Pedro Henrique
Estavamos naquela sala a quase 4 horas e nada de notícias, o sol ja havia nascido, e nada, médicos iam e vinham, mas nenhum tinha notícias de Ana, minha irmã, uma linda modelo vaidosa, não tinha mais unhas para roer e ignorou 2 entrevistas ao vivo. Minha mãe, uma mulher bem cuidada e resolvida, estava puxando os cabelos e inquieta, abraçando-se e pedindo desculpas ao além. JL nem parecia o braço direito de um chefe do crime, chorou como uma criança, quase espancou uma enfermeira e roeu todas as unhas. Eu estava sentado, não sabia mais o que fazer, olhando para o corredor esperando um médico, uma enfermeira ou alguém, o satanás que fosse, para dar uma boa notícia sobre a minha mulher. Até que finalmente chegou.
— Parentes de Ana Clara Nunes? — Olhou numa prancheta que tinha em mãos em seguida olhando para a sala toda, porém nós já estavamos a sua frente, antes que ele completasse o nome dela.
— Doutora como elas estão. — JL perguntou com lágrimas nós olhos olhos sem nem saber o resultado. Não estávamos nem um pouco preparados para uma notícia ruim.
—Eu sinto muito, mas a Ana Clara, teve um aborto espontâneo. — Eu estava incrédulo, não posso acreditar que ela simplesmente morreu. Nossa linda Cecília, como? Isso não pode ter acontecido. Cambaleei para trás sem a menor capacidade de controle nas pernas.
— Mas como? Ela tem se cuidado tanto, não sofreu nenhum estresse, não pegou nenhum peso. Ta sempre sobre nossos cuidados. — Jully perguntava andando de um lado para o outro.
— Ela sofreu algum trauma no passado? — A médica perguntou nos olhando.
— Sim. — Baixei a cabeça me amaldiçoando internamente.
— O pai dela sempre a desprezou e matou a mãe dela na frente dela. — JL Falou também de cabeça baixa.
— O aborto pode ter acontecido por isso então, o trauma foi tão forte que ela não conseguiu segurar o bebê em seu ventre, por medo que algo de ruim pudesse acontecer a criança. — Meus olhos ardiam, mas eu não conseguia chorar. Mas que porra. Porque não a encontrei antes? Tudo podia ter sido diferente.
— Podemos ve-la? — JL perguntou agora encarando a médica com o rosto encharcado pelas lágrimas.
— Claro, me acompanhem, ela está adormecida, mas em breve o efeito da medicação irá passar. — Seguimos por um corredor até entrar num quarto e la estava a minha mulher, sem barriga nenhuma e com um monte de tubos em seu corpo. Ela estava frágil e tão inocente quando a conheci. Ela começou a despertar e eu corri até ela, e agarrei sua mão.
— Cadê? Cadê ela? Cadê a minha filha — Ela gritava aos quatro ventos passando a mão na barriga desesperadamente.
— Morena, se acalma por favor. Calma. - Acariciei seus cabelos e juntei nossas testa em um modo de transmitir calma a ela. Seus olhos pareciam cachoeiras.
— Não, não, não, foi ele, ele matou minha menina, não pode ser, não pode. NAOOOOOO, eu não consigo. — Ela começou a se debater e o JL chamou uma enfermeira para seda-la, para que ela não se machucasse, meus olhos estavam arregalados eu não soube o que fazer. Depois que tudo se acalmou caiu minha ficha.
💭Eu perdi a minha menininha...
E só então percebi que daquele momento em diante nada seria igual...
《●●●》
*Continua...*
§¶ 20-09-2022 ¶§ (REVISADO)
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Several Fucks Ana {~Concluída~}
Roman d'amourNão vale a pena mudar. Do que vai adiantar? Todos vão te abandonar Confiei de mais, amei de mais, me apaixonei, fui fiel, lutei, e so então eu chorei. Chorei por não aguentar mais ser insuficiente. Vi pessoas que eu amei me deixar para trás, vi meu...