24º Capítulo •

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Ana Clara

- RESPONDE PORRA. - Gritei. - Escutei um tiro. Olhei pra trás e Pedro estava no chão com a mão no braço. Tinha um homem om uma arma na mão.

- Ele não vai responder, nada do que você perguntar. - Essa voz. A voz que eu tanto amei durante tanto tempo. - Olá Clarinha, quanto tempo não?

- O que você quer Erick? O que você tem haver com isso? E o que você tá fazendo aqui?

- Como você acha que eu conheci a Renata? Sou RK Dono do morro da rocinha. Mas eu não quero briga. - Jogou a arma no chão. - Quero responder suas perguntas e te explicar sua vida. Mas dele você não vai ter nada. - Peguei meu radinho na cintura.

- LG vem com mais alguns moleques aqui na sala de tortura, trás o kit de primeiros socorros rápido. - Falei com raiva no radio e fui até Pedro que estava se levantando e preparado para avançar em Erick. - Porque você você quer me ajudar? E porque ele não vai falar nada? - Perguntei olhando para Pedro pedindo com o olhar para ele se acalmar.

- Ele foi no meu morro a procura de drogas e como já estava mais pra la do que pra ca me contou toda a historia, eu sei que a ultima coisa que eu mereço é o seu perdão então como forma de me redimir quero te explicar toda a situação. - LG chegou com o kit, peguei de sua mão e voltei até Pedro.

- O que você vai fazer? - Ele perguntou olhando nos meus olhos.

- Retirar a bala. - Falei com a pinça já em mãos, próxima do seu braço

- To falando em relação a ele. - Apontou com a cabeça para o Erick e fez um careta por ter sido a hora que eu estava retirando a bala.

- Vou sentar e escutar. - Falei simplesmente, não tinha nada a perder.

- Então manda os moleques embora que eu vou ficar com você. - Ele falou me ajudando a enfaixar seu braço.

- Você vai pra casa, você acabou e levar um tiro. - Falei e fiz careta para Erick.

- Nem fudendo. - Peguei em sua mão e o ajudei a levantar. Ele me deu um selinho e fomos pra perto do Erick, não conseguiria faze-lo ir para casa nem que eu quisesse.

- Pode começar.

- Bom, primeiramente, você não é filha dele...

- O que? Como assim? Ta ficando louco? - Perguntei exaltada o olhando como se ele tivesse três cabeças.

- Na verdade não, você é filha do seu tio. Sua mãe sempre foi muito certinha e sempre honrou o casamento, mas seu tio era obcecado pela sua mãe e queria fazer de tudo para estragar com o relacionamento dela então ele tramou um sequestro e estrupou sua mãe não foi só uma vez, desculpe te falar isso assim do nada, mas você veio de um estrupo clarinha. - Ele falou simplesmente, sem nenhuma emoção aparente.

- Mas, como, por que minha mãe não me contou, ou contou pra minha madrinha? Ela não contou pra ninguém. - Sussurrei a ultima parte.

- Quem me contou isso foi a minha mãe. Sua mãe nunca se interessou em fazer o teste de DNA ja que você era a cara dela, já ele - Apontou para Alex - Desconfiou desde o inicio que você poderia não ser filha dele, mas ele não imaginou que seu "tio" poderia ter forçado sua mãe, então ele tramou tudo e fez o teste de DNA, foi a partir dai que ele começou a maltratar as duas e a beber e se drogar. Sua mãe só veio descobrir sobre isso nas ultimas semanas de vida, ela ate tava se preparando pra te contar mas ele a matou antes disso e te deixou uma carta. - Ele esticou a mão com um pedaço de papel em formato de envelope. Mas em meus olhos só se via raiva, o maior dos ódios. Sai da cadeira voada e fui pra cima do cara que devia me amar e me entender. Lhe dei uma sequência de socos. Respirei fundo, não se via nada em seu rosto além de sangue, senti grandes mais na minha cintura me puxando para longe Pedro me virou e me abraçou. Respirei fundo e me afastei voltando lara Erick.

- Espera aí, nós eramos primos quando nos envolvemos, então o que tivemos foi...

- INCESTO - Falamos alto juntos, com cara de nojo.

- Você é meu irmão então seu pai é meu pai. Cadê ele? Eu preciso descontar minha raiva nele também. - Falei sentando ao seu lado novamente.

- Ele morreu tem 2 meses. Depois de 17 anos bebendo e se drogando porque não tinha conquistado o amor da sua mãe ele morreu de uma overdose. - Ele falou simplesmente.

- E sua mãe? - Ele baixou a cabeça

- Eu não sei, ela saiu de casa quando descobriu o que meu pai tinha feito. Ainda mantemos contato mas ela se recusa a me contar onde esta morando, ela disse que precisava de um tempo. Nos encontramos as vezes mas ela não quer que eu saiba onde ela está.

- Como e o nome dela? - Perguntei.

- Fátima. - Falou sorrindo.

Meu radinho começou a apitar e o do Pedro também. Em seguida ouve-se os fogos.

💭 Invasão!!!

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*Continua...*

§¶ 29-08-2022 ¶§ (REVISADO)

Several Fucks Ana {~Concluída~}Onde histórias criam vida. Descubra agora