32° Capítulo

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Ana Clara

4 Meses depois.

Nesses quatro meses o Pedro tem sido só amores comigo, me apresentou ao morro como sua fiel em um baile que ele fez apenas pra isso. Lindo né?

Passamos esses quatro meses juntos, ao lado um do outro, em cima um do outro e ele dentro de mim.

💭Aproveitaram como coelhos no cio.

Minha barriga ja está bem à mostra, é uma menina, uma linda menininha. Na outra ultrassom descobrimos aue houve um erro de visualização, não eram duas mas uma apenas. Ficamos aliviados, mas já estávamos acostumados com o fato de serem duas. Quando descobrimos que seria uma menininha já moramos todo o quartinho a sua espera.

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Agora são 3 da manhã e eu acabei de acordar com uma dor insuportável na barriga. Olho para os lençóis da cama e estão todo sujos de sangue.

- Pedro! Pedroooo. - Balancei o Pedro con toda força que me restava e ele nem se mexia. Eu ja estava chorando horrores a dor estava ficando cada vez pior e eu só pensava na minha menina. - PEDRO HENRIQUE. - Gritei sacudindo o mesmo que caiu da cama, mas acordou. E olhou para minha cara ainda sonolento.

- O que fo... Mas que porra é essa Ana, pensei que gravidas não mestruassem. - seus olhos se arregalaram e eu chorava como nunca chorei.

- Pedro, não é menstruação porra, eu não vou aguentar. - Ele percebeu a dor na minha voz, meus olhos suplicavam.

💭Meu Deus a minha menina.

- Calma morena. Vai dar tudo certo. - Ele pegou o rádio. - MK vou levar a Ana pro hospital cuida das coisa. - Ele gritou no rádio enquanto colocava uma bermuda

- Como assim hospital cara? O que houve? - Ele parecia ter acabado de acordar totalmente assustado e já estava levantando da cama.

- To indo para o do centro, avisa ao João, a mãe e a Jully. - Ele jogou o rádio em qualquer lugar me pegou estilo noiva e me levou escada abaixo direto para a garagem. Pegou qualquer chave, destravou um carro e fomos até o hospital.

💭 Meu Deus proteje nossa menina.

Chegamos ao hospital e logo me levaram para uma sala onde o Pedro não podia entrar, eu ja não aguentava mais manter os olhos abertos, então aos poucos me deixei ser levada pela escuridão.

Pedro Henrique

Sem que eu percebece, sem ao menos a minha autorização, Ana Clara conseguiu romper todas as barreiras que eu impus no meu coração, nunca pensei que hoje ela estaria como minha fiel e aquela menininha sem papas na língua que chegou aqui sem nenhuma culpa, hoje seria a patroa do morro.

Seriamos pais de uma menina, a nossa menininha, e sem perceber eu ja amava aquele serzinho na barriga da minha mulher. Ela podia não ter o meu sangue, mas teria todo meu amor.

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Quando a Ana acordou desesperada no meio da noite, eu não sabia o que fazer, quando vi aquela quantidade gigante de sangue na cama, meu coração parou de bater e eu soube na mesma hora que algo estava errado voamos para o hospital, infringi ao menos 200 leis de trânsito, o percurso que era para durar 35 minutos durou 10 se não menos.

Me barraram! Não me deixar ir com a minha mulher, minha cabeça estava a mil, eu não conseguia pensar em nada a não ser, na minha mulher e na minha filha.

💭 Deus, eu nunca fui muito de falar com vossa senhoria, mas por favor, eu te imploro, cuida da minha mulher e da minha filha, eu te suplico por tudo que é mais sagrado. Eu não sei o que eu faria se algo acontecesse com uma das duas.

Sentei nas cadeiras colocando minha cabeça entre as mãos, em seguida puxando meus cabelos, eu queria chorar, mas não sabia como. Faz anos que eu não choro, desde a morte do meu pai, mais precisamente. E por mais que eu queira, não consigo, não sei como faz.

- Onde ela está? Cadê ela? - JL chegou gritando atrás vinha Jully e minha mãe.

- Eles levaram ela la pra dentro, não me deixaram entrar. - Baixei minha cabeça novamente e respirei fundo sem saber o que fazer.

- Ei, ela vai ficar bem, ela é forte. - Minha irmã sentou ao meu lado tentando confortar-me, sabendo eu que nem ela mesma estava acreditando em suas palavras.

- Nos conta o que aconteceu filho. - Minha mãe sentou ao meu lado e passou as mãos nas minhas costas numa carícia simples que me deu forças para falar.

- Nós estávamos dormindo. E ela me acordou gritando de dor, tipo, muita dor mesmo, ela chegou a chorar de dor, ela nunca chora, eu nunca vi a morena chorar mãe. - Falei desesperado para ela entender o real perigo da situação. - Os lençóis da cama estavam todos sujo de sangue. No início eu achei que era menstruação, mas aí ela começou a se desesperar e minha ação foi correr pra cá com ela, eu não sabia o que fazer eu me perdi. Só avisei ao Mickael pq ele era o primeiro da minha lista no rádio que estava mais perto que o celular. - Minha mãe estava de olhos arregalados. Não falou nada apenas baixou a cabeça e eu a escutei chorando baixinho.

Tem que dar tudo certo, tem que dar, depois de tudo que minha menina ja passou, ela não merece sofrer mais...

💭Por favor pai, me ajuda aí de cima, ou de qualquer lugar que você esteja.

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*Continua...*

§¶ 20-09-2022 ¶§ (REVISADO)

Several Fucks Ana {~Concluída~}Onde histórias criam vida. Descubra agora