47° Capitulo

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Jully Alencar

Há três longos anos atrás, quando Ana foi embora, eu vi um lado no meu irmão que eu nunca tinha visto antes, o lado louco apaixonado. Há três anos que o Pedro não é mais o mesmo, ele bebe demais, se droga demais, pega qualquer puta, deixou morro de lado, os amigos, a família, ele me deixou de lado. Eu, MK, JL, e minha mãe começamos a cuidar do morro, mas ele sempre queria dar algum palpite, tudo sempre que tinha sair do seu jeito, ele estava agressivo e insuportável.

Até que três longos anos se passaram e nós não aguentamos mais, demos o tempo que sabíamos que Ana precisava, mas agora imploramos por ajuda, decidimos que estava na hora de acabar com essa palhaçada.

Flashback ON

Eu, MK e minha mãe estamos na salinha da boca, verificando como estão as coisas — nada bem por sinal — JL foi cobrar uns playboy que tava devendo uma grana alta, MK estava organizando o baile de quinta, minha mãe estava dividindo o dinheiro dos moleque. E eu estava contando o dinheiro da semana e tentando encontrar uma solução, para as enormes dívidas em que nos encontrávamos.

— Não tem condições. — Falei Jogando uma boa quantidade de dinheiro sobre a mesa, com raiva. — O valor ta menos da metade que o previsto.

— Não é possível, essa semana lucramos pra caralho. — MK jogou alguns papeis na mesa e passou a mão dos cabelos frustado.

💭Ja percebeu o quanto ele fica sexy quando ta assim frustrado?

Mordi o lábio inferior com meus pensamentos. Quando ele me olhou eu o encarei na cara de pau. Ele deu um sorriso de canto e eu voltei ao real problema.

— E o baile de quinta? — Minha mãe veio até nossa mesa com uma sobrancelha erguida, sabendo que estamos no fundo do poço. Respiro fundo.

— Nem se vendermos tudo, dará pra quitar as dívidas e KJ disse que não vai mandar mais armamentos enquanto não pagarmos o que devemos. — Fiz um coque frouxo no cabelo demonstrando meu estresse.

— Ou seja, se tiver invasão estamos fodidos. — MK fez um sinal fodido com a mão e eu respirei fundo. — Sem contar que o PH vai continuar esbanjando o dinheiro que ele acha que tem. — Ressalta o que já sabíamos e eu lanço um olhar mortal para ele.

—  Só temos uma solução. — JL  estava na porta a um tempinho (Eu acho) e veio até nossa mesa. Na mesma hora eu entendi o que ele quis dizer.

— Ana. — Falei baixo olhando para os papéis em minha mesa.

— Como isso nos ajudaria com a divida do KJ? - Revirei os olhos com a burrice do meu suposto namorado (Isso é assunto pra outra hora) e tratei de explica-lo.

— Meu bem, porque o PH se tornou o que é hoje? — Perguntei olhando para MK, como uma mãe olha para o filho, quando tenta ensinar alguma coisa.

💭 A única diferença entre vocês, é que ao invés dele sentar no seu colo, você que senta no dele.

E sento com força e com talento.

— Porque a Ana foi embora. — Ele falou me olhando e assentindo com a cabeça.

— O que acontece se a Ana voltar? — Perguntei juntando as mãos na frente do peito e olhando atenciosamente para Mickael.

— Aaaaa o PH também volta. Saquei. — Ele falou com um brilho nos olhos, como se tivesse descoberto uma nova estrela.

— Bom garoto, merece um biscoito. — JL tirou onda com ele e rimos e MK mostrou o dedo do meio a ele.

No mesmo dia eu tratei de ligar para Ana, pra nos tirar da merda, ainda ressaltei que ela era nossa única salvação, pra ela se comover e não ter como dizer não, ela aceitou com a condição de trazer duas pessoas. Meu único medo, era que fosse um namorado, aí sim, todos os nossos planos iriam por água abaixo. .

Flashback OFF

Eu e MK nos aproximamos muito de três anos até hoje, ficamos pela primeira vez em um baile, a dois anos atrás, desde então não largamos mais um ao outro. Ele me pediu em namoro em um jantar organizado pela minha mãe e pelo JL, nosso relacionamento não é segredo, porém PH não sabe.

💭Como se ele tivesse se importar com algo nesses últimos anos.

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Ana e PH foram para o escritório e nós ficamos na sala, encantados com a pequena Emilly. Erica e JL estavam um pouco afastados e eu até já vi o que isso vai dar. A porta é aberta bruscamente e do nada.

— Cadê o PH? E o que está acontecendo aqui que eu não fui comunicada? — Revirei meus belos olhos amadeirados com repúdio ao escutar sua voz enjoada e forçada.

Emilly e Erika trocaram um breve olhar e a Milly se levantou sorrindo indo até o demônio que veste rosa. Eu iria impedi-la se Érika não tivesse aparecido do nada, e dito que tudo ia ficar de boa, apenas com um olhar.

— Oii, eu sou Emilly, quem é você? — Minha sobrinha toda simpática e inocente.

— Não lhe interessa quem eu sou. - Falou rude e minha vontade foi de sacar minha arma e dar um tiro nela.

— Então, você está na casa da minha vovó, então teoloricamente eu tenho mais direitos do que você neste ambiente. — Minha boca foi no chão, pela facilidade e simpatia que Milly rebateu Renata.

— Ora sua... — Emilly por a mão na frente dela, e ela parou a frase no meio.

— Por favor, sem palavras feias, é deselegante e anti ético. — A pequena falou enumerando nos dedinhos.

— E quem você pensa que é pra falar assim comigo? Nem a rainha da inglaterra fala assim comigo. — Um sorrisinho estava na boca falsa de Renata, mas pude ver a fúria em seu olhar, eu estava me divertindo com isso.

— Rainha? Não, não — Milly soltou um sorrisinho debochado. — Mas sou a princesa, então se não se incomodar pode se curvar perante vossa alteza, por gentileza. — Milly falou séria com a maior carinha fofa  Sem me aguentar mais, explodi em uma gargalhada alta e estérica, eu estava começando a ficar sem ar, quando olhei para cima e vi Renata me encarando com a cara vermelha de raiva.

— Onde está o PH? Eu exijo saber. — Ela falou com um ar de autoridade que ela não tinha e cruzou os braços, batendo o pé no chão bem na minha frente.

— Sabia que é feio dar as costas a uma princesa? — Emilly  falou e cruzou os braços com um sorrisinho. Eu segurei outra gargalhada e me voltei a Renata.

— Você não tem o direito de exigir nada aqui, sua piranha sem caráter. — Falei com raiva a olhando com os braços também cruzados.

— Tia Jully está certa. Mas já que você insiste tanto em saber, tio Pedro está com minha mamãe no escritório, mas eles devem estar ocupados, fazendo aquelas coisas de adulto, não acho que deva atrapalhar. — Emilly falou com uma voz fofa, como se realmente estivesse sentida com isso, e pôs a mão no peito com um drama a mais.

Renata arregalou os olhos e saiu em passos largos para o escritório do PH. Nós caímos na gargalhada descontroladamente, até que minutos depois Renata aparece, chorando, com uma mão no nariz, que saía sangue sem parar, e uma na cabeça, certeza que houve briga.

— Olha princesa, acho que a mamãe fez um bom trabalho. — Começamos a rir descontroladamente novamente, e Renata saiu bufando chorando e batendo a porta com força.

— Ela acha que é dela, pra ela ta querendo quebrar. — Milly balançou a cabeça em negativo e nós sorrimos de sua fofura.

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*Continua...*

§¶ 22-09-2022 ¶§ (REVISADO)

Several Fucks Ana {~Concluída~}Onde histórias criam vida. Descubra agora