se atirassem em polvorosa de um despenhadeiro.
- Você não vai dizer nada? - perguntou. Uma característica bastante evidente em Mike era o fato de que ele era extremamente recluso e calado. Quase nunca escutávamos suas pérolas de sabedoria, que existiam, porque eu já tinha deparado com elas quando ele estava junto de Thomas. Mas sozinho? Ele era quase como um cara tímido e isolado das confusões que o Ensino Médio criava ao redor de todos os adolescentes. Claro que isso quando ele fazia parte do grupo do Ensino Médio. Agora ele era um universitário e estava em um patamar elevadíssimo se comparado a nós, meros mortais colegiais, que devíamos enfrentar diariamente horas e horas sentados com nossos traseiros grudados nas salas de aula, ouvindo aquilo que cada professor achava pertinente para nosso futuro. - Estou pensando em algo inteligente e descolado para falar, mas tenho que admitir que estou nervosa - admiti e alisei a barra do meu vestido de baile. - Sunshine Walker, a destemida irmã mais nova de Rainbow Walker, gêmea do impertinente Storm, nervosa? - perguntou, e sua sobrancelha estava erguida em descrença. Minha vontade era pigarrear exatamente como eu fazia antes de uma apresentação oral em sala de aula, especialmente quando era aula do professor Clark, de Inglês. Era uma merda e eu ficava nervosa ao extremo, o que me levava a fazer aqueles ruídos estranhos na garganta, tentando recuperar a habilidade da fala normal.
- O que posso fazer, não é? Você me pegou de surpresa... quero dizer...
Eu quero passar um tempo com você, só não sabia que... - Como eu falaria aquilo de forma correta? - Eu não estou habituada a... como vou dizer... ai, meu Deus... Mike apoiou os braços no volante e continuou a me encarar esperando pela sentença que custava a sair dos meus lábios. Oh, minha nossa. Era difícil admitir algo naquele nível. Quero dizer, não é algo tão simples você estar numa conversa banal com um cara e de repente você solta: ah, tá... desculpa aí, mas acho que não seria tão legal ficarmos num local tão isolado e acolhedor, pois eu não poderia fornecer aquilo que você está procurando...Era bem ridículo pensar num diálogo daquele jeito. Já bastava que Tayllie risse da minha cara até dizer chega quando soube que eu era mais pura que as flores que cresciam no campo. Certo... vamos falar sobre rótulos e etiquetas. Embalagens e conteúdos. Através dessas pequenas metáforas era capaz que eu conseguisse explicar a mim mesma. Ou não. Certas coisas não podiam ser explicadas. Minha família era bem diferente da maioria. Enquanto o ideal de família americana funcionava pela propaganda de comercial de margarina, a minha era um tanto quanto estranha. Não disfuncional, porque ela funcionava bem, mas era estranha aos olhos de muitos. Meus pais eram tipo totalmente hippies. No sentido mais amplo da palavra. Quando as pessoas se encontravam com eles era como se tivessem voltado ao tempo e estivessem vendo uma imagem holográfica de um casal dos idos anos 1960 ou 1970 e toda aquela cultura de paz e amor, sexo livre e drogas ilícitas liberadas para dar um frisson e barato na cabeça. Desde o estilo visual ao estilo de vida, meus pais optaram por seguir essa linha de vida, e tanto eu como meus irmãos crescemos acostumados a essas esquisitices. Storm saudava o Sol aos sábados em alguns dias do mês, eu e Rainbow fazíamos trabalhos manuais e colheitas das verduras sem agrotóxicos que eles faziam questão de plantar. Enfim, toda espécie de coisas esquisitas que alguém vinculasse ao mundo hippie poderia ser encontrada na casa dos Walker. Claro que na forma dos meus pais, já que os três filhos os decepcionaram por completo quando não seguiram sua linha e filosofia de vida. Embora tivéssemos nossos nomes supercoloridos e que entregavam totalmente que algo não batia bem na cabeça dos meus pais quando nos registraram, cada um de nós tinha uma personalidade única e pessoal. Rainbow era centrada e pacata. Isolada e tão antissocial que fazia o nome parecer esquisito, já que sua personalidade combinava com a cor cinza, em vez de todo o colorido do arco-íris ao qual seu nome remetia. Claro que, desde que Thomas
Reynard entrara na vida dela, minha irmã parecia outra versão repaginada e com um upgrade fantástico. Foi-se embora a acabrunhada Rainbow e entrou no lugar a namorada apaixonada e florida, cheia de palavras doces e atitudes enamoradas. Era até revoltante ficar ao redor dela desde que eu estava sozinha na seca. Thunder Storm, mais conhecido pelo redutivo econômico de seu nome, Storm, era meu irmão gêmeo, um pé no saco geral, prepotente e seguro de si. Marrento e típico rato de academia. Na verdade, ele era obcecado com esportes e estava maravilhado por ter conquistado o posto de quarterback do time de Westwood Garden High School, agora que era sênior e Thomas deixara o cargo vago. Então, o idiota estava se achando porque agora era o capitão do time dos West Bears. Enfim, ele era um ser anormal. Uma força da natureza, tal qual o nome lhe dava referência. E, fazendo essa descrição breve dos meus irmãos, eu chego em mim, dizendo e admitindo que sempre fui a festeira e mais empolgada dos três, sempre um espírito livre e aventureiro, em busca de novas amizades e emoções. Mas havia uma diferença e uma similaridade entre nós três. Éramos diferentes em características pessoais e comportamentais. Cada um tinha um jeito de lidar com suas próprias merdas e tal. Mas a similaridade ficava por conta do fato de que, mesmo tendo sido criados por pais totalmente liberais e permissivos, que nos davam passe livre para todo e qualquer avanço no quesito de liberação sexual, ainda assim, éramos extremamente seletivos e fechados em nossas mentes nesse assunto. Rainbow era tão virginal que qualquer pessoa a duzentos raios de distância conseguiria detectá-la num alerta de virgem na área. Ela tinha aquela aura pura e meio sobrenatural, sei lá, de uma garota intocada, e essas coisas todas. Mesmo namorando Thomas, ela dizia que ainda não tinha sentido na alma e no coração o momento certo, mas que saberia. Só não concordava em ceder a um modismo e hábito social para se enturmar e se enquadrar na sociedade de meninas não virgens. E eu... bem... eu fazia o lance do rótulo tosco, sabe? Que te dava uma ideia de algo, mas na verdade era outro. Muitas pessoas me rotulavam pelo exterior, pelo fato de eu me vestir despojadamente, curtir festejar com minhas amigas e fazer questão de demonstrar isso, como se eu fosse uma vadia largada e perdida na vida. O fato de ser extremamente extrovertida e falante levava as pessoas ao pensamento de que eu era dada assim também em todas as áreas da minha vida. O que não era nem um pouco verdade. Meu rótulo podia mostrar pimenta malagueta por fora, mas por dentro eu era uma simples pimenta de cheiro. Sacaram a metáfora? Eu ainda não tinha sentido nenhuma vontade de entregar meu corpo ao léu e ao bel-prazer dos desfrutes sexuais da vida, simplesmente para cumprir um protocolo que a sociedade exigia. Ou porque todas as minhas amigas já tinham feito sexo. E daí se eu não quis ou não queria até aquele momento, porra? Minha energia sexual ainda não estava ativada. Eu gostava de ficar com os garotos? Claro. Que garota na minha idade não curtia trocar uns beijos e amassos de vez em quando com um cara gato e de fazer virar os olhinhos nas órbitas? Minha nossa, que garota nunca quis ou sonhou encontrar com Zack Efron nos corredores de uma escola e pedir para cantar um High School Musical junto,ser a bola de basquete ou ser o que ele quisesse? Eu sabia a coreografia de todas as canções do filme, só para o caso de algum dia me deparar com Zac pela frente e ele precisar de uma parceira de dança para relembrar o filme do passado. Eu sempre curti os garotos. Na verdade, sempre curti o frisson de fazer com que os garotos ficassem a fim de mim. Era uma sensação prazerosa e de extremo poder feminino perceber que eu poderia ser capaz de atrair os olhares de um garoto diretamente para mim. Isso poderia até fazer de mim uma garota fútil, mas, enfim, eu encarava mais como uma atitude tipicamente da minha adolescência do que outra coisa. Então, voltando à energia sexual fluida, eu nunca havia sentido nas entranhas algo tão poderoso e contagiante que fizesse com que eu sentisse vontade de simplesmente sentir o contato com outro ser humano como se aquilo fosse o mais importante da minha vida, não importando mais nada... até Mike Crawford surgir na minha frente.E ele estava bagunçando minha cabeça de uma forma peculiar. Porque por um lado eu queria apenas jogar às favas toda e qualquer ressalva que tivesse quanto à resolução de guardar minha pureza, mesmo estando no auge dos meus dezessete anos e ser praticamente a "última das moicanas" virgens da escola. Mas, por outro lado, eu sabia que, se tomasse alguma decisão impensada ou baseada apenas na força dos meus hormônios, eu poderia me arrepender amargamente lááááá na frente. E isso era algo que queria evitar a todo custo. Porque ninguém poderia ser responsável pelo peso da culpa de ser
participante de algum episódio onde o arrependimento fosse o primeiro sentimento a vibrar no peito, atrelado a lembranças que nunca poderiam ser desfeitas. Percebi que divaguei em minha mente loucamente e Mike esperava uma resposta. Engoli em seco e fui salva pelo toque do meu celular. Atendi como se minha vida dependesse daquilo.
- Alô? Storm gritava do outro lado e afastei o ouvido.
- Sunshine! Onde você está, porra? - perguntou. Não, espera. Gritou. Espera... urrou no meu ouvido.
- Bem, acho que estou meio surda agora com esse grito desnecessário, então acho que estou a caminho de um hospital, talvez para ver se encontro um otorrino de plantão... quem sabe ele pode implantar ou reconstruir meu tímpano - falei e ouvi Mike rir ao meu lado.
- Eu quero saber onde você está agora mesmo. E não estou de graça. Vim te buscar no baile e você está aqui? Não. Claro que não. Você saiu. E qual não foi minha surpresa quando me falaram que saiu acompanhada! - Storm voltou a gritar de novo. - Storm?
- O que é? - ladrou do outro lado. - Por que você está gritando? - perguntei baixinho.
- Porque eu estou nervoso pra caralho, cacete! Com quem você saiu afinal? Quem é o cara que vou ter que dar umas porradas? E Sunny, pelo amor que você tem a esses seus cabelos e tranças esquisitas, e pelo amor que eu tenho à minha bola oval... nossa, espera, pegou mal essa expressão... quis dizer minha bola de futebol, não minhas outras bolas - falou e eu revirei os olhos segurando o riso -, eu espero que você esteja de roupas, porra. E que você não tenha feito absolutamente nada indecente, e que a mão desse cara tenha ficado concentrada no norte, bem no norte, ou eu vou dar uma surra nele e em você junto.
- Storm... eu saí com o Mike - falei e olhei para o dito-cujo que estava me olhando ostensivamente.
- Que Mike? Temos outro Mike na escola? Quem é esse Mike?
- Storm, pelo amor de Deus, você cheirou a grama do campo de futebol, seu burro? O Mike, do Thomas - falei aquilo e Mike ergueu a sobrancelha. Era estranho associá-lo daquela maneira, mas era o jeito mais fácil de fazer Storm entender. Dei de ombros pra ele.
- Aaaaah... por que não falou antes? - Antes ou depois de você me deixar surda? - perguntei. - Deixe-me ver... porque você não me deixou falar em momento algum, seu tapado? Já foi tirando conclusões precipitadas. Droga. Storm tinha chegado ao baile e aquela era a informação que ele havia recebido. Logo, segunda-feira o rádio-corredor da escola seria intenso. Eu seria a "puta" do baile. Show.
- Okay. Então o Mike vai te deixar em casa, certo? - Storm confirmou. Senti que era uma pergunta com tom de ordem.Desde que meus pais pegaram o hábito de se enfiar em comunidades hippies por alguns meses do ano, deixando-nos sozinhos, como havia acontecido ano passado, quando Rainbow ficou responsável por nós - e foi uma barra no início, diga-se de passagem -, Storm adquiriu aquela mania impertinente. Se ele já era controlador e ciumento, agora ele era um pouco mais.
- Sim, Storm. Ele vai me levar pra casa.
- Agora, certo?
- Não agora.
- Por que não agora? Onde você está? Eu vou te buscar, porra. Você precisa dormir. Comecei a rir do disparate do meu irmão gêmeo.
- Torm, eu juro que vou colocar uma minhoca da horta do pai dentro da sua cueca se você não parar de me encher o saco! O Mike vai me levar na hora que ele for me levar! Eu estaria no baile ainda, seu idiota! - falei com raiva agora.
- O que é isso? Você virou a polícia lá de casa?
- Escuta aqui, pirralha...
- Storm?
- O que é? - Você é mais velho por meros dois minutos - falei e suspirei. - Isso não te dá o direito de me chamar de pirralha. Qual é... a Rainbow mandou você ir atrás de mim?
- Não... e, agora que você falou, acabei de me lembrar que deixei aquela outra lá sozinha em casa com o Thomas. Meu Deus... minha vida se resumiu a virar guardião da pureza das minhas irmãs. O que fiz para merecer isso? O que fiz? - Suspirou audivelmente.
- Para de torrar seus créditos do celular e vai embora pra casa. Eu vou daqui a pouco.
- Okay, Sunny. Mantenha tudo em ordem - falou rapidamente. - E estou me referindo às roupas. Dizendo aquilo, ele desligou.
- Meu Deus... juro que Storm pode enlouquecer qualquer pessoa na face da Terra - falei para Mike e olhei de lado para ver sua reação. Ele estava com a cabeça apoiada no encosto do carro, apenas me olhando, admirado com meu diálogo tão esclarecedor.
- Seu irmão te ama, Sunny. Ele só está preocupado e cuidando de você. Não é nada de mais. Vou te levar pra casa - disse e deu partida no carro. Coloquei minha mão sobre a sua tentando fazê-lo parar.
- Não, Mike. Você disse que queria... queria passar um tempo.- Amanhã eu vou te pegar em casa e vamos dar uma volta, o que você acha? - perguntou enquanto colocava o carro em marcha. Apenas assenti e aceitei que minha noite estava encerrada. Eu mataria Storm. Aquele matador de clima romântico de uma figa! Quando chegamos à frente da minha casa, Mike me ajudou a descer e já à porta, antes que eu abrisse, segurou meu rosto entre suas mãos quentes e depositou um beijo longo e acalentador nos meus lábios. Nada de línguas ou dentes mordendo nem nada. Nada de selvagem ou áspero. Apenas um beijo para marcar um compromisso e deixar registrado que haveria algo mais depois. Aquele beijo era como uma promessa.

MIKE
Todo o trajeto de Princeton para Westwood eu fiquei calado. Thomas devia ter sentido o clima em que me encontrava e não forçou a barra em nenhuma conversa banal. Foi bom que ficou o tempo todo mexendo em seu celular enquanto eu pensava no que faria assim que chegasse e quais seriam meus passos seguintes. Thomas não sabia do meu vício em Sunshine e eu pretendia que ficasse meio em segredo, até que enfim eu a reivindicasse adequadamente. Deixei o idiota apaixonado na casa de Rainbow e nem dei margem para uma chamada a entrar nem nada. O maldito baile já devia estar em plena atividade, logo eu só teria tempo de trocar de roupa rapidamente e seguir para a escola. Fiz tudo o que precisava na maior pressa possível, sem dar margem ao acaso, segui para o ginásio e quase quebrei as articulações dos meus próprios dedos quando apertei as mãos em punhos cerrados, no momento em que vi Sunny dançando com um idiota qualquer. Ou o tal de que Thomas havia falado mais cedo. À medida que eu chegava mais perto percebia que as mãos do infeliz estavam espalmando o traseiro de Sunny, mas ela tentava sair de seu agarre, o que me fez ver vermelho-sangue. Eu sempre achei que aquela era puramente uma expressão qualquer para simbolizar quando alguém estava com raiva. Nunca percebi que realmente, quando batia em você, parecia que uma névoa vermelha recobria a frente da retina e tudo ficava colorido em puro ódio rubro. Só não bati no garoto naquele momento porque a mão de Sunshine apoiada em meu corpo foi o suficiente para me deixar centrado em minhas emoções. Saí dali e confesso que a carreguei como um homem das cavernas faria com sua carga, e não me envergonho. Quer dizer, pode ser que me envergonhe em algum momento, mas foda-se. Sunshine era minha. Eu não a reivindiquei antes para deixar qualquer palhaço passar a mão ou tratá-la com falta de respeito, porra! Depois de conseguir controlar meu temperamento da melhor maneira que consegui, foi a hora de mostrar que eu a queria seriamente. Aquela repetição do beijo que trocamos naquela festa longínqua foi melhor do que eu poderia ter sonhado. Sunny mexia comigo como nenhuma outra garota conseguia fazer. Minha ideia realmente era levá-la para minha casa, para minha cama e fazê-la entender que dali em diante estávamos em um relacionamento profundamente emocional e físico. Quando percebi sua timidez súbita e retraimento assim que chegamos à minha garagem, notei que talvez ela não estivesse preparada para o passo que eu queria dar com ela. Caralho. Seria uma questão de ter paciência e frieza de espírito e esperar que minha garota estivesse pronta para se aquecer sob o toque das minhas mãos.

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