42° Capitulo

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Pedro Henrique

Quando saí do banho, minha cama estava arrumada, meu quarto com um cheiro de madeira que eu tanto gosto, era um costume que eu não abria mão, o cheiro tradicional da "minha" morena tinha que está em todo meu quarto. ⁶Nunca trouxe Renata aqui, era um local que apenas Ana tinha entrado e iria permanecer assim, até que ela escolhesse voltar. Vi em cima da minha cabeceira um papel ao lado do quadro da minha foto com Ana, que me chamou atenção. Pus a calça de moletom que estava em cima da cama, liguei o ar-condicionado e deitei.

Peguei o papel e vi que era o poema que estava escrito com a Letra de Ana, respirei fundo, será que eu estava preparado para ler. Ao lado tinha um bilhete.

Mikael encontrou em casa, e disse que estava na hora de você ler!
Ass: Jully

Respirei fundo e pequei o papel muito bem dobrado, abri com cuidado e me encostei na cama. Fechei os olhos por alguns segundos, em seguida os abri e comecei a ler.

E se, uma pessoa otimista escrevesse sobre o amor?

A o amor, ja economizei muito, hoje não mais. Ja disse eu te amo, sem amar. Ja amei sem demonstrar. E isso machuca, você e a outra pessoa. O amor é uma coisa linda. O amor não machuca, ele dá um jeitinho, concerta pessoas quebradas, preenche pessoas vazias. Sempre tem um jeito no amor. Aquele jeitinho especial que se dá quando ama. Pessoas vem e vão, mas o amor fica. Eu ainda amo uma pessoa que partiu. Aaaaa mas ja faz muito tempo, ja faz tanto tempo que nem lembro dela direito mas sei que amo, sei que sempre vou amar. Porque o amor é bom, o amor nos deixa leve, o amor a o amor, ele nos faz flutuar. Tem uma palavra que se assemelha com amor, a Saudade, e como bem diz a música: "só se sente saudade, do que é bom, se chorei de saudade não foi por fraqueza, foi porque eu amei.". Termino dizendo, ame, ame como se não houvesse amanhã, realmente, o amanhã é incerto, e pode nem chegar. Então expresse seu amor, diga o quanto ama, diga o quanto quer, fale sobre a importância daquelas pessoas. Não espere que seja tarde de mais para dizer que ja amou alguém.Não diga que ama no calor do momento, seja sincero e verdadeiro, vá em busca, não deixe ir, seja como for, ame até o fim.

F

inalizei a porra do poema com os olhos como cachoeiras. Antes mesmo de tudo acontecer ela já sabia que eu ia foder tudo. Peguei o celular e olhei seu contato, mandei mensagem todos esses anos e não obtive resposta mesmo assim, meus dedos foram mais ágeis.

PH: Vamos conversar? Eu só fiz merda, mas eu prometo compensar, desculpa, por favor, eu sou um merda sem você. Você me fez melhor, e eu te deixei ir, vamos conversar por favor.

Respirei fundo e enviei, esperando ver o mesmo tracinho único de todas as vezes, mas dessa vez foi diferente, vieram os dois tracinhos, seguidos de um online e enfim digitando

Morena🤎😍: Amanhã Pedro Henrique! Vá dormir.

Eu sorria como criança que ganhou doce.

PH: Eu te amo

Enviei, mas novamente só um tracinho, nem mesmo isso pode deixar a minha noite triste.
Os dois primeiros meses que ela foi embora eu passei procurando por ela, em todos os cantos possíveis, mas não a encontrei, foi como se ela tivesse evaporado do planeta, sumido do mapa. Então eu desisti, tendo em mente que se ela quisesse ser achada, ela apareceria. Dormi novamente pensando nela, como fazia a mais de 1001 noites.

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Acordei com um converseiro lá em baixo, minha cabeça prestes a explodir, estava pronto para acabar com essa algazarra, quando ouvi a voz dela, podia ser coisa da minha cabeça, mas era bom de mais para ser interrompida, quando vi que não ia parar resolvi descer e movido pela vontade de vê-la desci apenas com a calça de moletom que havia dormido, sem camisa ou chinelo.

Desci as escadas de dois em dois degraus e quando cheguei ao pé dela finalmente tive o vislumbre da linda mulher que ela havia se tornado, não era mais aquela garotinha que eu havia conhecido, estava uma mulher, madura, linda e gostosa pra caralho. Me perdi em pensamentos analisando o corpo e o sorriso dela, quando senti uma pequena mãozinha puxando minha calça, olhei para baixo e uma linda menininha negra dos olhos azuis e lindos cabelos cacheados me chamava com o dedinho, eu a peguei no colo.

— Você é o titio Pedro? — Ela perguntou com uma vozinha fofa passando a mão em meu rosto. Eu sorri, quem seria aquela garotinha? A não ser que... não... não pode ser. Meu sorriso se desfez quado pensei na possibilidade dela ser filha de Ana. Será? Mas essa garotinha aparentava ter mais de 4 anos.

— Eu acho que sim, e você princesa? — Perguntei enquanto acariciava seus cabelos.

— Eu sou a Emilly. É um plaxer. — Ela ficou meio pensativa e se virou em meu colo — Tia Erika. — uma mulher do cabelo azul e amarelo se aproximou de nós.

— O que houve princesa? Olá PH. —Será que todo mundo me conhece e eu não conheço ninguém? A tal loira me olhou com um olhar entediado.

— Como é aquela palavra que você me ensinou? Pra cumprimentar as pessoas? — Eu sorri de sua doçura e inocência.

— Prazer em conhecer, princesa? — A tal Erika falou sorrindo.

— Isso. É um prazer tio Pedro. — A pequena me deu um beijo estalado na bochecha.

— O prazer e todo meu pequena. — beijei sua bochecha tambem.

— Aí esta você, sapeca. — Quando a voz daquela menina mulher chegou aos meus ouvidos, meu corpo todo se arrepiou, coisa que nenhuma mulher no morro conseguia fazer, nem mesmo com uma boa foda. Apenas com a voz ela faz meu pau querer levantar.

— Mamãe, eu conheci o Tio Pedro, Tio João, Tio kael, Tia Jully e vovó Mari, falta Tio Erick, ne mamãe? — Ela pulou do meu colo e foi para o lado da mãe. Meu coração doeu, era mesmo filha dela, eu perdi, por infantilidade, eu a perdi, ela tinha uma família, ela tinha a porra de uma família que nós dois não conseguimos ter.

— Isso mesmo princesa, titio Erick chega jaja. Olá PH. — Sua voz era fria, mas ainda sim, era a minha Morena. O fogo e o desejo em seus olhos era eminente.

— Oi morena. — Ela deu um sorrisinho de lado. Ao mesmo tempo que Erick entra correndo pela porta da frente.

— Queridos, cheguei. — Ele veio ate nós, abraçou Ana, conheceu Erika, e pegou a pequena Emilly no colo. Não percebi o momento que Erika saiu, mas ficamos apenas nos dois eu sorri.

— Podemos conversar morena? — Ela respirou fundo olhou para onde a pequena estava e assentiu. Ela foi andando pelo corredor até meu escritório e eu a segui. chegando la, tranquei a porta e a olhei, ela estava encostada na minha mesa de braços cruzados me aproximei devagar.

— Você me desbloqueou porque viria para cá? — Perguntei chegando perto.

— Você sabia que eu vinha? — Sua pergunta foi seguida de uma sombrancelha erguida.

— Apenas tolos respondem uma pergunta com outra pergunta Morena. — A desafiei chegando perto, muito perto.  — Eu não sabia. — Respondi rendido ao seu cheiro.

— Te desbloqueei porque iria fazer uma piada e te bloquear novamente, mas você foi mais rápido. — Ela falou deixando os braços cair ao lado do corpo. De queixo erguido ela me olhava, olhei para sua boca, e ela lambeu os lábios inferiores. Coloquei meus braços apoiado na mesa, um de cada lado de seu corpo. Nossas respirações estavam desregulada . Grudei nossas festas e respirei fundo, ela fechou os olhos e eu também...

💭Ela está aqui, comigo e isso é tudo que importa!

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*Continua...*

§¶ 21-09-2022 ¶§ (REVISADO)

Several Fucks Ana {~Concluída~}Onde histórias criam vida. Descubra agora